A Minha Participação nas Celebrações da Independência Nacional em 1975

 

Gabriel Serafim Muthisse 

2 h  · 

A Minha Participação nas Celebrações da Independência Nacional em 1975

Entre os eventos programados para as celebrações da independência nacional em 1975, destaca-se o FESTIVAL DOS CONTINUADORES, que aconteceu no dia 26 de Junho, no Estádio da Machava. Eu, então com 11 anos, prestes a completar 12 no mês de Setembro seguinte, fui parte dessas celebrações.

Representamos a província de Gaza naquele festival com uma galante demonstração, que fusionava exercícios físicos, drama e danças que ancoravam no mais fundo da nossa cultura e das vivências do nosso povo. Trouxemos, de Gaza, as famosas “swikhwakhwakhwa” que tinham como encenador o saudoso professor Eugênio Simbine, que calhava ser meu tio, ou avô, como carinhosamente eu lhe chamava. A nossa prestação foi um êxito estrondoso

Outros continuadores, principalmente da Cidade e província de Maputo, coloriram aquele festival com bem sincronizados exercícios de ginástica.

Continuo a viver a independência com o mesmo entusiasmo daqueles dias iniciáticos. Naturalmente mais maduro e com maior capacidade de interiorizar as palavras proféticas de Julius Nyerere, no seu famoso discurso a que demos o título de “Moçambique no Mar Alto”. Nyerere, com a experiência prática que já tinha, avisava que a independência seria vivida para além do espírito que então experimentávamos, de triunfo, de êxtase. Haveria desafios, momentos de desânimo, haveria outras lutas que exigiriam o mesmo espírito de sacrifício que caracterizou a luta de libertação. Entendo, talvez melhor, que a independência, de per si, não coloca pão e mel na mesa de ninguém. Não coloca boas estradas e linhas férreas de maneira automática e de acordo com os nossos desejos. Não garante qualidade de educação num passe de mágica. Há que lutar para alcançar o que queremos, para nós, como indivíduos, e para o país.

P.S. Em anexo fotos dessa nossa participação, em que se vê com particular destaque o Professor Eugênio Simbine, de fato escuro

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Luciano Mapanga

Belas memórias.

Feliz dia da independência 

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