Em Morrumbala
Entretanto, o CC da Frelimo diz que as instituições do estado estão em pleno
O distrito de Morrumbala, sul da Zambézia, tido como zona sob fortes influências da Renamo é o mais “problemático” do ponto de vista político na Zambézia. Basta lembrar que naquele distrito há zonas sob controle da Renamo neste momento, mostrando claramente que não é verdade o que o Comité Central da Frelimo tem vindo a dizer que tudo está a funcionar em pleno. Vamos só dar alguns exemplos. É que em Sabe, uma localidade que dista há pouco mais de 40 km, a única unidade sanitária foi encerrada já lá vão meses, escolas encerraram, não há extensionistas que possam dar apoio agrícola aos produtores e não só, o troço Zero-Morrumbala está neste momento sendo controlado pelos homens da Renamo com armas em punho concretamente na zona de Carico e Muera. Estes mandam parar viaturas, tal como fazem as Forças de Defesa e Segurança em vários postos, também os homens da Renamo dedicam-se as mesmas atividades. Vasculham pastas, pedem documentos e depois daí, mandam a viatura seguir. Quem quiser ter certeza, basta seguir num transporte semi-colectivo ou privado neste troço em alusão para ver com os seus próprios olhos. Trata-se dos líderes comunitários de Mone e Mecaula ao nível da localidade de Pinda, que foram totalmente ameaçados pelos homens do maior partido da oposição.
Outro relato de Morrumbala
Na última sexta-feira (11), o Administrador do distrito de Morrumbala Pedro Fazenda Sampange visitou a Localidade de Pinda, concretamente na zona de Megaza. No comício orientado pelo administrador Sapange, os líderes comunitários aproveitaram o momento para denunciarem que os homens armados da Renano chegaram nas suas casas pedindo para que eles abandonem a zona ou convertam-se ao partido de Afonso Dhlakama. Com o medo da morte, os líderes optaram em entregar os respectivos fardamentos e outros bens materiais.
Mesmo assim, durante o comício popular, a líder comunitária de Mecaula por sinal Sapanda, recebeu telefonema de um dos seus filhos dizendo que os homens da Renamo foram a sua residência a fim de recolherem outro fardamento que teria ficado na casa dela.
A Sapanda Mecaula, não sabe o que fazer perante esta situação e pediu ao governo solucionar este problema de paz o mais urgente possível.
Em jeito de resposta, Pedro Sapange apenas centrou-se em apelos e disse ainda que a população deve pautar pela vigilância na comunidade e nas famílias para que actos desta natureza não venham a acontecer. Ainda Fazenda condena as atitudes da Renamo, visto que a solução das diferenças é o diálogo.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA
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