sexta-feira, 15 de abril de 2016

Panama Papers: ministro espanhol renuncia



A renúncia acontece no momento em que a Espanha enfrenta uma provável segunda eleição geral em junho em consequência da votação inconclusiva de dezembro
Por Redação, com Reuters – de Madri/Bruxelas:
O ministro interino da Indústria da Espanha, José Manuel Soria, disse nesta sexta-feira que entregará o cargo de imediato em razão ds supostos elos com negócios em empresas offshore, vindos à tona depois que ele foi mencionado no vazamento dos chamados “Panama Papers”.
Ministro interino da Indústria da Espanha, José Manuel Soria
Ministro interino da Indústria da Espanha, José Manuel Soria
Soria negou qualquer irregularidade, mas disse estar saindo para evitar prejudicar o governo interino, encabeçado pelo Partido Popular (PP), na esteira das revelações de supostas ligações com uma companhia offshore na ilha britânica de Jersey.
A renúncia acontece no momento em que a Espanha enfrenta uma provável segunda eleição geral em junho em consequência da votação inconclusiva de dezembro.
As pesquisas de opinião mais recentes mostram o PP ganhando terreno, apesar de uma série de escândalos de corrupção envolvendo políticos regionais este ano, porque os eleitores estão cansados da incapacidade das legendas de esquerda de colocar de lado suas diferenças para formar um governo de coalizão.
Soria negou o envolvimento com uma empresa offshore, revelado nos “Panama Papers”, depois que duas empresas jornalísticas espanholas disseram ter documentos provando que ele dirigia um negócio desse tipo com seu irmão.

Ministra dos Transportes belga

A ministra belga dos Transportes se demitiu nesta sexta-feira como consequência das acusações de que teria mentido sobre um relatório da União Europeia que criticou a segurança do aeroporto de Bruxelas um ano antes dos ataques suicidas cometidos pelo Estado Islâmico no local no mês passado.
Em uma confirmação formal, o Palácio Real disse que o rei Filipe aceitou a renúncia de Jacqueline Galant.
Um dia antes o primeiro-ministro Charles Michel defendeu Jacqueline, que pertence ao mesmo partido centrista dele na coalizão de governo, insistindo que o escritório de Jacqueline não estava ciente do relatório crítico enviado em março de 2015 por autoridades da UE.
Não foi possível falar com funcionários do governo de imediato para obter comentários. A rede de televisão pública RTBF citou um porta-voz do partido da ministra segundo o qual documentos apresentados no final da quinta-feira mostraram que o escritório de Jacqueline de fato foi informado sobre o relatório.
No dia 22 de março, dois homens-bomba do Estado Islâmico detonaram bombas escondidas em malas no saguão de embarque do aeroporto e um terceiro atingiu um trem do metrô da capital belga. Os ataques mataram ao todo 32 pessoas.

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