sexta-feira, 15 de abril de 2016

Hillary e Sanders partem para o ataque em Nova York



Embora longe das discussões que caracterizaram os debates dos rivais republicanos, o tom refletiu uma mudança na disputa democrata. Hillary e Sanders se interromperam a gritos
Por Redação, com Reuters – de Nova York:
Os pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Bernie Sanders trocaram acusações e elevaram o tom em um debate acalorado antes da crucial disputa primária de terça-feira em Nova York pela nomeação do partido.
Pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Bernie Sanders
Pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Bernie Sanders
Hillary e Sanders se atacaram sobre Wall Street, controle de armas e outras questões na quinta-feira, em uma série de ataques que expôs a crescente pressão sobre os pré-candidatos, mas parece ter poucas chances de alterar a dinâmica da corrida liderada pela ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama.
Embora longe das discussões que caracterizaram os debates dos rivais republicanos, o tom refletiu uma mudança na disputa democrata. Hillary e Sanders se interromperam a gritos, enquanto uma plateia dividida mostrava aprovação.
– Se vocês dois ficarem gritando em si, os telespectadores não conseguirão ouvir nenhum de vocês – alertou o moderador Wolf Blitzer, da CNN, durante o debate em Nova York.
Ao fim do debate de duas horas, a empresa de análise de mídias sociais Brandwatch relatou que Sanders recebeu mais de 173 mil menções no Twitter, sendo 55 %  delas positivas, enquanto Hillary recebeu mais de 191 mil menções, sendo 54 %  negativas. As menções a Hillary foram mais negativas do que positivas em dois dos três debates anteriores.
Sanders, de 74 anos, fará uma pequena pausa na campanha nesta sexta-feira para viajar ao Vaticano, onde fará um pequeno discurso em uma conferência sobre economia mundial e justiça social. Sanders, que irá voltar a Nova York para campanha no domingo, disse que a viagem não é um apelo político para eleitores católicos, mas uma mostra de admiração ao papa Francisco.

Cruz mostra vantagem sobre Trump

O senador e pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Ted Cruz está prestes a obter mais uma pequena porém importante vitória em sua batalha com o bilionário Donald Trump pela indicação do partido em um centro de convenções da cidade de Casper, no Estado do Wyoming, neste fim de semana.
Um comitê de republicanos do Wyoming deve conceder a Cruz a maioria dos 14 delegados remanescentes do Estado para a convenção nacional da legenda em julho, disseram à agência inglesa de notícias Reuters ativistas políticos, incluindo partidários de Trump, no Wyoming. O número pode não parecer grande, mas os dois rivais estão envolvidos em uma luta acirrada para conquistar a maior quantidade possível dos correligionários que poderão decidir a indicação presidencial em uma convenção disputada.
A força de Cruz no Wyoming enfatiza o contraste na maneira como os dois adversários lidam com essa nuance da política norte-americana: enquanto Cruz se concentra em uma organização minuciosa para cortejar delegados como preparação para a batalha da convenção, Trump vem conduzindo uma campanha nacional voltada a conquistar o voto popular nas primeiras prévias partidárias e tem dado pouca atenção aos elementos mais obscuros da política presidencial do país.
Os esforços de Cruz incluem visitas pessoais a áreas afastadas, teleconferências frequentes com seus apoiadores estaduais e o uso de áreas de hospitalidade para receber correligionários dos Estados, enquanto Trump vem criticando duramente o sistema de delegados, que considera “uma armação”, e só recentemente reorganizou sua campanha para se focar neles.
– Acho que Cruz tem feito um bom trabalho na maneira como escolheu os Estados – disse Jason Osborne, estrategista republicano que já aconselhou Trump e que também trabalhou para o pré-candidato Ben Carson. “Uma operação como a de Trump foi feita para algo completamente diferente”.
A campanha de Trump não respondeu a um pedido de comentários.
Um candidato republicano precisa conquistar a maioria de um total de 2.472 delegados para ser o escolhido da legenda. Embora Trump tenha vencido 21 prévias estaduais até agora, e Cruz somente nove, o bilionário só tem uma vantagem de 208 delegados (743 a 545).
Para evitar uma convenção disputada, Trump precisa de 1.237 delegados, o que significa que necessita conquistar quase 60 %  dos delegados restantes antes de julho.

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