O Antigo secretário Executivo da SADC, Tomaz Salomão, defendeu, hoje, em Maputo, a melhoria da gestão da dívida pública e o aumento da base tributária, como caminhos para responder aos desafios da economia nacional. Numa oração que marcou a abertura do ano académico da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), Tomaz Salomão falou também da necessidade de melhorar os critérios da contratação e do endividamento público.
“Temos de controlar a dívida pública, quer seja interna quer seja externa. Mas temos de reter que não há país no mundo que não deva. Agora, é importante saber qual é a natureza, a sustentabilidade e qual é o conteúdo dessa dívida pública. Aquilo que os privados fazem é da responsabilidades deles. Temos de melhorar a gestão da dívida pública dentro dos parâmetros, sendo sustentável para uma economia frágil como é a nossa”, argumentou Tomaz Salomão. Mas não ficou por aí. “É preciso pensar com os pés assentes na terra, para não cometermos erros, desenvolver as pequenas e medias empresas nacionais e o consumo do produto nacional”, disse, destacando a necessidade de o país investir nos recursos humanos locais, para que no futuro possam liderar os destinos nacionais.
No evento em que participou, Salomão fora convidado para falar da PRM no Contexto da Integração Regional e os Desafios da Formação, mas foi sobre as contas públicas que mais se esmerou. Durante a sua intervenção, o antigo Secretário Executivo da SADC deixou os seus recados aos gestores públicos do dia, numa altura em que pairam incertezas sobre o posicionamento dos doadores e credores internacionais por causa dos níveis de transparência das contas públicas. Por isso mesmo, Salomão disse que o importante é o país saber tirar ilações e usar os recursos locais, para responder aos desafios da economia.
Perante oficiais da PRM e cadetes dos cursos de Ciências Policiais, que hoje abriu o ano académico, Tomaz Salomão falou também da paz, como garantia para o desenvolvimento.
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