PÚBLICO
12/06/2015 - 12:30
O antigo director do FMI disse no tribunal que precisava de festas sexuais porque estava sob pressão a tentar "salvar o mundo" da pior crise financeira.Strauss-Kahn a caminho do tribunal de Lille, que o absolveu GONZALO FUENTES/REUTERS
Dominique Strauss-Kahn, antigo director do Fundo Monetário Internacional e ex-candidato à presidência de França, que estava acusado de "proxenetismo agravado", foi absolvido por um tribunal de Lille.
O veredicto foi a última etapa num processo legal que durou quatro anos e que começou em 2011, quando uma empregada de um hotel de Nova Iorqueacusou Strauss-Kahn de tentativa de violação. Este caso concreto foi resolvido por acordo, fora dos tribunais, mas motivou investigações em França, onde surgiram suspeitas de actividades sexuais ilegais por parte de Strauss-Kahn.
Este admitiu no tribunal de Lille ter participado em festas sexuais que recriavam as orgias da Antiguidade porque precisava de "sessões recreativas" por estar a viver sob pressão, tentando "salvar o mundo" de uma das piores crises financeiras.
As mulheres que participaram nestas festas eram prostitutas e Strauss-Kahn chegou a ser considerado como um dos líderes de uma rede de prostituição, o que não se provou — durante todo o julgamento, disse não saber que se tratava de prostitutas, pensava que eram "libertinas". As mulheres ouvidas pela acusação confirmaram que, durante as festas, não disseram que eram prostitutas.
Assim, e logo após o depoimento do ex-director do FMI, os especialistas em direito disseram aos media franceses que o mais provável seria que fosse absolvido, por não haver matéria de culpa suficiente — a acusação queria provar que Strauss-Kahn contratava prostitutas e era um dos organizadores das festas sexuais (proxenetismo agravado).
Além de Strauss-Kahn, de 66 anos, estão no banco dos réus outros organizadores destas festas, entre eles um gerente de um hotel, um advogado, um chefe da polícia e vários empresários. O veredicto destes também deverá ser conhecido nesta sexta-feira. Foram todos acusados de participar em orgias e encontros sexuais em Paris, Bruxelas e Washington entre 2008 e 2011.
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