Saturday, June 20, 2015

Chissano diz que os 40 anos de independência de Moçambique foram “um sucesso”


21/06/2015







20/06/2015



RESCALDO DE TETE
Desastre de grandes proporções: cerca de 150 militares mortos. Populações em alvoroço.

As perdizes estão furiosas.

Vários cadáveres ainda jazem nas matas.

Deserção em massa das FDS.







O antigo Presidente Joaquim Chissano considera que o país foi “um sucesso” durante os 40 anos de independência, goza de reconhecimento internacional e desfruta de uma democracia dinâmica, apesar de reconhecer que ainda persiste muita pobreza.

“Sucesso é que hoje o país está entre os países do topo em reconhecimento internacional, por causa das boas coisas que se passam em Moçambique e que nós devemos enaltecer”, afirmou Chissano, em entrevista à Lusa, a propósito do 40.º aniversário da independência, que se assinala a 25 de Junho.

Todo o mundo, prossegue o antigo chefe de Estado, quer investir em Moçambique e encontra no país gente pacata, simpática e acolhedora.

“Isto tudo é fruto do trabalho que foi feito, não é assim por acaso que as pessoas têm este comportamento, de se sentir à vontade, ainda há muita pobreza em Moçambique, mas as pessoas sabem, sentem, têm esperança, porque eles próprios trabalham para sair desta pobreza”, declara Joaquim Chissano.



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Tratava se de uma grande ofensiva das FDS destinada a desbaratar as perdizes naquela área. Cerca de 600 militares participaram na operação.

Até este momento ainda ocorrem choques pois as perdizes, que se dispersaram pouco antes dos ataques de artilharia, estão empenhados na perseguição aos atacantes em debandada.

Traremos mais pormenores nas próximas horas.

Unay Cambuma




19/06/2015



Recentemente, um jovem albino de 19 anos foi raptado, na província nortenha do Niassa, em Moçambique, por três indivíduos de nacionalidade congolesa.

Os raptores foram encontrados pela polícia no centro de refugiados de Maratane, que dista 15 quilómetros da cidade de Nampula, quando pretendiam levar o jovem para fora do pais, a fim de o vender.

A situação acontece poucos meses depois do desaparecimento, em Nampula, de um jovem de 21 e um menor de 12 anos de idade também albinos.

O fenómeno que há alguns anos se faz sentir de forma preocupante na Tanzânia preocupa sobremaneira as autoridades policiais moçambicanas.

A polícia diz que a perseguição aos albinos está directamente relacionada aos preconceitos de que são alvo, bem como à prática de magia negra. Alega-se que partes do corpo dos albinos dão poderes sobrenaturais.







A Polícia Federal do Brasil deteve nesta sexta-feira, 19, o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, bem como Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.

Ambos foram detidos no âmbito da 14ª fase da Operação Lava Jato, baptizada de Erga Omnes (do latim, Contra Todos).

Cerca de 220 agentes executaram 12 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Nesta nova fase da operação, a polícia alargou as investigações para os crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, entre outros, para "duas grandes empreiteiras com grande actuação no mercado nacional e internacional, e contratantes regulares junto à Petrobras", segundo o comunicado da Polícia Federal.

Embora citadas por delatores do escândalo “petrolão”, as duas gigantes da construção estiveram ilesas até agora, ao contrário das concorrentes OAS, Camargo Corrêa e UTC, cujos executivos estão detidos há muitos meses.

VOA – 19.06.2015


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Parte dos 850 milhões do bolo global da Ematum

As duas bancadas da oposição (Renamo e MDM) voltaram a unir-se esta quinta-feira para questionar e criticar duramente a Conta Geral do Estado referente a 2013, um documento que, no fim, foi aprovado pelo voto maioritário da bancada parlamentar da Frelimo.

Uma das questões colocadas de forma reiterada esta quinta-feira foi o paradeiro dos 500 milhões de dólares americanos “desviados” da EMATUM para o Ministério da Defesa, alegadamente para a compra de barcos de patrulha para a Marinha de Guerra de Moçambique.

A oposição diz que só estará descansada no dia que ver in loco as facturas da compra, assim como a chegada física dos referidos barcos de patrulha, na medida em que as actuais justificações do governo indiciam o desvio de boa parte dos 500 milhões de dólares.

Falando na sessão de ontem, no espaço reservado às declarações de voto, Fernando Bismarque, porta-voz da bancada do MDM, disse que o governo deve provar com A+B o que fez com o valor. Para Bismarque, o governo deve ter bem inventariado as operações financeiras que efectua, principalmente as que envolvem “quantias astronómicas”.

Este posicionamento é igualmente partilhado pela Renamo, que afirma ser uma prática recorrente do executivo não inventariar “nada e fazer tudo debaixo dos panos” contribuindo para o enraizamento da “corrupção”.

(Ilódio Bata)

MEDIAFAX – 19.06.2015





19/06/2015








Any self-respecting state needs its own currency. The trappings of statehood including crisp banknotes and shiny new coins, become yet more of a "must" if an offer of instant independence has been dumped in one's lap it.

This was the trick the Portuguese played on unsuspecting Samora Moises Machel when he was president of Frelimo. Following the Lisbon revolution of April 1974, half-a -dozen Portuguese Marxist officers turned up in Lusaka, Zambia, and told an unbelieving Machel that Mozambique was all his "no strings attached".







No lugar onde começou a guerra civil entre a Renamo e Governo, permanece um monumento que a família do fundador do movimento, André Matsangaíssa, plantou, na forma de embondeiros com as raízes para o ar, simbolizando um país ao contrário.

Passados 40 anos sobre a independência de Moçambique, Benjamim Matsangaíssa, sobrinho do fundador do actual maior partido da oposição, considera que as expectativas da população sobre a liberdade foram goradas e “o país contínua do avesso”.

Além de uma memória política, Benjamim Matsangaíssa é também herdeiro deste monumento singular, erguido na propriedade da família em Messica, distrito de Manica, na província com o mesmo nome, vincando que a independência de Moçambique ainda não beneficia todos.

“Quarenta anos depois, o país não está grande coisa em termos de desenvolvimento e de resposta à expectativa que o povo tinha. E isso resume-se neste monumento, o país está de pernas para o ar”, explicou à Lusa Benjamim Matsangaisse, 53 anos, cuja infância se confunde com a história da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

Para o sobrinho do fundador do movimento, morto em combate em 1979, a população moçambicana esperava desenvolvimento socioeconómico, acesso a escolas, melhores condições de saúde, distribuição de riqueza, além de uma gestão democrática e transparente, o que não aconteceu.

“Não houve ganhos significativos e isso sugeriu que outras pessoas, incluindo o meu pai [Garife Matsangaíssa, já falecido], que criou o monumento de raízes viradas para o ar, lutassem para criar condições para o multipartidarismo e a democracia”, declarou.



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A Procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, garantiu na quinta-feira, em Coimbra, que "há muitos avanços" na investigação do homicídio do constitucionalista moçambicano Gilles Cistac, a 03 de março, no centro de Maputo.

Questionada sobre as críticas da Renamo e do MDM, principais partidos de oposição em Moçambique, quanto à forma como a PGR tratou a questão da morte de Gilles Cistac, Beatriz Buchili, que se encontra em visita a Portugal, garantiu que "há muitos avanços na investigação", recusando-se a avançar com mais informações por o processo estar em segredo de justiça.

LUSA – 18.06.2015


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Sobre estes comentários de Sérgio Vieira eu comento:

Em que parte do território sul-africano poderiam ter havido testes nucleares de que se não tivesse conhecimento? E em que data isso aconteceu? O argumento de SV de que o acordo Nkomati foi para impedir um ataque nuclear da RSA é "ignorância deliberada".

Estavam é com a corda ao pescoço (Renamo e crise económica) e acreditaram nos políticos boers (Pik Botha) e nos americanos (Chester Crocker) que lhes prometeram acabar com a Renamo caso assinassem o acordo. Crocker propôs que metade dos guerrilheiros da Renamo fosse trabalhar para as minas e plantações sul-africanas, a outra metade em projectos financiados pela USAID em Moçambique. Os militares sul-africanos não foram nessa pois defendiam a tese que uma vez debelado o problema Renamo, não havia garantias de que a Frelimo não voltasse a apoiar o ANC.

Mas na prática nem a Frelimo nem a RSA cumpriu o acordo de Nkomati (Jacinto Veloso pelo menos gaba-se disso no seu livro de memórias). Mas não creio que os apoios sul-africanos prosseguiram à mesma escala depois de Nkomati. A situação interna em Moçambique havia atingido um estado tal que não eram precisos apoios externos em larga escala.

Sobre o metical e o 'secretismo' da operação, um funcionário do Banco de Moçambique, de nome Fornasini, fugiu antes dessa operação e divulgou exemplares do primeiro metical impresso pela De La Rue que acabou por não ser posto em circulação pelo facto de uma das faces da moeda exibir um antílope, na outra face a efígie de Samora Machel. Quando vista à contra-luz, os cornos do antílope apareciam sobre a cabeça de Machel. Mandaram destruir essas notas e depois é que surge o novo metical.

Quanto ao mecânico que se salvou do desastre veja-se a foto dele com Joaquim Chissano em Maputo, e bem vivo! Qual coma? Vejam mais em http://blog.macua.us/moambique_para_todos/2012/11/uma-fotografia-com-hist%C3%B3ria.html#more

E mais haveria para dizer... Lastimo apenas que os jornalistas moçambicanos, com raras excepções, não conheçam a real história de Moçambique e dos seus "protagonistas". Quase tudo já está escrito e divulgado...











(Foto do Jornal Notícias de 06.11.1986)


Posted at 11:48 in Morte Samora Machel - 19.10.1986 | Permalink | Comments (9) ShareThis




Conclusão da oposição sobre a Conta Geral do Estado

O Governo apresentou na quarta-feira à Assembleia da República a Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2013. A forma como o Governo geriu a coisa pública divide as bancadas parlamentares. A Frelimo, como sempre, saúda o Governo. A Renamo e Movimento Democrático de Moçambique vão em sentido contrário e dizem que o Estado que esteve a saque durante o exercício económico de 2013, altura em que Armando Guebuza era Presidente da República. É o ano em que foi criada a controversa EMATUM (Empresa Moçambicana de Atum). A Renamo chama ao exercício económico de 2013 “os últimos anos do deixa-correr”.
“O erário público esteve a saque em 2013. Foi um dos últimos anos do deixa-correr, correr para que cada um ao seu jeito ganhasse o seu pedaço. Cada um governou-se como pôde”, disse José Samo Gudo, deputado da Renamo e membro da Comissão do Plano e Orçamento.
Citando o Relatório do Tribunal Administrativo, o deputado diz que os arquivos dos processos de despesa “continuam desorganizados, dificultando a apresentação dos justificativos das transacções realizadas”. Há “empréstimos que foram concedidos a funcionários com fundos do Orçamento de Estado”. Aponta que há divergências entre os valores “indicados nas requisições de pagamento de salários e os registados nos mapas demonstrativos do SISTAFE”.
O deputado diz que “fica a impressão de que as auditorias do Tribunal Administrativo mais não são do que meros exercícios despidos de qualquer utilidade, pois o Governo da Frelimo não lhes confere qualquer valia”.
“Nos processos de quarenta instituições, não foram facultados, quer no decorrer da auditoria, quer em sede do contraditório, comprovativos das despesas realizadas num montante de 176 milhões de meticais.”



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