“Moçambique: Para Quando a Luz no Fundo do Túnel?
Redigido por: Alberto Filimone, moçambicano residente a 35 anos em Portugal
Caros Irmãos Moçambicanos,
Redijo estas linhas após conversas com compatriotas moçambicanos residentes em vários países como Portugal, EUA, Brasil, Canada, Inglaterra, Irlanda, Italia, Suécia, Dinamarca, França, Alemanha, Espanha, Holanda, Suiça, Austria e Belgica. É com muita preocupação que acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos no nosso amado país. Muitos de nós, estabelecidos nas Américas e Europas, está ausente á muitos anos e por várias razões não visita o país com a frequência desejada. No entanto, Moçambique continua nos nossos corações.
As notícias que nos chegam sobre o país últimamente são desagradáveis e preocupantes. O país parece estar a caminhar para o caos. A ameaça de guerra paira no ar, a segurança das pessoas é ameaçada por raptores que não poupam menores de idade, a pobreza está a atingir níveis alarmantes, a corrupção e abuso de poder para enriquecimento ilícito são acontecimentos do dia a dia.
É evidente que o país tem problemas com os seus líderes. É evidente que os cidadãos clamam por respeito pelos direitos humanos e direito a democracia, desenvolvimento económico e social.
As várias lideranças do país após independência, concentraram o poder na pessoa do presidente do partido/da república, e com o decorrer do tempo esta centralização de poder conduziu o país a uma situaçao de ditadura de facto. Uma breve análise á governação pós-independeência:
Samora Machel foi um dirigente que herdou uma situação díficil. Contudo impôs uma política populista e radical, que forçou muitos de nós a abandonar o nosso Moçambique. O país enfraqueceu económicamente e perdeu a capacidade de produzir bens de consumo essenciais para a populaçao. Samora Machel morreu em condições suspeitas e ainda por esclarecer.
Joaquim Chissano subiu ao poder após a morte de Machel, dando a imagem de político reconciliador. Mas Chissano, com a sua política do “deixa-andar”, cabritismo, jogadas traiçoeiras e negócios ilícitos conduziu o país a uma situação de penúria.O seu nome e de membros de sua família, foram associados com crimes graves, empresários dúvidosos e negócios ilícitos de dimensão internacional.É no entanto de louvar, a formacomo Chissano cedeu o poder.
A subida ao poder deArmando Guebuza, figura controversa na Frelimo e no país, criou certa esperança dadas as suas promessas de combater a corrupção e o deixa-andar. A sua experiência como homem de negócios parecia também ser prometedora para a recuperação do país. As nossas esperanças desapareceram quando ficou claro que Guebuza usa o seu posto para enriquecimento pessoal e a corrupção é uma das suas armas para manter o poder. A isto junta-se a sua arrogância e a sua sede de poder. Tal como com Chissano o nome de Guebuza e seus familiares, é também associado com abuso do poder e tráfico de influências.
A sede que Guebuza tem por poder faz com que até hoje não está claro se ele vai efectivamente abandonar o seu cargo no fim do segundo mandato. A forma como Guebuza manipula, e pressiona para manter-se no poder é impressionante. A indicação de Josê Pacheco, Alberto Vaquina e Filipe Nyussi para seus potenciais sucessores é uma prova das suas manobras. Estes candidatos não estão em condições para assumir tal cargo sem ser como subordinados de Guebuza. A analisar os três candidatos:
1. José Pacheco: Um homem sob fortes suspeitas de envolvimento no tráfico de madeira moçambicana para a China (veja-se o artigo “Apetite pela Destruição” da EIA), bem como outros actos graves de corrupção. Como agente técnico agrícola, a proteção da natureza deveria ser um dos seus fortes. Pacheco quer seja como governador ou ministro do Interior e Agricultura foi sempre ligado a situações inexplicáveis. Durante o seu mandato no Ministério do Interior ocorreram vários casos de corrupção e foram assasinados polícias em condições nunca esclarecidas, bem como houve repressões violentas ás populações . No Ministério da Agricultura existiram e existem ainda situações inexplicáveis. Para além do mais um homem sem nenhum carisma, arrogante, agressivo, prepotente e antipático.
2. Alberto Vaquina: Um grande desconhecido, médico obscuro formado em Portugal onde trabalhou vários anos. Como primeiro Ministro provou sómente cumprir ordens de Guebuza e não ter iniciativa própria. Nas funções que ocupou após o regresso a Moçambique deixou clara a sua arrogância, prepotência e agressividade. Está agressividade atingiu o seu pico com as repressões violentas ás populacões em Moatize pela FIR por suas ordens. Vaquina também não ficou livre de acusações de corrupção nos projectos de carvão e não só.
3. Filipa Nyussi: Um jovem práticamente desconhecido. Originário de da província de Cabo-Delgado, engenheiro mecânico, de uma família com tradição na luta de libertação. Parece boa pessoa, no entanto falta ao jovem experiência e é difícil perceber os motivos porque Guebuza apontou-o para o cargo. Para fazer número?
É de louvar a iniciativa de certas figuras da Frelimo, como Graça Machel, Pascoal Mocumbi, entre outros, que em carta dirigida ao partido se insugem contra a imposição e restringimento aos três candidatos. A aceitação dos intentos de Guebuza seria a morte do partido ou a transformação do mesmo na extensão de Guebuza. Este facto foi bem reconhecido pelos subscritores da carta dirigida ao partido. Contudo é preocupante constatar que até á data, os nomes avançados continuam a ser de candidatos que que não são prometedores ou são até problemáticos. A vêr:
1. Eneas Comiche: político com experiência de governação, moderado, fez um bom trabalho quando ocupou o cargo de presidente do Município do Maputo. As desvantagens de Comiche são a idade (é da geração de Guebuza) e a sua falta de experiência international
2. Luísa Diogo: Como primeira-ministra Luísa Diogo não realizou nada digno de menção. Já no capítulo da corrupção, Luísa Diogo foi apontada como estando ligada a negócios ilícitos (a ver documentos divulgados pela wikileaks), secundando Guebuza na obtenção de participações em empresas e outros negócios envolvendo subornos e tráfico de influências. De não esquecer que seu marido, Albano Silva defendeu como advogado notórios suspeitos traficantes de drogas
A Frelimo é o partido mais antigo e estabelecido em Moçambique, e influência/ influênciará a política do pais num futuro próximo. Por isso a Frelimo tem a responsabilidade de identificar aqueles que têm potencial de trabalhar no sentido de melhorar a situação do país. Caracteristicas como respeito á democracia, direitos humanos, moderação, recusa á guerra, promocão do desenvolvimento económico e boa reputação a nível do país e do estranjeiro, são importantes para um candidato sério. O surgimento de uma nova geração de governantes é um factor também de realçar.
A pergunta que fica por responder é: A Frelimo, não consegue encontrar melhores candidatos do que os três indicados pela CP? Não existem na Frelimo pessoas carismátias, moderadas, que se engajam em medidas para melhorar as condições do país, com experiência a nível internacional e bem vista no país e no estrangeiro? A resposta é sim: Bons exemplos são: Aires Ali e Tomás Salomão. Motivo é de admiração que os nomes destas duas figuras não são nem mencionados como possíveis candidatos á sucessão de Guebuza.
Caros compatriotas, só nós podemos melhorar o nosso futuro. A melhoria passa por o país ter uma liderança responsável e moderada que nos permita ver uma luz no fundo do túnel. Este é um momento importante, que pode conduzir o país ao bem estar ou mergulhar-lo no caos. Apelamos a todos que não se deixem manipular e que os interesses do país se sobreponham a interesses pessoais!
(Recebido por email)
“Moçambique: Para Quando a Luz no Fundo do Túnel? »
Vistas muito curtas e em circulo fechado, sempre na mesma volta, sentido - FIRlimo, FIRlimo, FIRlimo, FIRlimo, ...
NADA DE VALOR ACRESCENTADO.
À pergunta: “Moçambique: Para Quando a Luz no Fundo do Túnel?"
A resposta é simples demais
- Com gente como o Sr. - NUNCA NA VIDA.
"...nós, estabelecidos nas Américas e Europas..."
Não aprenderam NADA, perda inútil de tempo.
É por isso...
O INIMIGO JÁ ESTÁ CONCRETAMENTE DEFINIDO, E VERIFICADO.
O POVO já acordou de vez faz tempo.
Ife tensene tinadzmanga FIRlimo
NÓS todos vamos correr com a FIRlimo.
Na luta do povo ninguém se cansa.
E sempre a dizer sem cansar,
Fungula masso iué (abram os olhos).
A LUTA É CONTÍNUA