O vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas manifestou nesta terça-feira (12) que o Irã irá retaliar com força qualquer tentativa de um terceiro país atacar o navio iraniano que neste momento está navegandoPARA o Iêmen com ajuda humanitária a bordo.
© REUTERS/ MOHAMED AL-SAYAGHI
Mídia: coalizão testa novas armas israelenses no IêmenO navio iraniano Iran Shahed seguePARA o porto iemenita de Hodeidah, com 2.500 mil toneladas de ajuda humanitária, trabalhadores humanitários e ativistas de paz a bordo, oriundos de diversos países. O navio deixou o porto de Bandar Abbas no sul do Irã com destino ao porto iemenita de Hudaydah, no mar Vermelho, informou a agência noticiosa iraniana Fars. O navio devechegar ao porto durante o cessar-fogo de cinco dias, anunciado pelas partes do conflito na noite desta terça-feira.
“O ataque ao navio do Movimento da Meia-Lua Vermelha iraniano resultará em guerra na região. Este incêndio não poderá ser apagado nem controlado”, disse Massoud Jazayeri à TV iraniana Alalam News Network, que transmite em árabe.
“Os EUA e a Arábia Saudita devem saber que a autocontenção do Irã tem limites”, avisou ele.
O porta-voz da coalizão árabe, Akhmed Asiri, por sua vez, declarou que a coalizão não permitirá a passagem do navio iranianoPARA o Iêmen sem acordo e autorização prévios com a ONU.
Acabou de se tornar público que o cargueiro iraniano foi sobrevoado por aviões não identificados, informa a Sputnik International.
Enquanto a situação continua tensa, a Stutnik Persian conseguiu falar com o cientista político iraniano Mosayeb Naimi, diretor do jornal iraniano em árabe Al Wifaq. Porém, o cientista não acha que a Arábia Saudita venha a atacar o navio:
“As ameaças por parte da Arábia Saudita não são tão importantes e sérias para o Irã. A Arábia Saudita deverá ser processada no corte e terá de ser punida pelos seus crimes, nomeadamente a invasão militar e assassínio de milhares de civis iemenitas. A Arábia Saudita não está na situação de ditar condições a ninguém, simplesmente não tem nenhum direito legítimo de o fazer. Por isso, é pouco provável que o reino ouse atacar o navio iraniano com ajuda humanitária. Mas, em todo o caso, o Irã está em pleno direito de responder a quaisquer tentativas de ataque e retaliar com força”, opine ele.
© AFP 2015/ FAYEZ NURELDINE
Arábia Saudita concentra material bélico na fronteira com Iêmen na véspera de tréguaAo mesmo tempo, Naimi frisa a legitimidade e transparência desta ação iraniana:
"Esta iniciativa do Irã tinha sido anteriormente acordada com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e com os países que também condenam ataques militares contra a população civil do Iêmen. A coleta de ajuda humanitária é uma ação perfeitamente legítima. Foi dada a permissão por parte da ONU e suas divisões especiais. Este navio leva a bordo 2.500 toneladas da ajuda humanitária, inclusive produtos alimentícios, medicamentos e foi verificado anteriormente. Além disso, a bordo do navio esta carga é acompanhada por vários representantes da mídia internacional. Não há nenhuma carga secreta a bordo do cargueiro. Como também não há pretextos para impedir a chegada do navio ao ponto de destino”, comentou.
O cientista político iraniano também apelou aos outros paísesPARA participarem de ações semelhantes de fornecimento de ajuda humanitária alegando a situação muito difícil no Iêmen, com indícios de catástrofe humanitária “porque não há suficientes géneros alimentícios e medicamentosPARA a população do país, e até não há hospitais e pontos de acomodação para os milhares de feridos”.
Terça-feira de noite começou o cessar-fogo de cinco dias entre a Arábia Saudita, seus aliados e o Iêmen. O cessar fogo foi organizado para permitir o trabalho de organizações humanitárias no Iêmen, bem como a evacuação de civis das áreas mais violentas do conflito. Apesar disso, durante toda a terça-feira, as forças da coalizão atacaram com fogo de artilharia os subúrbios da capital iemenita. Segundo informação disponível, mais de 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos.
O Crescente Vermelho Iraniano tem tentado prestar ajuda humanitária ao Iêmen por via marítima e aérea mas sem resultado por causa do bloqueio completo do território iemenita por parte da Arábia Saudita.
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