Tropas ucranianas carecem de peças de reposição para reparo de veículos blindados Bradley, diz mídia
© AP Photo / Jose Luis Magana
As Forças Armadas da Ucrânia têm falta de peças de reposição para o reparo dos veículos blindados Bradley, informa o jornal The Washington Post citando os militares ucranianos.
Segundo a publicação, para receber peças de reposição é necessário apresentar um pedido oficial ao comandante sênior, que as possui em número limitado. Portanto, alguns equipamentos danificados simplesmente não são usados.
De acordo com o chefe do estado-maior do batalhão de reparação e evacuação da 47ª Brigada das Forças Armadas da Ucrânia, quando os ucranianos receberam os Bradley pela primeira vez, enfrentaram o problema da ausência de "doadores" – veículos cujas peças sobressalentes são usadas para o reparo de equipamentos menos danificados.
"Mas antes de ter doadores, fazíamos apenas reparos mínimos e esperávamos que outros ficassem danificados", disse o militar ucraniano.
Segundo os dados da publicação, os Estados Unidos entregaram 190 veículos blindados Bradley à Ucrânia, cerca da metade deles foram fornecidos a unidades das Forças Armadas da Ucrânia. Cerca de uma dezena desses veículos de combate de infantaria já foram destruídos, de acordo com a matéria.
Após misseis Storm Shadow, Rússia diz ter encontrado ponto fraco dos sistemas Himars
21:03 17.07.2023 (atualizado: 11:14 18.07.2023)
© AFP 2023
Anatoly Matviychuk, um oficial aposentado com ligações à inteligência militar da Rússia, detalhou os passos que os militares russos têm tomado contra alguns dos melhores armamentos ocidentais.
A Rússia já obteve bastante sucesso na engenharia reversa de equipamentos militares ocidentais sofisticados capturados pelas forças russas na Ucrânia, disse um oficial aposentado da inteligência militar russa.
"Qualquer equipamento troféu que capturamos no campo de batalha é valioso em termos de suas características de projeção, certas soluções de projeção para alguns de seus componentes", disse Anatoly Matviychuk à Sputnik.
Os EUA e seus aliados enviaram mais de US$ 94,5 bilhões (R$ 454,39 bilhões) em equipamentos militares na Ucrânia nos últimos 18 meses, esvaziando seus próprios arsenais para isso, desde as últimas modificações dos tanques Leopard 2 e veículos de combate de infantaria Bradley até lançadores múltiplos de foguetes Himars, mísseis de cruzeiro Storm Shadow, sistemas de defesa antiaérea Patriot e NASAMS, e obuseiros Caesar.
À medida que o conflito progredia, as tropas das Forças Armadas da Rússia e as tropas da Milícia Popular de Donbass começaram a capturar esses equipamentos. No início deste mês, as tropas russas pegaram um míssil Storm Shadow praticamente intacto, desmontando-o e levando-o em um caminhão a uma outra área para análise posterior.
"Todos os equipamentos que capturamos são cuidadosamente estudados por nossos engenheiros militares. Nós o comparamos com nosso próprio equipamento e imediatamente fazemos recomendações metodológicas sobre os meios de combater esse equipamento no campo de batalha. E, no futuro, é possível que alguns elementos possam até ser introduzidos em nosso próprio equipamento", explicou Matviychuk.
Sucessos da engenharia reversa
O oficial aposentado diz que há muitas evidências que mostram que as forças russas já estão tirando proveito da análise de equipamentos capturados da OTAN, especialmente na área dos mísseis.
"Os Himars que capturamos já foram capazes de escapar muito bem de nossos sistemas de defesa aérea Pantsir. Agora já não. Encontramos seu ponto fraco, descobrimos as frequências de seu sistema de controle e nossos sistemas de defesa aérea agora os destroem de forma excelente. Quanto ao míssil Storm Shadow que capturamos, também vemos agora, nos relatórios do Ministério da Defesa, que quase 90% desses mísseis são abatidos dos céus por nossos sistemas de defesa aérea", disse ele.
As tropas de defesa aérea russas em campo informaram em janeiro que seus sistemas Pantsir haviam sido equipados com um novo termovisor e uma atualização de software para aumentar drasticamente a taxa de interceptação dos foguetes Himars. Na semana passada, um executivo sênior da corporação russa Rostec disse que a eficácia dos sistemas Pantsir atualizados atingiu "100%" de eficácia contra os foguetes Himars no campo de batalha em alguns casos.
"Qualquer arma é modernizada e aprimorada com base nos resultados de seu emprego em combate. Este é um processo contínuo. Por exemplo, depois que o inimigo recebeu os sistemas de foguetes de lançamento múltiplo Himars, os especialistas [...] atualizaram o Pantsir para interceptar esses foguetes", relatou Anatoly Matviychuk.
"Hoje, vemos exemplos de ataques do Himars rechaçados com sucesso por nosso sistema de mísseis/armas superfície-ar. Há precedentes de quando todos os 12 foguetes lançados de um lançador múltiplo de foguetes americano foram abatidos", detalhou.
Forças russas realizam ataques de retaliação com mísseis pelo ato terrorista na Ponte da Crimeia
06:05 18.07.2023 (atualizado: 09:08 18.07.2023)
© Foto / Ministério da Defesa da Federação da Rússia
/ Tropas russas atacaram instalações onde estavam sendo preparados atos terroristas contra a Rússia com uso de lanchas não tripuladas e locais de sua fabricação perto da cidade de Odessa, informou nesta terça-feira (18) o Ministério da Defesa da Rússia.
"Esta noite (18), as Forças Armadas da Federação da Rússia conduziram um ataque múltiplo de retaliação com armas de baseamento naval de alta precisão contra instalações onde estavam sendo preparados atos terroristas contra a Rússia com uso de lanchas não tripuladas, bem como o local da sua produção em um estaleiro de reparação naval na área da cidade de Odessa", explicou o ministério russo.
Além disso, a entidade militar russa especificou que na área das cidades de Nikolaev e Odessa foram destruídas instalações de armazenamento de combustível com um volume total de cerca de 70 mil toneladas, a partir das quais os equipamentos militares das forças ucranianas eram abastecidos.
"Todos os alvos definidos para o ataque foram atingidos. Incêndios e detonações foram registrados nas instalações destruídas", aponta o Ministério da Defesa da Rússia.
Na direção de Kupyansk as unidades do agrupamento Zapad (Oeste) das tropas russas continuam ações ofensivas bem-sucedidas. Na referida direção o agrupamento conseguiu avançar em 2 km pelo front e 1,5 km em profundidade. De acordo com a Defesa russa, o adversário perdeu até 65 militares, foi destruído também um depósito de munições na região de Carcóvia.
No decorrer dos combates na direção de Donetsk o regime de Kiev perdeu até 400 militares, dois veículos blindados de combate, três picapes, um sistema de artilharia M777 dos EUA, três peças de artilharia autopropulsadas Krab de produção polonesa, um obuseiro autopropulsado Gvozdika, dois obuseiros Msta-B, bem como peças de artilharia D-20 e D-30.
Meios da defesa antiaérea da Rússia eliminaram no último dia 43 drones e três projéteis de sistema de lançamento múltiplo de foguetes Himars.
Na direção de Krasny Liman as Forças Armadas da Rússia repeliram com ataques aéreos, fogo de artilharia e sistemas pesados de lança-chamas dois ataques ucranianos, eliminando até 100 militares do adversário, dois veículos blindados de combate, três carros, uma peça de artilharia autopropulsada Krab de fabricação polonesa e dois obuseiros D-30.
As Forças Armadas da Rússia prosseguem a operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o chefe de Estado da Rússia, entre os objetivos principais da operação lançada estão a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
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