MOÇAMBIQUE - 44 anos de independência 25.06.2019 (video)
Faltam os minutos iniciais. Não editado pela STV-SOICO
Jornalistas denunciam barramento no acesso à informação sobre indústria extractiva
Governo e as empresas mineradoras que operam no norte do país estão a violar a lei do direito à informação.
A denúncia foi feita por jornalistas que suspeitam a existência de irregularidades no sector da indústria extractiva.
A maior parte dos jornalistas baseados no norte do país são obrigados a recorrer a fontes de informação alternativas para a produção e divulgação de notícias relacionadas com indústria extractiva, supostamente devido a dificuldades de acesso a entidades governamentais e das mineradoras que exploram recursos mineiros no país.
“É quase impossível fazer a cobertura jornalística na área de mineração, porque o acesso a informação é vedado e o acesso às áreas de mineração são mais vedadas ainda”, desabafou Lucinia Anastácio, jornalista.
Para inverter o cenário, a Sekelekani, uma organização da sociedade civil, que também está preocupado com a situação, juntou na cidade de Nampula, 27 jornalistas das três províncias do norte do país incluindo da Zambézia, com objectivo de encontrar uma forma de contornar o barramento no acesso a informação relacionada com a indústria extrativa.
Planos de exploração dos recursos minerais, os lucros das mineradoras, reassentamento das comunidades afectadas, são algumas informações consideradas inacessíveis, e que supostamente tem provocado alguns conflitos sociais.
O PAÍS – 25.06.2019
SUÉCIA: Um país em modo suicida...(video)
Vídeo acerca da verdadeira situação actual na Suécia. Videos de Mike Cernovich e NBT zone (canais YouTube).
Um dos grandes estrangulamentos da economia Moçambicana são os custos de transporte que são altíssimos
O mundo está a mudar, os carros e os camiões estão a mudar para elétricos por ser mais económico e reduzirem o CO2 que contribui para o aquecimento mundial.
Moçambique é líder de uma tecnologia mundial com mais de 500 anos, que ainda hoje e utilizada.
Não falta madeira, não faltam pregos, não faltam marinheiros, nem Know How, a Costa Moçambicana está cheia de enseadas e locais para embarcar e desembarcar as mercadorias e os passageiros.
Um dos grandes estrangulamentos da economia Moçambicana são os custos de transporte que são altíssimos.
É preciso importar camiões cavalo, gasóleo, pneus, óleos, esses camiões destroem as estradas, dinheiro para importações, que tanta falta faz localmente.
Uma lancha à vela carrega 20 toneladas, metade de um camião cavalo, cria 5 ou 6 postos de trabalho, não gasta gasóleo, nem destrói as estradas, é muito mais barato operar que um camião cavalo, são competitivas e muito mais económicas.
Essa gente que opera as lanchas, não pede muito, só pede que os deixem trabalhar, que lhes deem cargas para transportar, que as autoridades não as sufoquem com os refrescos habituais.
Ao aumentar as mercadorias transportadas pelas lanchas à vela estamos a reduzir os custos de transporte, a reduzir os custos das mercadorias compradas pelas comunidades, ajudando a reduzir o custo de vida, criando postos de trabalho e reduzindo as importações.
(Recebido por email)
Detidos membros do MAMO em Nampula
Os dois detidos estavam na posse de 200 cartões de eleitor
A Polícia da República de Moçambique (P.R.M) em Nampula deteve dois dirigentes do partido Movimento Alternativo de Moçambique-MAMO nas cidades de Nampula e Nacala-Porto, indiciados de recolherem cartões de eleitores.
O porta-voz do comando provincial da P.R.M, Zacarias Nacute disse que a detenção desses cidadãos foi possível através de uma denúncia da população, por alegadamente estarem a recolher cartões do eleitores.
A atitude do partido é vista pela polícia como um autêntico atentado a ordem do processo eleitoral.
A detenção acontece numa altura em que o secretário-geral do MAMO, Eugénio Estevão terá publicamente denunciado semana passada da suposta intimidação de seus membros pela policia.
Enquanto estes membros continuarem detidos e os cartões estarem na posse da polícia, a candidatura do secretário-geral do MAMO à presidência, está comprometida, uma vez que, um daqueles foi detido na posse de mais de 200 cartões incluindo o do candidato eleito pelo partido.
(Bonifácio Armando)
VISÃO(Nampula) – 25.06.2019
NOTA: Esta é uma prática corrente na Frelimo e ninguém é preso. Porquê?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 18:12 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Reino Unido face à insurreição de Cabo Delgado
O memorando de entendimento (MoU) assinado pelo embaixador britânico NneNne Iwuji-Eme e pelo vice-ministro da Defesa moçambicano, Patrício José, vai além do que sugere o relatório diplomático britânico.
O documento de 13 de maio não especifica apenas o assessor alocado após os ciclones de Idai e Kenneth, que devastaram grandes áreas do país em março e abril.
O adido de defesa Alan Litster, um coronel dos Royal Marines com base em Pretória, viajou para Maputo para discutir a componente militar do MoU, nomeadamente a cooperação militar para enfrentar a insurreição na região de Cabo Delgado, no norte.
A instabilidade é particularmente preocupante para os produtores de gás que operam ao largo da costa desta região, embora as empresas britânicas tenham interesses comerciais limitados.
In IONewsletter – 21.06.2019
NOTA: Será que com mais este “jogador” a situação melhorará? Ou será a internacionalização de um problema interno?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Abdul Razak deplora incitação à violência no discurso do representante do edil de Quelimane
No dia em que se assinala os 44 anos da independência Nacional, na Zambézia, o Governador Abdul Razak insurgiu-se contra representante do edil de Quelimane por este ter proferido discurso que para Razak insistam a violência.
No momento dos discursos que marcaram as celebrações dos 44 anos da independência Nacional, Costa Amado represente do edil de Quelimane referiu o seguinte:
No momento dos discursos que marcaram as celebrações dos 44 anos da independência Nacional, Costa Amado represente do edil de Quelimane referiu o seguinte:
“Se no dia 25 de Setembro de 1964 a insurreição geral armada era declara em nome de todos os moçambicanos e no dia 25 de Junho de 1975 a independência era proclamada em nome de todos, hoje só uma minoria é que detém a riqueza de Moçambique e tem usufruído dos resultados da luta que foi conduzida por todos”, disse Amado acrescentando que depois da independência instaurou-se um clima de ódio, terror, vinganças. perseguições
Face ao discurso, Abdul Razak reagiu nos seguintes termos:
Face ao discurso, Abdul Razak reagiu nos seguintes termos:
“Se estivéssemos no regime de terror ele não estaria aqui, se estivéssemos no regime de intolerância, de terror e de exclusividade não haveria eleições em que o partido deste senhor ganhou as eleições. Nunca fizemos nada para boicotar o trabalho do município”, alegou Razak.
Razak disse ainda que sempre foi manifestada a prontidão para apoiar o município de Quelimane para trabalhar melhor e servir os cidadãos moçambicanos.
Na Zambézia foram condecorados 34 cidadãos.
Na Zambézia foram condecorados 34 cidadãos.
O PAÍS – 25.06.2019
Estudo conclui ser prematuro criar-se um Fundo Soberano no país enquanto a dívida pública for insustentável
Um estudo apresentado, sexta-feira (21), na cidade da Matola, província de Maputo, no âmbito da realização da XI edição das Jornadas Científicas do Banco de Moçambique (BM), revela que, para o actual contexto do país, não é sugestivo a criação de um Fundo Soberano (FS) no curto prazo, enquanto a dívida pública for insustentável.
Intitulado "Análise dos Determinantes Macroeconómicos dos Fundos Soberanos de Riqueza: Ilações para Moçambique", o estudo foi realizado por Egas Daniel e Kevin Mataruca, ambos Mestres em Economia e com experiências no sector.
O estudo levou os pesquisadores a concluir que um dos determinantes para a criação de um FS é a sustentabilidade da dívida pública. Contudo, analisando a dívida pública actual do país, que é insustentável, o estudo diz ser inoportuno criar-se um fundo de gestão das receitas provenientes da exploração dos recursos naturais, com enfoque para o gás natural.
"A dívida pública do país situa-se em 110 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Isto significa que toda a produção nacional, num determinado ano, não é capaz de cobrir os nossos compromissos com credores e teríamos de aumentar mais 10 por cento para fechar na íntegra. Este facto mostra que o nosso endividamento está a níveis insustentáveis" afirmou Mataruca, aquando da apresentação do estudo.
No trabalho, o grupo apresenta como outro determinante para a criação do almejado FS a estabilidade da Conta Corrente do país. Na análise, os pesquisadores constataram que, no momento de criação de um FS, os países estudados apresentavam uma média da Conta Corrente de 6,3 por cento.
AdM contraiu dívida para garantir salários
A empresa Aeroportos de Moçambique diz ter pago todos os salários no dia 20 de Junho graças "às boas relações" que tem com os bancos. Isto permitiu fazer uma dívida enquanto as suas contas estiverem congeladas por ordem do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
A empresa não aceitou revelar os números, mas garantiu que se trata de uma dívida de muito curto prazo, mesmo assim pressupõe pagamento com juros.
O congelamento ordenado pelo tribunal deve-se a uma acção judicial movida pela Comissão Liquidatária do extinto Nosso Banco.
A comissão exige que a Aeroportos de Moçambique pague a dívida de 820 milhões de meticais em menos de um ano, "o que é impossível tendo em conta a situação actual da empresa", como explicou o Administrador Financeiro da empresa, Saíde Júnior.
De qualquer das formas, a empresa espera que a situação seja resolvida ainda hoje ou, "mais tardar, quarta-feira".
O PAÍS – 24.06.2019
NOTA: São situações como esta que mostram o (des)governo do país. Uma empresa pública com as contas penhoradas pelo tribunal. E já lá vão 44 anos de independência.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
24/06/2019
“Forças diabólicas” prejudicam a Renamo, diz o seu líder, Ossufo Momade
O Presidente do partido RENAMO, Ossufo Momade, reafirma o compromisso de alcançar o desarmamento e reintegração dos seus homens armados, e atribui à “forças diabólicas” a crise que enfrenta.
"Nós estamos comprometidos com a Paz efectiva, reconciliação nacional verdadeira, por isso continuamos a cumprir no espírito e na letra o memorando de entendimento do dia 6 de Agosto de 2018, que tem como meta a desmobilização, o desarmamento e a reintegração das nossas forças", assegura Momade.
Falando nesta segunda-feira, 25, em teleconferência, a partir da Serra da Gorongosa, Momade disse que os homens armados que contestam a sua liderança estão ao serviço de “forças diabólicas”.
"Contrariamente ao nosso esforço de manter a paz, harmonia social, há forças diabólicas que de forma inglória procuraram manchar a nossa popularidade, honra, o nosso bom nome e boa imagem pública”, disse.
Para Momade, “estas forças diabólicas instrumentalizaram companheiros das nossas fileiras para desempenharem um papel ridículo e mercenário".
Posted at 21:48 in Defesa - Forças Armadas, Eleições 2019 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (5)
Moçambique recebe 3 mil milhões em receitas da Área 1 a partir de 2030
A consultora Wood Mackenzie estima que só as receitas do projeto de gás natural aprovado na semana passada em Moçambique vão, em dez anos, valer 3 mil milhões de dólares anualmente, duplicando a totalidade do montante total atual.
“Acreditamos que, a partir do início da década de 2030, as receitas estatais do projeto Mozambique LNG vão chegar a 3 mil milhões de dólares [mais de 2,6 mil milhões de euros] por ano, duplicando, por si só, as receitas atuais calculadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial”, disse o analista Jon Lawrence, numa nota enviada à Lusa.
Comentando os projetos de gás natural em Moçambique, o analista disse que a Decisão Final de Investimento, anunciada pela Anadarko na semana passada, torna-se na segunda decisão mais onerosa a seguir ao projeto Arctic LNG-2, na Rússia, e a maior de sempre no setor do petróleo e gás na África subsaariana.
LUSA – 24.06.2019
“Acreditamos que, a partir do início da década de 2030, as receitas estatais do projeto Mozambique LNG vão chegar a 3 mil milhões de dólares [mais de 2,6 mil milhões de euros] por ano, duplicando, por si só, as receitas atuais calculadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial”, disse o analista Jon Lawrence, numa nota enviada à Lusa.
Comentando os projetos de gás natural em Moçambique, o analista disse que a Decisão Final de Investimento, anunciada pela Anadarko na semana passada, torna-se na segunda decisão mais onerosa a seguir ao projeto Arctic LNG-2, na Rússia, e a maior de sempre no setor do petróleo e gás na África subsaariana.
LUSA – 24.06.2019
Grande entrevista com neto de Lázaro Kavandame(Repetição)
– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa.
Leia em Download CMC_n178_netoKavandame
(Imagem retirada de https://www.facebook.com/photo.php?fbid=654679145005319&set=a.160020611137844&type=3&theater
Moçambique cresce só 2% este ano e défice piora para 9%, diz a Consultora IHS Markit
A consultora IHS Markit considerou hoje que o impacto dos ciclones em Moçambique vai piorar as estimativas de crescimento da economia, para 2%, da inflação e do desequilíbrio orçamental, que pode chegar aos 9%.
“A taxa de crescimento do PIB, a inflação, o défice orçamental para 2019 podem ficar piores que as estimativas iniciais da IHS Markit, tendo em conta os impactos dos ciclones Idai e Kenneth”, disse a economista Thea Fourie à Lusa.
“O impacto pode incluir uma inflação maior para os produtos alimentares, ao passo que o crescimento do PIB pode abrandar para 2%”, acrescentou, notando que “o início dos esforços de reconstrução pode deixar a economia mais forte na segunda metade deste ano e nos próximos dois anos”.
A subida dos preços dos alimentos é, aliás, "o maior risco para a previsão de evolução da economia", dado o potencial de disrupção no consumo e no sentimento dos próprios consumidores.
No que diz respeito à política monetária, e já levando em conta o corte de 1% na taxa de juro diretora em junho, a IHS Markit estima que o banco central moçambicano corte novamente o custo do dinheiro em mais 1,25% até final deste ano, melhorando a capacidade das famílias e dos empresários de acomodarem os impactos do aumento dos preços dos bens alimentares.
Posted at 12:20 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)
Sobre o processamento de gás natural por liquefação (LNG) ou compressão (CNG)
Como introdução a esta publicação, chama-se a atenção para o modo como a tecnologia inerente ao gás natural tem vindo a evoluir no sentido de tornar viável a exploração de recursos outrora considerados impraticáveis por limitações económicas mas também técnicas. A viabilização do gás de xisto é um grande exemplo disso, e tem sido bastante mais discutido do que outro exemplo importante, que é tecnologia de liquefação do gás natural, como de resto esta publicação procura revelar.
No passado, caso um campo de exploração offshore (alto mar) não pudesse ligar-se por pipeline à costa, era considerado "encalhado" (stranded), isto é, de exploração condicionada.
O cenário mudou a partir do momento que a tecnologia de liquefação de gás natural (em inglês, LNG) veio facilitar a exploração dos campos de exploração de gás natural que eram considerados "encalhados". A construção de embarcações e unidades de exploração capazes de transportar e processar LNG foi o elo vital para o estabelecimento de um mercado mundial de LNG.
A tecnologia necessária para operar LNG, conhecida como FLNG (o F vem de floating/flutuante) é considerada complexa e dispendiosa, o que implica que, sob o ponto de vista do risco e custos, nem sempre se justifique aplicá-la num campo offshore, especialmente se for pequeno (menos de 56 mil milhões de metros cúbicos). Nestes casos, a alternativa para ainda assim aproveitar os recursos existentes passa pela compressão de gás natural (CNG).
Comparativamente, a tecnologia CNG é bastante mais simples porque envolve apenas a compressão da matéria-prima e seu transporte em embarcações até à costa.
Como o ciclone Idai destapou uma tempestade antiga
Depois das marcas deixadas pelo ciclone Idai, em Março, os responsáveis do Parque Nacional da Gorongosa lançaram um pedido de ajuda e a associação Ajudar Moçambique pôs mão à obra. Uma equipa multidisciplinar deste movimento andou pelas províncias mais afectadas. Foram atendidas mais de 1200 pessoas e fizeram-se levantamentos de casas que precisam de ser reconstruídas e de sementeiras que devem ser repetidas. Dez dias no terreno depois, percebeu-se que a força da natureza não é a única responsável pelo que se passou.
Por Nicole Azevedo
À primeira vista e já com luz de fim do dia, a cidade da Beira parece pouco diferente, mas rapidamente percebo que aqui muita coisa mudou após a passagem do ciclone Idai, em meados de Março.
Sempre houve rapazes no aeroporto a oferecer serviços de bagageiro em troca de uns meticais. A nossa equipa, composta por dez pessoas, maioritariamente médicos, viajava com inúmeros volumes: bagagem pessoal e uma quantidade grande de caixas identificadas com os autocolantes da nossa missão Ajudar Moçambique, contendo medicamentos e material médico.
Os bagageiros aperceberam-se logo da possibilidade de ganhar uns trocos com o nosso grupo e, sem eu poder avisar que não precisaríamos de ajuda, já estavam a empilhar as nossas caixas nos trolleys e a encaminhar a bagagem porta do aeroporto fora em direcção ao carro do Parque Nacional da Gorongosa, que estava à nossa espera.
No fim, quando já estava tudo arrumado dentro da nossa carrinha, agradeci dando uma nota ao líder do grupo de carregadores de malas, dinheiro que deveria ser dividido entre todos por partes iguais.
Posted at 11:12 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
Governo vai rever Contrato com ENI para Área 4 “a qualquer momento”
O Governo de Moçambique vai rever, “a qualquer momento” segundo o ministro Ernesto Max Tonela, o Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção com a multinacional ENI Est Africa S.p.A., para a Área 4 Offshore do Bloco do Rovuma.
“Os contratos de 2006, os Contratos de Concessão de Pesquisa e Produção, a perspectiva era encontrar petróleo mas foi encontrado gás”, explicou ao @Verdade o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela, quando questionado sobre o Decreto 47/2019.
De acordo com Tonela : “A forma de monetização do petróleo é diferente da monetização do gás natural, o 1º Acordo Complementar de 2017 foi para abrir a entrada da ExxonMobil não se abriu as questões, agora que já temos as condições para aprovar o Plano de Desenvolvimento é preciso fazer as modificações para adequar às questões do gás natural”.
“O petróleo, como disse além, tira-se do mar, põe-se em barril e exporta-se, o gás na forma líquida envolve outro tipo de projectos e o Decreto lei vai estabelecer o quadro legal”, esclareceu o governante.
Samo Paulo Gonçalves: o carrasco dos arguidos das "dívidas ocultas" ou simplesmente um chefe de prisões caduco e saudoso de práticas pidescas?
Eis como muitos dos seus colegas o catalogam. Samo Paulo Gonçalves, 65 anos de idade, que já devia estar na reforma, continua a espalhar seu terror no sistema prisional moçambicano. Já antes da independência, ele trabalhava no sector, tendo bebido muito da brutalidade do sistema prisional colonial.
Com a independência em 1975, o sistema passou por fases distintas, incluindo, mais recentemente, a incorporação da cartilha dos direitos humanos: a ideia de que reclusos, preventivos ou condenados, estão sob privação de liberdade, mas gozam dos mais elementares direitos humanos. Um desses direitos, consagrado constitucionalmente em Moçambique, é o direito à informação. Mas Samo Paulo Gonçalves é de uma escola onde direitos humanos não existem.
Ele é o Director Nacional do Serviço Penal dentro do SERNAP (Serviço Nacional das Prisões). É o segundo elemento na hierarquia do SERNAP, depois do Diretor Geral, Joaquim Cumbi. Na semana passada, Samo Gonçalves cometeu uma "proeza". Sem consulta a seus pares, dírigiu-se à unidade prisional do Língamo, para onde foram transferidos os arguidos das "dívidas ocultas" que haviam sido previamente encarcerados no Estabelecimento Preventivo da Machava por ordens de um juiz de instrução (António Carlos Rosário, Gregório Leão, Ndambi Guebuza, Teófilo Nhangumele, Bruno Tandane Langa, Sérgio Namburete, Sidónio Sitoe e Fabião Mabunda).
E tomou decisões polémicas: mandou remover de cada cela todos os televisores, chaleiras eléctricas e microondas. E determinou que a quantidade de fruta em cada cela tinha de ser mínima. A decisão foi cumprida de imediato, apesar de a ordem de Samo Gonçalves configurar uma interferência nos trabalhos do Estabelecimento Prisional. Como director de Serviço Penal ele não tem mandato para se imiscuir na gestão corrente de um estabelecimento prisional, disse à "Carta" fonte abalizada.
Decisões daquela natureza deviam ter sido concertadas com o responsável do estabelecimento prisional, no caso Jordão Mangue, que chefia a cadeia da Machava. Consta que Mangue não foi tido nem achado e muito menos o responsável máximo do SERNAP Joaquim Cumbi. A unidade prisional do Língamo está adistrita ao estabelecimento da Machava.
Posted at 10:30 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
23/06/2019
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 34 - 23 de Junho de 2019
Distribuição final de Mandatos da AR:
Gaza ganha 9 assentos, Nampula, Zambézia e Sofala perdem 9
A CNE calculou hoje (domingo) a distribuição por cada círculo eleitoral do número de assentos para a Assembleia da República (AR) e atribuiu 22 assentos para a província de Gaza, um aumento exponencial de 9 mandatos, numa província onde a Frelimo ganha sempre todos os assentos. Nampula (-4), Zambézia (-2) e Sofala (-2) perdem juntos 9 assentos no próximo mandato. As três províncias são de influência da Renamo e da oposição no geral.
O aumento de 9 mandatos confirma a previsão feita pelo Boletim. Um ligeiro aumento registou-se também em províncias como Inhambane (+1), Maputo (+3), Cabo Delgado (+1) e Manica (+1).
Dos 250 mandatos disponíveis para os deputados da AR, 248 são distribuídos, a nível nacional, por cada círculo eleitoral em função do total de eleitores inscritos e os restantes dois são para a diáspora.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-34-23-06-19(4)
NOTA: Será que neste país não há forma de "correr" com os vigaristas?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 23:52 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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