sábado, 2 de julho de 2016

Marcelo recusou Mercedes de 150 mil euros. Costa aceitou a viatura


O Presidente da República voltou a quebrar o protocolo, que dita que o novo Chefe de Estado de aceitar uma viatura oferecida pelo seu antecessor.

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POLÍTICA GOVERNOHÁ 11 HORASPOR PATRÍCIA MARTINS CARVALHO
O programa ‘Sexta às Nove’ da RTP revelou, ontem à noite, que António Costa tem ao seu dispor uma viatura cujo valor de mercado é, no mínimo, de 150 mil euros.
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Segundo a investigação dos jornalistas da RTP, a viatura foi adquirida por Aníbal Cavaco Silva no final do seu mandato para ser oferecida a Marcelo Rebelo de Sousa. A tradição manda que ao novo Presidente seja oferecida uma viatura nova pelo seu antecessor. E como Cavaco havia decidido ficar com a viatura que esteve ao seu serviço durante 10 anos, o ex-Chefe de Estado comprou um novo carro.
Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou, mais uma vez, que não liga a protocolos e recusou fazer-se deslocar no Mercedes S500 por considerar que o mesmo é excessivamente caro.
“O novo Presidente, no entanto, não pretendeu usar esse carro e preferiu utilizar um veículo de gama mais baixa, um Mercedes série E 220”, disse à RTP fonte da Presidência da República.
A secretaria-geral da Presidência da República viu-se então a braços com um carro topo de gama novo fechado numa garagem. A primeira escolha foi oferecê-lo a Jorge Sampaio, o Presidente que antecedeu Cavaco Silva, mas também este a recusou “por entender que a gama e características do referido veículo eram excessivas e, por isso, desadequadas para a sua qualidade de ex-Presidente”, explicou a assessora do socialista.
Perante este cenário sobrou uma opção: doar a viatura à Presidência do Conselho de Ministros. O carro tem agora uso, depois de ter estado durante quase quatro meses fechado numa garagem.
“O carro foi doado a 27 de junho à Presidência do Conselho de Ministros sem qualquer custo. Só pode ser usado pelo primeiro-ministro ou por altas entidades que se desloquem ao país”, disse à RTP o assessor de António Costa.
Ainda segundo a televisão pública, o primeiro-ministro já usou a viatura duas vezes e, questionado sobre a mesma, recusou prestar declarações.

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