Alguns dos fundamentos do artigo com o título em epígrafe, da autoria e feito circular por Marcelo Mosse, datado de 25 de Abril, são problemáticos.
Primeiro, diz que “O assunto da dívida pública oculta é um assunto delicado. Por isso, ele não deve ser tratado de ânimo leve, com essas caricaturas e xingamentos insultuosos na praça pública”. Isto é próprio da democracia na medida em que se a cultura política duma sociedade não permite que se vá além do que o Marcelo chama de leviandade, então, que haja mais e não menos leviandade. Deixar o povo falar é próprio da democracia. Creio que alguns dos que falam com aquilo a que chama de leviandade têm os seus impostos em dia em relação ao Estado. Isto é o bastante para que, em sociedades democráticas, as pessoas exerçam o direito de falar, inclusive dizer leviandades. Se nesse processo, alguém se sentir lesado, que accione a justiça.
Segundo, diz que “Quer se queira quer não, Guebuza e Chang são inocentes até que se prove o contrário. E ninguém ainda provou isso, incluindo os comentadores mais vibrantes de nossas tvs e os caricaturistas mais talentosos das redes sociais”. O meu entendimento é o de que o princípio de presunção de inocência se aplica na esfera de direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, portanto, na esfera privada. Enquanto Presidente da República e Ministro das Finanças, Guebuza e Chang actuavam no âmbito da governação, após o juramento de defender a lei. Nessa capacidade, os dois eram os mais altos gestores das contas públicas que observam os princípios de legalidade, transparência, probidade e prestação de contas. É isto o que as pessoas estão a fazer: a exigir prestação de contas. Ninguém está a condenar o cidadão Armando Emílio Guebuza e o cidadão Manuel Chang. Eles são bons cidadãos, históricos e religiosos mas a sociedade quer esclarecimentos sobre contas públicas na altura em que os dois eram respectivamente Presidente da República e Ministro das Finanças. A prestação de contas é pública e é devida aos cidadãos em público, particularmente numa altura em que o Parlamento foi duplamente marginalizado deste processo.
Portanto, não se trata de Guebuza e Chang serem ou não inocentes. A equação é outra: prestação de contas ao povo pela sua gestão das finanças públicas. Só isso!
Adriano Nuvunga
Primeiro, diz que “O assunto da dívida pública oculta é um assunto delicado. Por isso, ele não deve ser tratado de ânimo leve, com essas caricaturas e xingamentos insultuosos na praça pública”. Isto é próprio da democracia na medida em que se a cultura política duma sociedade não permite que se vá além do que o Marcelo chama de leviandade, então, que haja mais e não menos leviandade. Deixar o povo falar é próprio da democracia. Creio que alguns dos que falam com aquilo a que chama de leviandade têm os seus impostos em dia em relação ao Estado. Isto é o bastante para que, em sociedades democráticas, as pessoas exerçam o direito de falar, inclusive dizer leviandades. Se nesse processo, alguém se sentir lesado, que accione a justiça.
Segundo, diz que “Quer se queira quer não, Guebuza e Chang são inocentes até que se prove o contrário. E ninguém ainda provou isso, incluindo os comentadores mais vibrantes de nossas tvs e os caricaturistas mais talentosos das redes sociais”. O meu entendimento é o de que o princípio de presunção de inocência se aplica na esfera de direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, portanto, na esfera privada. Enquanto Presidente da República e Ministro das Finanças, Guebuza e Chang actuavam no âmbito da governação, após o juramento de defender a lei. Nessa capacidade, os dois eram os mais altos gestores das contas públicas que observam os princípios de legalidade, transparência, probidade e prestação de contas. É isto o que as pessoas estão a fazer: a exigir prestação de contas. Ninguém está a condenar o cidadão Armando Emílio Guebuza e o cidadão Manuel Chang. Eles são bons cidadãos, históricos e religiosos mas a sociedade quer esclarecimentos sobre contas públicas na altura em que os dois eram respectivamente Presidente da República e Ministro das Finanças. A prestação de contas é pública e é devida aos cidadãos em público, particularmente numa altura em que o Parlamento foi duplamente marginalizado deste processo.
Portanto, não se trata de Guebuza e Chang serem ou não inocentes. A equação é outra: prestação de contas ao povo pela sua gestão das finanças públicas. Só isso!
Adriano Nuvunga
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