«nunca um governo africano escondeu tanta informação à organização»
Redacção VOA
Carlos Agostinho do Rosário, primeiro-ministro de Moçambique
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Fonte do FMI citada pelo Financial Times considera que nunca um governo africano escondeu tanta informação à organização.
O Governo de Moçambique autorizou um empréstimo de mais de 500 milhões de dólares a uma empresa pública, o que, agregado aos créditos às empresas Ematum e à Proindicus, representa quase 10 do Produto Interno Bruto.
A notícia é avançada pelo jornal inglês Financial Times (FT(.
De acordo com uma fonte não identificada, para além das obrigações da Ematum, no valor inicial de 850 milhões de dólares, e do empréstimo à Proindicus no valor de 622 milhões, em 2013, há ainda um terceiro empréstimo cujo valor ultrapassou os 500 milhões de dólares, todos tratados pelo Credit Suisse e pelo russo VTB Bank.
Na passada sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a suspensão de uma missão a Moçambique prevista para esta semana em virtude de o Governo de Maputo não ter informado ao Fundo de um empréstimo mantido em secreto no valor de mil milhões de dólares.
O terceiro empréstimo revelado agora plo FT sequer tinha sido referido.
"É provavelmente um dos maiores casos de fornecimento de dados imprecisos por um governo de um país africano ao FMI nos últimos tempos”, disse uma fonte do FMI citada pelo jornal, que continua: “Eles deliberadamente mantiveram escondidos de nós empréstimos no valor de pelo menos mil milhões de dólares ou mais.”
A mesma fonte advertiu que Moçambique está perto de uma crise financeira se as autoridades não tomarem medidas para lidar com os riscos acuais".
O responsável pelo FMI, referido pelo FT, advertiu ainda que outros doadores podem vir a congelar desembolsos entre 350 milhões e 400 milhões, “o que pode levar a uma crise fiscal e na balança de pagamentos".
Para tentar esclarecer a situação o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, viajou de emergência para Washington e deve reunir-se ainda hoje com o Fundo Monetário Internacional.
Redacção VOA
Carlos Agostinho do Rosário, primeiro-ministro de Moçambique
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Fonte do FMI citada pelo Financial Times considera que nunca um governo africano escondeu tanta informação à organização.
O Governo de Moçambique autorizou um empréstimo de mais de 500 milhões de dólares a uma empresa pública, o que, agregado aos créditos às empresas Ematum e à Proindicus, representa quase 10 do Produto Interno Bruto.
A notícia é avançada pelo jornal inglês Financial Times (FT(.
De acordo com uma fonte não identificada, para além das obrigações da Ematum, no valor inicial de 850 milhões de dólares, e do empréstimo à Proindicus no valor de 622 milhões, em 2013, há ainda um terceiro empréstimo cujo valor ultrapassou os 500 milhões de dólares, todos tratados pelo Credit Suisse e pelo russo VTB Bank.
Na passada sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a suspensão de uma missão a Moçambique prevista para esta semana em virtude de o Governo de Maputo não ter informado ao Fundo de um empréstimo mantido em secreto no valor de mil milhões de dólares.
O terceiro empréstimo revelado agora plo FT sequer tinha sido referido.
"É provavelmente um dos maiores casos de fornecimento de dados imprecisos por um governo de um país africano ao FMI nos últimos tempos”, disse uma fonte do FMI citada pelo jornal, que continua: “Eles deliberadamente mantiveram escondidos de nós empréstimos no valor de pelo menos mil milhões de dólares ou mais.”
A mesma fonte advertiu que Moçambique está perto de uma crise financeira se as autoridades não tomarem medidas para lidar com os riscos acuais".
O responsável pelo FMI, referido pelo FT, advertiu ainda que outros doadores podem vir a congelar desembolsos entre 350 milhões e 400 milhões, “o que pode levar a uma crise fiscal e na balança de pagamentos".
Para tentar esclarecer a situação o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, viajou de emergência para Washington e deve reunir-se ainda hoje com o Fundo Monetário Internacional.
IMF Suspends Millions In Aid Dollars To Mozambique Over Hidden Debt
The International Monetary Fund has suspended aid to Mozambique after finding that the southern African nation allegedly had at least $1 billion in previously undisclosed government debt. The IMF has also canceled a planned trip to Mozambique this week in light of the discovery, the Financial Times reported Monday.
“It is probably one of the largest cases of the provision of inaccurate data by a government the IMF has seen in an African country in recent times. They deliberately kept from us at least $1 billion, possibly higher, of hidden loans,” an IMF official told the newspaper, warning that other donors could freeze disbursements of $350 million to $400 million. “Mozambique is close to a financial crisis if the authorities don’t take action to deal with the current risks.”
The IMF, an organization of 188 countries that promotes international financial stability and monetary cooperation, announced Friday it believed Mozambique had concealed borrowing for its defense sector from Credit Suisse and Russia’s VTB Bank. So the fund is halting disbursements of $155 million of a $286 million emergency loan it agreed to with Mozambique last year to help buffer its economy, following steep drops in commodity prices. The IMF said the alleged undeclared loans had changed its assessment of the country’s macroeconomic outlook, according to Reuters.
Mozambique Finance Minister Adrian Malian, however, has insisted the country has no hidden loans.
“There was some confusion which has ended up creating problems for Mozambique groundlessly,” he was quoted by the state news agency as saying Sunday. “The international community will realize that, firstly, Mozambique is a country that has never failed to pay, and secondly, we have said to all investors that all that has a state guarantee is secure — we honor our commitments.”
The IMF’s accusations come shortly after another controversy involving a state-backed $850 million bond that launched in 2012 to set up a state tuna-fishing company, Ematum. Some $500 million of the debt was found to be spent on naval vessels and other defense equipment. The latest revelations will likely damage the cash-strapped government’s efforts to repair its reputation with donors and investors.
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