domingo, 17 de abril de 2016

OS RECORRENTES “INSULTOS” DO SOCIÓLOGO ELÍSIO MACAMO AOS JOVENS DESALINHADOS COM O GOVERNO DO DIA

SOBRE OS NOSSOS HÁBITOS DE LEITURA E OS RECORRENTES “INSULTOS” DO SOCIÓLOGO ELÍSIO MACAMO AOS JOVENS DESALINHADOS COM O GOVERNO DO DIA
Há já um tempo que venho notando que grande parte dos meus amigos daqui do Facebook não gosta de ler textos longos (normalmente, artigos de opinião) sobre os mais diversos assuntos do nosso país. Particularmente os que abordam questões políticas. Regra geral, alegam não ter tempo de os ler por serem de linguagem muito complexa, aborrecidos e exageradamente densos.
Pode ser que tenham razão. E isso pode até reforçar a convicção generalizada segundo a qual os nossos hábitos de leitura estejam a deteriorar-se de modo vertiginoso nos últimos tempos. Hoje em dia as pessoas estudam e se formam num sistema de educação que prioriza o instantâneo... Testes e exames “multi-choice”, literatura generalista que se foca em “bullets” e professores ou docentes preguiçosos, formados às correrias e com múltiplas ocupações profissionais. Muitos de nós, mais jovens, fomos formados como autênticas caixas de ressonância de tudo quanto os nossos educadores achavam que deveríamos saber e mais nada... Não fomos educados para ler para além do “copy & paste” e, quando diante de textos relativamente mais elaborados, morremos de sono natural. Não fomos educados a ler, pensar e opinar, de modo endógeno e pessoal. Fomos educados a repetir o que os outros dizem, concordando ou discordando em função do que a maioria acha ou daqueles que julgamos serem a referência do pensamento elaborado. Vamos sempre pelo mais fácil, resumindo o nosso contributo opinativo aos 160 caracteres de uma SMS... Queremos tudo já feito, apresentado em 3 ou 5 linhas de um post no Facebook. Nunca comentamos um pensamento ou argumento patente num texto, comentamos os títulos dos jornais e as notas de rodapé que aparecem nos serviços noticiosos das nossas televisões. Todo o resto é cansativo para o escasso tempo que aparentemente temos, complicado o suficiente para disputar a nossa atenção com fotos de mulheres em poses sensuais e posts de anedotas ou, mais ainda, parece ser erudito demais para os nossos miolos.
Tudo isto vem à propósito de alguns textos de proeminentes figuras do nosso país intelectual que têm sido postados nos últimos tempos. Muitos deles dedicam autênticos “jornais”, nos seus posts aqui no Facebook, para falar do nosso pulsar como nação ou país, a todos os níveis. Através desses artigos, muita informação passa à leste de muita gente que, genuinamente, se preocupa com o país, a sua condição presente e os seus rumos futuros. Com efeito, muitos desses textos são mesmo complicados pela forma como são escritos... Os nossos maiores pensadores são, invariavelmente, professores doutores (PHD´s), habituados a escrever com um rigor lexical e conceptual muito acima da média da nossa compreensão geral. Muitos deles estuda(ra)m ou vive(ra)m no estrangeiro, onde o nível de formação e o grau de instrução são largamente superiores aos nossos, cá em Moçambique. Não sei se o fazem de propósito, para de modo deliberado traçarem uma fronteira de qualidade entre nós e eles. Não sei se escrevem apenas para cidadãos que tem o mesmo nível de instrução que eles. O que é certo é que não escrevem para o cidadão comum e, embora dele falem nos seus textos (alguns até são mesmo dirigidos a ele), nunca facilitam a sua compreensão e a devida apropriação. Muitas vezes, esse mesmo cidadão comum é vilipendiado, ridicularizado e estupidificado nos textos dos nossos grandes pensadores e tal facto passa-lhe muitas vezes de lado. Ou porque o cidadão não “apanha” o português do PHD que o aborda, ou porque o PHD que o aborda não dificulta propositadamente a sua compreensão. Para além disso, nalguns desses textos os seus autores impõem ao cidadão comum uma disciplina rígida de metodologia na emissão dos seus comentários... Regra geral, só os comentários que vão de encontro à ditadura metodológica do autor é que são respondidos ou merecem a devida apreciação. Os que se expressam “como povo” são ou invariavelmente ignorados ou “cientificamente” humilhados, sem comiseração nenhuma. Não há nem “fairy-play” nem o devido desconto pelas naturais incipiências da “sociologia do debate” nacional. Os comentaristas são necessariamente obrigados a perceberem infalivelmente o autor e a demonstrarem possuir “background” intelectual suficiente para interagir com o articulista, debatendo em pé de igualdade com o mesmo. Está-se nas tintas para o facto de nem todos sermos PHD´s ou de nem todos termos experiência de debate universalmente aceites. Não se debate os problemas do país e do povo com o povo (respeitando-se a sua diversidade), debate-se sobre o país e os problemas do povo exclusivamente com a elite pretensamente pensante, em linguagem conotada, erudita e excludente.
Vou citar um exemplo muito peculiar, baseados nos últimos artigos de um dos mais proeminentes sociólogos moçambicanos, Prof. Doutor Elisio Macamo, onde os que se assumem abertamente como críticos do regime no poder (muitos deles nós, os jovens) são “insultados” sem direito de resposta. No artigo “Eu admiro Dhlakama”, o autor chama aos críticos do status quo no nosso país de “esclarecidos” (assim mesmo, entre aspas), cidadãos que têm que esgrimir argumentos finos e zangados apenas para serem ouvidos pelo regime no poder. No mesmo texto, chama aos jovens descontentes com a forma como Moçambique tem sido governado de “juventude impetuosa e com as mentes toldadas por conceitos estrangeiros mal digeridos”. O Prof. Elísio Macamo afirma, no seu último artigo, que, e por exemplo, admira Dhlakama “pelo facto de o seu agir político ser um melhor guia à racionalidade da acção política em Moçambique do que os tratados facebookianos enformados pela encenação da indignação”... Por outra, tudo quanto se publica pelo cidadão comum no Facebook e como revolta à injustiça e os podres do nosso Governo são inferiores e descartáveis para se analisar o nosso status quo político porque são viciados ou inventados. Do estilo, e em linguagem simplificada, os nossos posts são que nem aquelas peças de teatro do Gungu que retratam cenários de pobreza da nossa sociedade. Para Macamo, estamos todos a mafiar, exagerando os nossos problemas e fingindo que estamos indignados com o que diariamente nos aflige!
Quase ninguém viu isto, no texto por ele publicado. Geralmente ou porque os seus textos são longos demais e falam de múltiplos assuntos, ou porque a linguagem é exageradamente “sociológica” e com recorrentes disfunções entre os títulos e o conteúdo dos mesmos. Não é a primeira vez que ele se dirige nesses termos para a juventude desalinhada com o poder do dia. Não é a primeira vez que ele nos encharca de recursos “sociológicos”, linguísticos e retóricos para descredibilizar ou deslegitimar o pensamento e o sentimento dos cidadãos que vivem o descalabro do país na pele, no coração e no estômago. Não tenho nada contra quem o admira e que com ele troca textualmente palmadinhas nas costas, entre elogios e dissertações de fina estampa, ignorando deliberadamente tais agressões verbais contra os demais cidadãos que apenas tentam ser sensatos com a sua própria vida e com o que percebem do país. Um dia também já fui assim, fã incondicional dos textos do Prof. Elísio Macamo, até ao dia que, invariavelmente, comecei a notar nos seus escritos um indisfarçável e reiterado ataque aos que gritam por um Moçambique melhor, particularmente os das camadas mais jovens. Ninguém é obrigado a pensar Moçambique segundo ditames metodológicos que melhor agradam ao ilustre sociólogo e nem pode ser sentenciado por estar simplesmente a omitir a sua opinião, de forma livre e aberta. Os factos não mudam simplesmente porque o artefacto teórico ou linguístico que estrutura a nossa indignação não é o que é intelectual ou academicamente convencionado. Nenhum cobrador de chapa, jornalista, vendedor de recargas de telemóvel, desempregado, mukherista, funcionário público ou varredor de rua precisa de perceber sociologia (do poder ou do debate) para sentir e falar sobre o país.
Milton Gulli, Eunice Marta, Tony Langa e 61 outras pessoas gostam disto.
Comentários
Sic Spirou
Sic Spirou eheheh, esta vou lêr, Edgar Kamikaze Barroso, apesar de longo.
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Oldemiro Henry Williams Baloi
Oldemiro Henry Williams Baloi muito longo
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Neldo Langa
Neldo Langa yawenaaaaaaaaaaaaaa.... valeu a pena ter lido. gostei
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Dércio Mandjula
Dércio Mandjula Muito longo indeed!! Se não fosse tão longo o meu pensamento não teria sido tão profundo. Props Edgar Kamikaze Barroso!!!
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Carlos Graca
Carlos Graca pois e amigo Edgar, interessante seria saber, qual o universo total de "facebokianos" neste nosso pais, e depois de sabermos o total, analisarmos quantos realmente fazem parte dos desalinhados
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Sic Spirou
Sic Spirou ainda bem que no intróito do teu texto, que sim gostei de lêr, reconheces a complexidade dos textos vossos, pensadores da vanguarda, pah... no princípio, eu também seguia com gosto os textos do referido Prof Dr de Basilea, mas epah, a começar com a falta de modéstia nos ''pareceres'' sociais dele, a complexidade e duplos sentidos dos significados, só me faz pensar que Roberto da Matta, o cientista social brasieliro de renome mundial, devia desembarcar por cá e ensinar a muitos de nós, como fazer chegar mensagens complexas ao cidadão que não entende patavina de academia. afinal estão a escrever sobre e para nós. que fiquem lá nas bibliotecas com esses textos, pah....
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Mário Stélio
Mário Stélio Pois é, de tão longo este não podia fugir à regra! Há sim necessidade de, mais ou mesmo alguma, interacção "intelectuais" e o cidadão comum. Assim, sai a ganhar o debate de ideias, e legitima-se a utilidade destes textos! Sobre o exemplo aqui apresentado...
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Manecas Tiane
Manecas Tiane Como de praxe é longo e o perigo de perder atenção ao longo da leitura vai crescendo....estamos em fase de iniciação de leituras longas, ou, a concorrencia dos curtos é vantajosa. Uma ideia deixou-me inquieto e está na tese: "Não se debate os problemas do país e do povo com o povo (respeitando-se a sua diversidade), debate-se sobre o país e os problemas do povo exclusivamente com a elite pretensamente pensante, em linguagem conotada, erudita e excludente." Porque razão da limitaçao de do direito de informação aos visados?
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Carlos Graca
Carlos Graca Sergio, bem dito amigo, saber fazer passar as massas mensagens complexas e um dos grandes problemas socias em Africa amigo, e digo isto com pena, pois mtos academicos africanos, depois de terem o canudo, escrevem e dissertam la para fora e nao ca para dentro, criando assim a tal distancia o tal fosso entre as mentes pensantes e as actuantes,
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Matias De Jesus Júnior
Matias De Jesus Júnior Eu ja li. Aliás, a maior parte das coisas que estão aqui elenquei quando escrevi "Atrapalhações de Primeira Classe" sobre essa coisa de dar "nomes sociológicos" aos que sentem a podridão deste sistema! Quanto a leitura, é um velho e amigo problema na actual juventude. Trabalho como assistente de uma cadeira algures vi que os estudantes nem sequer telejornal assistiam. Quando passei a usar o telejornal como condição para estar na aula fui chamado de arrogante! Mas nesta mesma juventude ainda há algo a aproveitar!
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Waka Chitlango
Waka Chitlango cresci apaixonado pelas ideias do Elisio, mas ha uns textos que ele foi lancando no NOTICIAS que me fizeram pedir o divorcio. Olha que ele ainda tem alguma chance cmigo,tou aberto ao dialogo!
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Elísio L Leonardo
Elísio L Leonardo haaaaaa escrever um texto longo começando por: pessoas nao gostam de ler textos longos!
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Manusse José
Manusse José É o absurdo dos chamados textos (o que eu diria textos pretensos) academicos. Que com academização das palavras acabam caindo fora das linhas comuns e, finalmente, passam dispercebidos porque nada de percepitível está veiculado. A organização lógica das palavras não é mesmo que verdade. Apenas clareza e simplicidade textuas é que nos pode trazer a verdade. A verdade por si só é simples, mas sua expressão é uma montanha de complexidade... Valeu o seu texto Edgar Kamikaze Barroso... Li já alguns artigos de professor Elisio Macamo, mas nunca os tido lido com um olhar crítico... Muita força aí...
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Muzila Wagner Nhatsave
Muzila Wagner Nhatsave Adorei o texto meu irmão Edgar Kamikaze Barroso. E concordo parcialmente com ele prinipalmente na introduçã do mesmo. sem querer defender o Elisio Macamo, eu acho que cada um escreve para a sua plateia e ele não deve ser excepção neste direito que assiste a quem escreve. o que vejo nos seus textos segundo o meu humilde entendimento ele usa a ironia na descrição dos problemas e nao necessariamente estar do lado deste ou aquele. Critica nos seus textos a falta de objectividade e ciência nas criticas feitas ao governo do dia. pois muitas das vezes esquecemos do contexto historico que condicionaram ou condicionam certas politicas. chama atenção a critica vazia e de forma inteligentes nos da por onde encuralar o governo do dia.sociologo que é não podemos esperar dele outra maneira de expor os problemas e explicar as dinamicas do mesmos..ja agora fiquei meio confuso. a critica feita é emrelação a forma que ele escreve ou o que ele tem escrito ultimamente que no entender de muitos é contra as suas criticas?
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Pietrine Million
Pietrine Million Prof. Elísio Macamo estamos juntos....subscrevo-te.
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Tomás Queface
Tomás Queface Karl Marx escrevia um livro com 1100 paginas somente para dizer duas ou tres coisas. Hoje em dia, andamos com escassez de tempo pois somos multifuncionais. Eu acho que temos que tambem desenvolver a capacidade de sintetizar os nossos argumentos em pouquissimas palavras e pouparmos muita conversa.
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Waka Chitlango
Waka Chitlango penso que,em primeiro lugar, a dicussao nao pode ser o facto de os textos serem longos mas sim a sua densidade,esa e a mnha preocupacao tambem.Depois vamos a segunda parte da discussao, que e o seu prolongamento...tem gente que escreve curto porem continua dificil carregar o texto as costas!
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Li Oliveira
Li Oliveira Os jovens andam sem tempo pa leituras longas visto que maior parte deles possui uma preguiça mental que so o diabo .
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Tomás Queface
Tomás Queface Li Oliveira, os jovens correspondem a + 80% da populacao, superior a 15 millhoes. Cuidado com generalizacoes.
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Edgar Barroso
Edgar Barroso Muzila Wagner Nhatsave, apenas fiz uma relacao entre o nosso "despreparo" em cultura de leitura versus os dividendos que os nossos pensadores tiram disso para nos "insultar" a vontade, sem sequer nos darmos conta disso.

Tomás Queface, e sobre a competencia que tambem devemos ter em sintetizar as "biblias" dos outros? Temos de nos livrar desse "virus da preguica" de termos sempre tudo resumido e pronto a consumir...
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Ana Da Graça Mudumane
Ana Da Graça Mudumane chamem o sr elisio para o debate, ha mto q parou de publicar
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Tomás Queface
Tomás Queface Nao refuto a ideia de que tem a preguica de leitura. O problema e o factor tempo. Nao ha tempo suficiente para ler textos longos. E o problema nao e' somente ler. E' compreender o que voce quer dizer entre milhares de palavras.
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Nelson Borges
Nelson Borges Um abraço desde Texas para si e para o povo Moçambicano. Gosto de estar ao corrente do que se passa no vosso País onde cresci e passei os melhores momentos da minha juventude. Esperemos que os politicos que pensam saber o que é melhor para o povo que falem duma forma que todos compreendam.
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Filho Do Sr Chico
Filho Do Sr Chico Edgar heheheheh depois zangas quando digo Douctor Emoji grin
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Sic Spirou
Sic Spirou Edgar Kamikaze Barroso pode ser que haja uma preguiça mental em ler estes artigos. mas eu, eu mesmo, não vou perder tempo em colar/ gastar meus olhos a ler isso aqui no computador, no facebook! já havia dito em outro post meu, que facebook, pela sua génese, não foi criado pra isso. tentem fazer/escrever tratados sociais. aqui deixem um ''cheirinho''. ntsém.
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Tomás Queface
Tomás Queface Para voce dizer que tem observado muita gente que tem preguica de ler os teus textos por acharem dificies, problema este que deriva do actual sistema de avaliacao multichoice, o que leva com que muitos prefiram comentar em fotos, anedotas e nao a textos como este voce usou todas essas palavras abaixo:

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"Há já um tempo que venho notando que grande parte dos meus amigos daqui do Facebook não gosta de ler textos longos (normalmente, artigos de opinião) sobre os mais diversos assuntos do nosso país. Particularmente ­ os que abordam questões políticas. Regra geral, alegam não ter tempo de os ler por serem de linguagem muito complexa, aborrecidos e exageradamente densos.
Pode ser que tenham razão. E isso pode até reforçar a convicção generalizada segundo a qual os nossos hábitos de leitura estejam a deteriorar-se de modo vertiginoso nos últimos tempos. Hoje em dia as pessoas estudam e se formam num sistema de educação que prioriza o instantâneo... Testes e exames “multi-choice”, ­ literatura generalista que se foca em “bullets” e professores ou docentes preguiçosos, formados às correrias e com múltiplas ocupações profissionais. Muitos de nós, mais jovens, fomos formados como autênticas caixas de ressonância de tudo quanto os nossos educadores achavam que deveríamossaber e mais nada... Não fomos educados para ler para além do “copy & paste” e, quando diante de textos relativamente mais elaborados, morremos de sono natural. Não fomos educados a ler, pensar e opinar, de modo endógeno e pessoal. Fomos educados a repetir o que os outros dizem, concordandoou discordando em função do que a maioria acha ou daqueles que julgamos serem a referência do pensamento elaborado. Vamos sempre pelo mais fácil, resumindo o nosso contributo opinativo aos 160 caracteres de uma SMS... Queremos tudo já feito, apresentado em 3 ou 5 linhas de um post no Facebook. Nunca comentamos um pensamento ou argumento patente num texto, comentamos os títulos dos jornais e as notas de rodapé que aparecem nos serviços noticiosos das nossas televisões. Todo o resto é cansativo para o escasso tempo que aparentemente temos, complicado o suficiente para disputar a nossa atenção com fotos de mulheres em poses sensuais e posts de anedotas ou, mais ainda, parece ser erudito demais para os nossos miolos."
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Crisofia Langa da Camara
Crisofia Langa da Camara Li o referido texto e nem precisei de ler o segundo... para que servem os academicos se nao podem ser lidos pelo povo ele devia escrever e distribuir aos seu colegas PHDs...
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Edgar Barroso
Edgar Barroso Tomás Queface, eh precisamente esse exercicio que fizeste que deve ser incentivado em larga maioria de pessoas que pensam como o Sérgio Chaúque, por exemplo. Ele quer tudo a "fast food", aqui no Facebook, exactamente o que o Prof. Doutor Elisio Macamo e outros pensadores como o Prof. Doutor José Jaime Macuane nao o fazem, quando dialogam connosco.

A Crisofia Langa da Camara, por exemplo, tambem parece fazer parte dessa "escola", heheheheheheh... No fundo eh o que eu digo a esses pensadores, no texto: se quiserem falar com ou escrever para Mocambique (e Mocambique tem mais de metade da sua populacao jovem e grande parte dela ainda nem sabe ler devidamente, tenha um grau de ensino superior feito ou nao), que o facam conscientes desse desiderato na "sociologia do debate" que eventualmente se efectivar.
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Sic Spirou
Sic Spirou facebook é fast food. é americano. haahahahah quando o emérito prof elisio escrevia e publicava no Noticias eu lia sim, e serviu várias vezes de referência em alguns trabalhos meus an faculdade.
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Sic Spirou
Sic Spirou aqui pode ser outro problema de alguns destes académcos: não terem a capacidade de escreverem com simplicidade! pode ser também! eheheh
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Paulo Guerreiro
Paulo Guerreiro Comecei a ler texto a pensar que se tratava de algo sobre hábitos de leitura e sobre essa problemática afinal só muito por alto fala disso.
Acho que a frase do Monteiro Lobato aqui se aplica "Um País se faz de Homens e Livros"
Acho que a critica não deve ser dirigida apenas aos académicos mas sim a um sistema que forma pessoas, alguns licenciados que nunca leram um livro.
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Filho Do Cinzentinho
Filho Do Cinzentinho ''Nenhum cobrador de chapa, jornalista, vendedor de recargas de telemóvel, desempregado, mukhereo, funcionário público ou varedor de rua precisa de perceber sociologia(do poder ou debate) para sentir e falar sobre o país''
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Filho Do Cinzentinho
Filho Do Cinzentinho subscrevo_te, @Edgar kamikaze Barroso.
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Mitolas Chrineyka
Mitolas Chrineyka He he he he he he he he he he. He hehe he he he he...
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Muzila Wagner Nhatsave
Muzila Wagner Nhatsave Ai a culpa é de quem meu caro irmão Edgar Kamikaze Barroso? é certo que não podemos entender tudo, mas h que convir que o gosto pela leitura diversa é importante para que possamos entender os diversos tipos de articulação. compreendo-te e aceito, mas n...Ver mais
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Alicene Erasmo
Alicene Erasmo Tenho recordaçöes,e que recordaçöes,dos meus tempos de escola e respectivos professores: " Leiam,leiam muito..."
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Edson Chiziane
Edson Chiziane edgar kamikaze barroso, valeu ter lido cada parágrafo do texto.remeteste-me a Marcha do mano azagaia: "Eu falo de povo para povo
Porque eu sou povo e tu és povo
Usamos a mesma linguagem
E quando tu falas eu te oiço
Quando eu falo tu me ouves
Partilhamos as mesmas dores"
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Brazao Catopola
Brazao Catopola Edgar Kamikaze Barroso li o seu texto longo e vou concordar em parte ou em partes com ele. 1 o hábito de leitura cria se e acima de tudo é uma cultura. Poucos têm esse hábito de se cultivar lendo, por toda uma conjuntura educacional e até mesmo social. Poucos sabem que a leitura enriquece. 2. Há um princípio básico só escreve quem sabe ler ou seja eu escrevo para quem vai saber e pode ler. Tenho a felicidade de muitas vezes dizer o que penso onde e como julgo. É do mesmo modo, aliás, julgo você saber que muitas vezes crítico a todos até mesmo ao Elísio Macamo. Ora bem, não sendo advogado do diabo e também não concordando com muito que Prof. Elísio macamo escreve, dou a ele a liberdade de escrever como julga conveniente ademais ele tem seu público alvo e aliás, um dos grandes debate metodologicos e teóricos é sobre o lugar do autor na escrita. 3. Julgo importante discutir se o ponto de vista do Prof. Elisio Macamo e não ele nem as tendências partidárias dele isso aqui não interessa.
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Edgar Barroso
Brazao Catopola
Brazao Catopola Edgar Kamikaze Barroso, li o seu texto longo e vou concordar em parte ou partes. Concordo que a leitura e um problema sério no nosso meio quer por causas conjunturais quer mesmo pela ignorância do valor dá leitura. Há um princípio básico só escreve quem sabe ler ou seja eu escrevo para quem vai e pode ler. Não querendo ser advogado do diabo e também não concordando com algumas coisas que Elísio macamo escreve permita me deixar meu ponto de vista que, aliás, normalmente goza dá minha inteira percepção sem lambibotismo. 1 o Prof Elísio macamo têm seu alvo, partindo do princípio básico acima dito, portanto, deixe o escrever como pretende. 2 julgo que deveríamos discutir os pontos de vista dele e não ele como pessoa embora, a ressalva dos debates dá pôs modernidade sobre o lugar do autor na escrita. 3 os princípios que cercam a percepção de Elísio macamo nos últimos dois textos, São puramente abstratos. Repare que nesses dois textos fala Elísio mmacamo em categorias analiticas subjetiva "gostar e admirar" ninguém o condenara por isso. Pode se discutir os argumentos que sustentam essas categorias. 5. Os textos São ofensivos a nos jovens! A minha questão é simples que contra julga essas posições, aliás, uma vez você fez um belo texto contra o mesmo autor a propósito do parlamento juvenil. Isso é o que deve ser feito
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José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Caro Edgar Kamikaze Barroso gostei da pedagogia de discutir com os outros sobre a aversão aos textos longos usando um texto longo. No que metoca quanto à forma de escrever, como dizem os burocratas: "ciente" ou "anotado!".
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Assane Macangira
Assane Macangira Caro Edgar. Pessoalmente gosto de leitura e para os artigos longos tambem tenho bastante tempo. So assim podemos aprender. Talvez tenha sido por influencia de cadeiras como RIC, EPC, HRI e outras. Mas duma coisa tenho certeza: Ao ler teus artigos o meu sangue circula como se estivesse a atingir um orgasmo sexual, sem exageros. Bem elaborados: Com pe, troco e cabeca.
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Edgar Barroso
Edgar Barroso Muito obrigado, Prof. José Jaime Macuane. Eh sempre reconfortante saber que podemos sempre fazer chegar a nossa mensagem directamente ao receptor visado.
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José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Mas tenho que dizer uma coisa adicional: a fronteira entre a simplificação e a banalização (e imprecisão), às vezes pode ser ténue. Há que se buscar e encontrar o equilíbrio. E também se conhecer as audiências. Não lemos tudo que nos aparece à frente (por falta de interesse, tempo ou necessidade) e é natural que as pessoas não tenham a mínima vontade, necessidade e interesse em ler as coisas que escrevemos.
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Crisofia Langa da Camara
Crisofia Langa da Camara Edgar Kamikaze Barroso eu acho e aprendi que a ciencia deve estar ao servico do povo e isso significa que devemos escrever tendo em conta os nossos leitores porque se nao que envie aos PHDs...Num desses momentos aqui deparei-me com uma resposta do PHD a um jovem que pedia para que ele escrevesse para o povo, mas ele respondeu com um NAO categorico....Ai nos academicos....
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Crisofia Langa da Camara
Crisofia Langa da Camara nossos academicos... e nao nos academicos porque estou longe do feito...
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Joaquim Joao Correia
Joaquim Joao Correia hoje em dia pouca gente gosta de ler e tirar suas conclusoes,pois claro amigo,tens que de vez em quando botar ordem na leitura,gostei da tua tua cronica....parabens..
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Mamo Aly
Crisofia Langa da Camara
Crisofia Langa da Camara O que foi Mamo Aly?
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Rafael Ajj Maculane
Rafael Ajj Maculane Oops nao esta nada facil por aqui,uns dizem que a juventude nao tem a cultura de ler,outros dizem que nao desca do nivel
para que sua mensagen seja entendida pelo receptor, outros dizem que o tal prof Elisio escreve pra um grupo de pessoas que tem a capacidade lexical de mastigar as mensagens por ele escritas. pessoalmente nao me acho um bom emissor deste genero mais aqui fica a minha observacao sobre a falta de cultura literaria da camada jovem que em media e maior em mocambique real: 1-E de pequeno que torce-se o pepino; 2-A falta de intrutores ou professores altamente qualificados para inspirar o presado estudante; 3-Os precos altos dos livros praticados pelos comerciantes da area. Sendo assim a questao que temos que nos colocar e como fazer com que o jovem esteja informado e formado de modo a tapar as feicuras deixadas pelo nosso sistema de ensino assim como Criar condicoes de promover a literatura.A capacitacao faz o homen.
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Rafael Ajj Maculane
Rafael Ajj Maculane O que e que faz um indivi
duo ser designado como um academico?
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Gui Arouca Thobela
Gui Arouca Thobela O nivel academico lleva muitos de nos a escrever em linguagem complexa , em artigos a serem publicados para o povo, num pais onde saber ler ainda e previlegio de poucos, pessoalmente quando vejo artigos dessa natureza nao perco o meu tempo porque sou da opiniao que podemos escrever sem que seja necessario tanta ladainha. Querem escrever para palavras complexas ?facam no vosso meio onde ter um dicionario ou net para consultar nao seja problema.
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Mahamad Hanif Mussa
Mahamad Hanif Mussa Texto "3D"! Linguagem "estéreo"! Sem necedsidade de "TV Lcd" para deliciar o "filme"...
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Celso Celestino Cossa
Celso Celestino Cossa o ed que conheco. Fabuloso.
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Pedro de Sousa
Pedro de Sousa Mais uma vez, oh Edgar Kamikaze Barroso, a abordar um assunto bastante relevante. Li o seu post, mas percebi, k tudo k disseste corresponde ao k se vive na realidade hj...mt obrigado, meu brother...
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Dércio Tsandzana
Dércio Tsandzana Eu sou a prova disso. Tem coisas que publico e são postas de lado.
Acho que nem este post algumas pessoas leram, mas eu penso que dou o meu pulsar em diferentes assuntos por ti ou por outros publicados.
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Reginaldo Mangue
Reginaldo Mangue Sim Senhor, este miúdo estampa verdades...
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Jerry Revelador Fonseca
Jerry Revelador Fonseca Ler um texto e intoxicares-te pela sua beleza. Até parece um hit do John Legend ou dos boyz II men.
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Edgar Barroso
Edgar Barroso Actualíssimo.
2 h5
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George Mabuza
George Mabuza Permita-me "Sharar", obrigado.
1 h2
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Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Pensadores Livres escrevem como tu Edgar Barroso. No mais, dois breves comentarios: 1- Culturalmente, somos mais apegados a tradicao oral, o que torna os debates verbais mais interessantes do que a reflexao abstracta do que se escreve. Alguns, como tu, conseguem muitas vezes "traduzir" ambas realidades, o que favorece imenso a formacao da intelectualidade de outros jovens que te comecam a seguir o exemplo. De tempo, ao tempo que os jovens ainda tem para ler; 2- Sobre o PHD de Basileia, tambem nao lhe aprecio o verbo ha muito tempo. Em primeiro lugar, porque acho que "cientistas sociais" nao sao astrologos. Sao estudiosos. E em segundo lugar, critica destrutiva ad hominem so denota inveja ou pseudociencia ao servico de causas politicas. Um bom exemplo disso foi a famosa escola de Darwinismo social. E por muito que citemos Hegel ou Habermas, nada disso disfarca a voz do dono que queremos amplificar. Se e que me fiz entender.
1 hEditado4
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Zeiss Lacerda
Zeiss Lacerda Bem colocado ilustre Edgar Barroso. Eu particularmente não leio os textos do Prof. Elísio Macamo desde a altura que percebi que se eu retirar o prefixo "PhD" ele é apenas povo mas rejeita se-lo. Ele cria uma espécie de zona de elite para se "auto-sobrevalorizar". Na minha óptica ele deveria deixar que fossem os outros, incluindo os que o criticam a dar-lhe o extra-valor que ele julga ter. Já temos um bom número de PhD's neste País e apenas são uma elite porque não sabem porquê é que se formaram e provavelmente não devessem merecer tal nível de formação que lhes dá uma dimensão filosófica quando na verdade ostentam apenas letrinhas que são escritas antes do nome. Um PhD saído de mais de 75% de analfabetos em pleno século XXI deveria saber que seu papel só será realmente útil se ele (privilegiado academicamente) pudesse acrescentar valor às massas (analfabetas) que na verdade são o seu meio. De que vale um PhD que só se comunica com a minúscula percentagem de PhD's do país? Vale nada, vale o seu discurso imperceptível e sem influência, vale nesse mundinho de falsa elite. Queremos PhD's que inventem linguagem para o povo pacato perceber o mundo, não PhD's que engrossam a linha que os separa dos demais. Eu o acho um reles sociólogo. Incapaz de desenhar soluções que o povo que o viu nascer possa ter momentos melhores sob sua "acadêmica" influência. PhD de um país pobre e analfabeto deveria misturar-se ao povo e traduzir a complexidade da vida para os demais. Deveria servir de satélite de elevação do poder das massas. Mas é uma pena.
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Simba Siebo
Simba Siebo Yah!
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Sic Spirou
Sic Spirou O tempo passa mas os bons pensamentos perduram.
29 min1
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Dino Foi
Dino Foi Ressalvando apenas que nem todo doutorado é necessariamente Ph.D. Edgar Barroso.
Bonito texto

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