ISIDIO BILA: MAIS UMA VÍTIMA DE UMA GUERRA ABSURDA
NECLOROGIA:
Aos amigas, colegas das FADM e toda familia Bila, Comunicamos com profunda magoa e consternacao o desaparecimento fisico do cidadao agente das fademos de nome ISILDO JULIO BILA ocorrido nas matas da Gorongosa no passado recente na sequencia de um abate em plena ofensiva militar com os homens da renamo.
Que a sua alma va para o inferno para um tormento eterno. — com Paulo Besteleve Moçambique, Nitafa Hi Nomo, Prince Abraham,Samuel Bola, Jose Dos Santos Manjoro, Vilanculos Cláudio Vilanculos, Jose Majasse Dombe, Tomas Humbe, Leonel Chisseve, Thaulany Farias Mapsanganhe e Francisco Maingue Jose.
POR ARGUNALDO NHAMPOSSA
Enquanto o governo e a Renamo ainda debatem sobre a eliminação ou não das pré-condições para dialogarem e restabelecerem a paz e a estabilidade no país, o som das armas vai falando mais alto e ceifando milhares de vidas a cada dia.
Isidio Júlio Bila, jovem formado em Jornalismo, que decidiu abraçar a carreira militar, é uma das vítimas mais recentes desse conflito, cuja morte foi alvo de muitos comentários nas redes sociais, desde o passado sábado.
A comunidade católica de Josefina Bakhita, localizada no bairro de Malhazine, foi pequena demais para acolher na quarta-feira, 06, familiares, amigos e colegas, que foram dar o último adeus a Isidio Bila.
Segundo fontes familiares, Bila perdeu a vida na passada quarta--feira, 30 de Março, depois de ter saído gravemente ferido numa emboscada que os militares da Renamo infligiram às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na terça-feira passada, 29 de Março.
Conta ainda a família que a equipa das FADM seguia viagem rumo a Satunjira, Gorongosa, quando, nomeio do percurso, foi surpreendida por um ataque dos homens da Renamo. No local, houve mortes e feridos, dos quais uma parte veio também a morrer já no leito hospitalar.
A informação da morte do seu ente-querido chegou na noite passada quarta-feira, 30 de Março.
Um oficial das FADM dirigiu-se à família para apresentar os pêsames em nome do Governo e falar dos passos subsequentes para a realização das exéquias fúnebres.
Na ocasião, a família do malogrado diz que o oficial das FADM falou de terem tombado oito elementos das tropas governamentais juntamente com Isidio. Mas, dias depois, a família contactou um colega do malogrado, que, por sinal, saiu vivo da emboscada, que falou de duas dezenas de soldados das FADM
Na passada sexta-feira, a Voz da América e a Deutsche Welle falavam nos seus noticiários de fortes ataques à Serra da Gorongosa, com artilharia pesada.
Esta terça-feira, a capital do país registou um movimento desusado de ambulâncias acompanhadas por viaturas da PRM que, de acordo com as nossas fontes, transportavam alguns militares tombados naquela batalha, cujos corpos estavam a ser entregues às respectivas famílias, para as exéquias fúnebres.
Morte prematura
Isidio Bila formou-se em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo. Em Maio de 2015.
Voluntariamente, foi incorporado no Serviço Militar Obrigatório (SMO), no Centro de formação de Munguine, no distrito da Manhiça, província de Maputo com o intuito de defender a pátria.
Em Outubro do mesmo ano, concluiu a formação e depois de ter testemunhado o nascimento do seu filho, que hoje conta com quatro meses, foi chamado para reforçar a equipa das FADM no centro do país, donde volta, agora, numa urna, semeando dor e luto na família. Como ilustra o seu trajecto, Bila ainda não tinha experiência como combatente, mas lá foi colocado para enfrentar militares que há mais 20 anos premem o gatilho e com alto domínio daquelas matas.
Na mesma proporção que a imprensa vai relatando as mortes nesta confrontação, vozes governamentais não cessam de dizer que “saudamos efusivamente o trabalho das FDS”.
A última aparição de Bila nas redes sociais foi a 23 de Março, depois de ter postado uma foto na sua conta do Facebook, onde aparece com uniforme das FADM, empunhando uma AKM, e num dos comentários dizia “garantindo tranquilidade em Muxúnguè”.
Perante a ovação e espanto dos seus amigos que não sabiam que enveredou pela carreira militar, o finado responde ainda a outro comentário dizendo: “cada um de nós tem o dever de dar um pouco de si com vista à preservação e manutenção da paz... faça a sua parte que eu já faço a minha”. E foi nessa missão que nunca mais voltou e deixou viúva e um filho.
Durante a missa do seu velório, na comunidade católica Josefina Bakhita de Malhazine, o padre João Aruna disse que, aos olhos de Deus, todos os Homens são irmãos, mas as ambições dos dirigentes fazem com que se tornem inimigos.
“A morte de Isidio resulta duma guerra não declarada. Resulta da arrogância dos dirigentes que ainda não enxergaram a luz que os chama para dialogar”, disse.
O sacerdote recordou que o país viveu 16 anos de guerra, que gerou muitos órfãos e hoje ninguém mais esperava que retornasse, porque ainda há muitas feridas por sarar.
“A guerra não resolve nada, pelo contrário, gera brutalidade numa clara caminhada em contra mão em relação aos anseios do povo, que são a paz e desenvolvimento”, destacou.
Para além da formação em Jornalismo e da sua carreira militar, Isidio Bila foi um jovem muito dedicado à igreja, onde colaborou na criação de um boletim informativo paroquial, catequista entre outras actividades.
Na mensagem da família, esta suplicou a Deus para iluminar a viúva, o filho que tem o longo caminho por percorrer nesta vida. Falou das boas acções do finado e apelou ao governo para que encontre caminhos rumo à paz para evitar mais mortes desnecessárias.
BREAKING NEWS!
Informaçoes da última indicam que ontem dia 7/4/2016, um grande efectivo das forças da frelimo composto por cerca de 270 homens, saiu do seu quartel no Posto Administrativo de Vunduzi ("Satungira") e andou a bombardear a serra da Gorongoza a medida que avançavam para o interior so que a meio do caminho o grupo encontrou se com as forcas da perdiz por volta das 15 horas e houve confrontos que resultaram, de acordo com fontes das FDS, em 29 mortos e 31 feridos graves do lado das forças da frelimo que tiveram que se retirar precipitadamente temendo ser encurraladas.
As nossas fontes falam também de 3 BTR que foram vistos no fim da tarde de ontem a transportar cadaveres e feridos para a Vila sede de Gorongoza.
Na noite do dia 6/4/2016, 19 militares do quartel das FADM em Vunduzi fugiram, deixando o fardamento e armas.
***
NOTA:
Esta visto que o "governo" da frelimo não é pelo diálogo. O que todos moçambicanos e comunidade internacional devem saber e que a frelimo e seu candidato Filipe Nyusi perderam as eleições 2014 Gerais de 15/10/2014 e a Renamo apenas exige governar nas 6 províncias onde foi mais votada. A Renamo seguiu todas vias pacificas e diplomáticas possíveis mas a resposta do regime da frelimo foi o envio de grandes massas de tropas e material belico para os baluartes da Renamo, o assassinato de Gilles Cistac, atentados contra o lider da Renamo, o baleamento do secretário geral da Renamo e assassinatos em serie de varias dezenas de membros e simpatizantes da Renamo, sem falar de massacres de civis em Nkondezi e Nzero protagonizados por tropas da frelimo. Portanto, Moçambique esta no mesmo nível que os mais brutais e anti democráticos regimes de África. Onde anda a comunidade internacional?
TAMBÉM COMUNGO DA MESMA OPINIÃO
Inbox:
" Mano,
Porque (os rangers) não fecham a EN1 ??
Essa via está a causar grandes danos aos nossos resistentes em geral, sejam eles Rangers, simpatizantes, membros, delegados da perdiz e ao povo em geral. É da EN1 que muita porcaria passa pra o centro e norte. Cortem essa via e controlem também as locomotivas e ficarão encurralados. Por via aérea será complicado pra eles pois os gastos serão avultados e duvido que queiram dar luxo aos assassinos contratados por eles.
É só uma sugestão lógica."
3 minutes ago · Sent from Messenger
Unay Cambuma
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