Víctor Carvalho
25 de Abril, 2016
25 de Abril, 2016
Apesar dos louváveis esforços do entrevistador para que o país inteiro ficasse a saber quais são as alternativas que o principal partido da oposição tem para a governação, a verdade é que Raúl Danda optou por esquivar-se e gastar mais tempo a falar do Presidente da República, governo e do MPLA do que da UNITA onde ele é o segundo mais alto responsável.
Trata-se, claramente, de uma opção política assumida e que se tem que respeitar mas que, ao mesmo tempo, não se pode deixar de estranhar sobretudo por ela se ter revelado numa altura em que a oposição reclama por pouco tempo de antena. Em política o que parece é, pelo que aquilo que fica da entrevista que o vice-presidente da UNITA deu em directo e num horário nobre da televisão é o esboçar de uma estratégia de ataque ao seu principal adversário político e, ao mesmo tempo, de não expor as suas ideias ao crivo da opinião pública.
A pouco mais de um ano de eleições, o vazio de ideias políticas e de sugestões práticas que possam servir de aval para que o cidadão comum possa votar em consciência é profundamente preocupante por ser revelador do estado de inércia em que se encontra o maior partido da oposição no país.
Deste modo e para desilusão daqueles que viam neste partido uma alternativa válida à governação, todos ficamos sem saber o que pensa a UNITA dos grandes problemas que afectam o país, aquilo que efectivamente a diferencia do MPLA e como é que ela pensa enfrentar as próximas eleições em termos de objectivos e propostas programáticas que convençam os cidadãos a nela depositar o seu voto.
Não estando em causa a figura e a personalidade do vice-presidente da UNITA, até pela sua experiência política, o que se teme é que o principal partido da oposição não saiba com que linhas se vai coser nas eleições e que projectos e ideias vai propor ao eleitorado sendo, por isso, agora imensamente comedido nas palavras.
Igualmente preocupante é saber-se que a segunda figura do principal partido da oposição, pelo que deixou transparecer, esteja já a preparar o discurso de derrota do seu partido com uma para si anunciada “enorme fraude eleitoral”, escape anteriormente já usado para camuflar repetidos desaires.
Um partido experiente e com as acrescidas responsabilidades de liderar a oposição, como é o caso da UNITA, não se pode dar ao luxo de desperdiçar quase duas horas de televisão, num horário como já foi referido nobre, para debitar um discurso com sabor a passado e feito de ataques mil vezes repetidos a um partido e a um presidente que, para o mal e para o bem, teve a coragem política de ter ideias, apresentar projectos e tomar decisões.
A nobreza da política exige muito mais do que um simples desfilar de críticas e de acusações que só têm razão de ser, num sistema multipartidário e democrático, se forem acompanhadas das respectivas alternativas de actuação.
Numa altura em que o país inteiro exige que todas as forças vivas façam o esforço conjunto de darem o melhor de si mesmas para se vencer este momento difícil, a postura política que a UNITA acaba de evidenciar, infelizmente, leva a crer que ela se coloca voluntariamente contra aquilo que são os sublimes interesses da Nação.
Com isso, quem perde é a democracia, o país e o seu povo uma vez que deixa transparecer a ideia de que a UNITA ainda não aprendeu com os erros cometidos no passado e insiste num discurso de auto-exclusão de um processo que é decisivo para o futuro de Angola.
Trata-se, claramente, de uma opção política assumida e que se tem que respeitar mas que, ao mesmo tempo, não se pode deixar de estranhar sobretudo por ela se ter revelado numa altura em que a oposição reclama por pouco tempo de antena. Em política o que parece é, pelo que aquilo que fica da entrevista que o vice-presidente da UNITA deu em directo e num horário nobre da televisão é o esboçar de uma estratégia de ataque ao seu principal adversário político e, ao mesmo tempo, de não expor as suas ideias ao crivo da opinião pública.
A pouco mais de um ano de eleições, o vazio de ideias políticas e de sugestões práticas que possam servir de aval para que o cidadão comum possa votar em consciência é profundamente preocupante por ser revelador do estado de inércia em que se encontra o maior partido da oposição no país.
Deste modo e para desilusão daqueles que viam neste partido uma alternativa válida à governação, todos ficamos sem saber o que pensa a UNITA dos grandes problemas que afectam o país, aquilo que efectivamente a diferencia do MPLA e como é que ela pensa enfrentar as próximas eleições em termos de objectivos e propostas programáticas que convençam os cidadãos a nela depositar o seu voto.
Não estando em causa a figura e a personalidade do vice-presidente da UNITA, até pela sua experiência política, o que se teme é que o principal partido da oposição não saiba com que linhas se vai coser nas eleições e que projectos e ideias vai propor ao eleitorado sendo, por isso, agora imensamente comedido nas palavras.
Igualmente preocupante é saber-se que a segunda figura do principal partido da oposição, pelo que deixou transparecer, esteja já a preparar o discurso de derrota do seu partido com uma para si anunciada “enorme fraude eleitoral”, escape anteriormente já usado para camuflar repetidos desaires.
Um partido experiente e com as acrescidas responsabilidades de liderar a oposição, como é o caso da UNITA, não se pode dar ao luxo de desperdiçar quase duas horas de televisão, num horário como já foi referido nobre, para debitar um discurso com sabor a passado e feito de ataques mil vezes repetidos a um partido e a um presidente que, para o mal e para o bem, teve a coragem política de ter ideias, apresentar projectos e tomar decisões.
A nobreza da política exige muito mais do que um simples desfilar de críticas e de acusações que só têm razão de ser, num sistema multipartidário e democrático, se forem acompanhadas das respectivas alternativas de actuação.
Numa altura em que o país inteiro exige que todas as forças vivas façam o esforço conjunto de darem o melhor de si mesmas para se vencer este momento difícil, a postura política que a UNITA acaba de evidenciar, infelizmente, leva a crer que ela se coloca voluntariamente contra aquilo que são os sublimes interesses da Nação.
Com isso, quem perde é a democracia, o país e o seu povo uma vez que deixa transparecer a ideia de que a UNITA ainda não aprendeu com os erros cometidos no passado e insiste num discurso de auto-exclusão de um processo que é decisivo para o futuro de Angola.
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