Meus pêsames aos angolanos que morreram por falta de medicamentos e pobreza

Morreu em Barcelona, na Espanha, coração do ocidente, porque em Angola o sistema de saúde que ele construiu em trinta e poucos anos no poder era pobre. Morreu em Barcelona onde ele e o governo angolano gastaram rio de dinheiro. Rio de dinheiro que se tivesse investido os milhões de dólares que andou a roubar com sua cúpula teria tornado Angola uma país de referência em termos de sistema de saúde em África e no mundo. Esses rios de dinheiro se tivessem sido gastos no sistema de saúde angolano tornariam o sistema financeiro angolano robusto. Morreu deixando milhões e talvez biliões de dólares no sistema financeiro europeu e ocidental. Esse dinheiro se tivesse deixado em Angola desenvolveria muito o país. Acumulou milhões de dólares de roubo, matou muitos angolanos pobres que lhes faltavam até paracetamol ou antimaláricos que se compra por cêntimos de dólar para se tratarem. Morreu, deixou milhões ou biliões de dólares. Não irá levar sequer um cêntimo de Kwanza para a cova. Morreu, deixou mansões e toda a riqueza que tinha. Não irá descer à cova com sequer uma pedrinha das suas luxuosas mansões ou sequer grama de sua riqueza. A profundidade da sua sepultura será igual a dos milhares de pobres angolanos que morreram por culpa da sua gula. O tamanho da cova será igual a do mais pobre angolano que morreu da doença menos mortifica de Angola, que não conseguiu curar-se por falta de medicamentos. A mesma cova dele terá a mesma dimensão da cova do angolano pobre que morreu da mesma doença que ele, nos hospitais angolanos ou em casa, por falta de solução. A única diferença é que ele morreu no primeiro mundo e voltará de avião, porque em três décadas de governação não conseguiu tirar o seu país do terceiro mundo. Pelo contrário, afundou-o. Hoje, ele é igual aquele pobreza que o infernizou. A areia que consumiu esses pobres será a mesma que o irá consumir. Moral da história, todo o governante africano corrupto, criminoso, pode roubar, matar, estar rodeado de melhores seguranças (polícia, segurança do Estado, militares) e com capacidade para pagar o melhor sistemas de saúde, ter biliões de dinheiro às custas dos pobres que o elegem, quando ele morrer será igual ao pobre. A diferença será da beleza da campa. Vocês governantes moçambicanos que sabem que roubaram ou roubam, desgraçaram ou desgraçam, mandaram ou mandam matar os cidadãos com seus esquadrões ou vocês empresários que nos desgraçam e afundam o estado, ou vocês políticos que em nome da FRELIMO nos desgraçam, saibam que um dia serão iguais: não descerão para a cova com sequer grama do que vocês têm que nos roubaram. Os terrenos que acumulam sem pagar nada, que usurpam aos pobres, que vendem aos estrangeiros, e o cidadão pobre nem se quer terreno consegue, deixarão tudo aqui. Nada de moralismo aqui. Esse gajo julgou-se imortal. Infernizou angolanos. Que o diga o meu amigo Rafael Marques, que sempre enfrentava o sistema de justiça que JES controlava como se fosse propriedade da sua família. Que o digam os jovens presos por lerem livros, malta Luaty Beirão. Desejo eterno descanso aos angolanos que morreram porque o sistema de saúde não conseguiu curá-los por falta de medicamentos e por pobres.