16s ·
Não quero aqui especular como este conflito terminará, mas interpretar o contra-ataque de Guebuza ao Nyusi. Claro que este conflito terá implicações nas nossas vidas. É conflito deles mas que se vai reflectir em nós.
O antigo Presidente da República voltou a lançar duros ataques à governação do seu sucessor, Filipe Nyusi. A intervenção de Guebuza resume-se em três frases:
1. “Temos que saber se o comando que elas (forças armadas) têm, localmente, está em condições de garantir que se produza a paz que nós queremos. Aparentemente, até agora, há muitas dificuldades”.
2. "Eu penso que os comandos deviam pensar seriamente nisso. Mas também deviam apoiar-se cada vez mais… Eu tenho visto aí pessoas que publicam estudos sobre a situação, e são moçambicanas e elas não deviam ser marginalizadas, porque têm experiências que podem ajudar a resolver esse conflito".
3. "Nós temos no Governo pessoas que participaram, desde a luta de libertação nacional, até hoje, chegaram a oficiais. Será que estão sendo devidamente utilizadas? Eu penso que não. Por isso, eu penso que é fundamental a utilização e exploração das capacidades instaladas ao longo destes anos todos. Mesmo os da Renamo fizeram 16 anos. Estaremos a trabalhar com eles, já que estão juntos com o nosso Exército, para encontrar soluções para esses problemas? Não parece que estejamos a utilizar, pelo menos com sucesso, essa capacidade ócia num momento tão grave com este”.
O que Guebuza disse parece não ter grande profundidade, quando não lida com atenção. Interpretando o seu discurso, nas entrelinhas, Guebuza disse algo bastante profundo e parece ter alvo bem identificado (a forma como Nyusi está a gerir o conflito de Cabo Delgado) e objectivos bem definidos (agitar a elite militar marginalizada a rebelar-se contra esta gestão). Ora vejamos:
1. No primeiro ponto, Guebuza transmite, através de questionamento, a ideia de que Nyusi está a privilegiar e colocar comandos LOCALMENTE para dirigir a guerra contra insurgentes, sem se basear em competência dos mesmos comandos. É muito clara a questão de Guebuza: "...se o comando que elas (forças armadas) têm, LOCALMENTE (parece-me referir a Cabo Delgado), está em condições de garantir que se produza a paz"?
2. No segundo ponto Guebuza deixa claro que os comandos não estão a "pensar seriamente" na população que se está a deslocar do seu ambiente de vida, para locais muito distantes, abandonando todo um ciclo de trabalho e vida, nem dos que morrem. "Eu penso que os comandos deviam pensar seriamente nisso".
Por outro lado, acusa Nyusi e os comandos LOCAIS de não se apoiarem ou de estarem a marginalizar os estudos produzidos por moçambicanos sobre este conflito… "Eu tenho visto aí pessoas que publicam estudos sobre a situação, e são moçambicanas e elas não deviam ser marginalizadas, porque têm experiências que podem ajudar a resolver esse conflito".
3. Finalmente, Guebuza acusa novamente o actual Presidente da República de estar a marginalizar a elite militar dos antigos combatentes, que foi a que apoiou Guebuza para chegar ao cargo do secretário geral do partido e de Presidente da República, entre 2002-2014 e a que esteve envolvida na Guerra civil dos 16 anos, incluindo da Renamo. Nota-se um esforço de Guebuza em mobilizar as suas bases de apoio, bastante influentes no partido, para este conflito com Nyusi.
Guebuza deixa claro que o actual Governo não está a explorar as capacidades instaladas ao longo dos anos de anteriores governações.
Guebuza afirma:“...eu darei um exemplo: nós temos no Governo pessoas que participaram, desde a luta de libertação nacional, até hoje, chegaram a oficiais. Será que estão sendo devidamente utilizadas? Eu penso que não. Por isso, eu penso que é fundamental a utilização e exploração das capacidades instaladas ao longo destes anos todos. Mesmo os da Renamo fizeram 16 anos. Estaremos a trabalhar com eles, já que estão juntos com o nosso Exército, para encontrar soluções para esses problemas? Não parece que estejamos a utilizar, pelo menos com sucesso, essa capacidade ócia num momento tão grave com este”.
Este conflito enquadra-se: 1) no processo da sucessão do actual Presidente da República; 2) na preparação do 12o congresso da Frelimo que irá definir as luzes dos próximos candidatos da Frelimo; 3) no processo judicial das dívidas ocultas (de acordo com a Imprensa) e se sente abandonado por Nyusi e atacado pela justiça e pela imprensa.
O conflito ainda está no início e veremos como Chissano e outros irão resolver.
A escolha dos antigos combatentes e dos combatentes da guerra civil marginalizados para os influenciar para uma agitação é uma estratégia que Guebuza encontro visando, sem dúvida, aumentar a ilegitimidade do actual ministro da Defesa perante as elites militares, neste período de conflito violento no norte, o que leva à baixa moral das forças armadas. O actual ministro é bastante contestado por alguns oficiais superiores militares.
107Buene Boaventura Paulo, Constantino Pedro Marrengula ve 105 diğer kişi
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Kuyengany Produções O Marhonga de Nampula ex Ministro sem Pasta is back in town
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Wilson Antonio Antonio Cordeiro Eu tô aqui para assistir meu caro Mabunda.
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Cuinica Nelson Vão entender - se, pois estão cientes k ninguém sairá a ganhar com as desavenças.
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Claudio Mapulango Onde dois elefantes lutam capim que sofre...😁😁😁🧠🧠🧠
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· 15s
Egas Nhantumbo Presidente Armando Guebuza tem discursos tendenciosos ultimamente, ele é quem está a começar com o conflito.
Por exemplo, ele confiou Nyusi para ocupar a pasta da Defesa, e pelo visto ele mostrou ter domínio da mesma, alguns consensos significativos lograram se em Ngorongosa. Então é estranha a desconfiança do Guebuza na liderança.
Outro ponto, Guebuza faz parte da comissão política, ele tem consigo canais apropriados para expor suas ideias e opiniões, não me parece fazer muito sentido fazer um vídeo publicar na sua página de Facebook com conteúdo sensível como este.
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· 15s
Titos Tchaka Pelo menos Nyusi ainda tenta dialogar com a Renamo... Ele o Guebaz por 2 vezes tentou assassinar o Dlhakama.
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· 15s
Arnaldo Mendes Titos Tchaka Em Zimpinga?
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Efraimo Neves Titos Tchaka em Zimpinga foi Nyusi
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Waka Chitlango Vamos esperar a ala "democrática" do Chissano.Ela também vai tomar a sua posição. É a Frelimo em formato de triângulo.
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· 15s
Arnaldo Mendes Comandos no local, e não "locais", é preciso colocar um comando no local para melhor enfrentar e coordenar as ações de combate
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· 15s
Jaime Tembe Caríssimo Lázaro Mabunda!
eu sou da opiniao de que ao invés de ser o conflito de duas ilustres figuras do país, é uma oportunidade para se ampliar o debate averto dos assuntos do país.
Não nós enganemos num partido político há várias correntes de opinião.... isso é muito bom alarga a democracia interna da frelimo
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· 15s
José Amor Mudjadju Tovele Um deles pode ser o patrão dos insurgentes.
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· 14s
Naine Mondlane Mano Muhamad Yassine, Tufaaa!
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Raul Junior Chama-se conflito teatraomente combinado. Comentários de Guebuza ajudam a criar assuntos para a mídia e redes sociais. Aliás até há pessoas que promovem festas para celebrar as palavras do Guebas
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· 14s
Andre Dimas Raul Junior triste realidade.
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Sonia Mboa Mboa Deixa vai se responder amanhã na Praça
Dia da Paz
Kkkkkkkk
Eles aí não brinquem com o povo. Não somos plateia barata nos.
NOS QUEREMOS PAZ
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· 14s
Hélder Dos Santos Majorntakarikwa Triste realidade
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· 14s
Nelson Cande Profunda reflexão! Embora eu tenha tentado entender assim também, mas o especialista Lázaro Mabunda deixou mais claro. Agradecido!
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· 14s
Acácio Chimbutane Ponto 2. não eram apóstolos da desgraça?
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· 13s
Shandy Tsinine Nyusi é miúdo. Os veteranos bem sabem disso.
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· 11s
Sergio Serpa Salvador Esse conflito Gue vs Nyusi parece estar a ter contornos muito interessantes. Sinto uma roptura. A análise aqui feita espelha, de facto, o que está acontecer.
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· 11s
Calvino Cumbe Amanhã New Man vai responder
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· 9s
Linette Olofsson Fala da Renamo? Quando era PR , porquê que durante o seu mandato tentaram assassinar o Lider da Renamo ? Durante os seus 2 mandatos, segundo estudos, a violência no País agudizou-se, especialmente na zona centro, a volta da Serra da Gorongosa . Eles que se entendam! !! Os conflitos em Moçambique são devido à pobreza, desigualdades, partidarização do Estado, exclusão, falta de benefício e partilhas das riquezas. A exploração dos Rubis e do Gás que benefícios tem trazido para as populações locais de Cabo Delgado ? Aproposito , achei interessante a intervenção do Teodato Hunguana .
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Issuf Mahomed Linette Olofsson excelente apreciação 👌
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Linette Olofsson Issuf Mahomed vivi esses momentos com tristeza, no tempo que participava na opinião do feminino debatemos muitas vezes esses momentos
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Issuf Mahomed Linette Olofsson lembro muito bem desse programa ilustre amiga
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Linette Olofsson MALDIÇÃO! Um País que tem tudo para sermos um povo feliz.
Veja sta catástrofe humanitaria, a violência, o povo ter que se deslocar, abandonar as suas terras , casas, bens é doloroso. Uma nomenclatura instituída ao longo dos anos, corrupção, fraudes eleitorais consecutivas vergonhosas, inaceitável. Enfim muito ainda está por vir .
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· 8s
Valerio Ussene Simplesmente invenções de regionalistas e tribalistas, que fazem o esforço de construírem o entendimento de que Nhussy não sabe governar, e por via disso, os do norte não sabem governar. Os mesmos que hoje tentam fomentar estes mal entendidos entre Nhussy e Guebuza, não o faziam antes. Por favor, deixem Nhussy governar a vontade. Depois virão os outros. Vos confesso que não adianta neste momento esforçar-se neste sentido.
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· 8s
Xavier Dimbane Quando o puxao de orelhas veem dos mais velhos é sempre bom dar mão a palmatoria.
Peca aqui o ex pr por ter sifo outrora mal acessorado na altura das omovimentações estranhas em Cabo Delgado
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