Terça-feira, 19 de maio de 2020
Olá,
Você lembra da nossa reportagem de março que mostrava a hipocrisia da Ambev? A empresa fez uma grande ação de marketing para promover sua “doação” de garrafinhas de álcool gel. Só que, mesmo com quase R$ 12 bilhões em lucro no ano passado, tentou vender propagandas nas garrafas para repassar os custos para outras empresas.
Logo que publicamos essa história recebemos dezenas de respostas no Twitter questionando a pauta. "Qual é o problema?", disseram algumas pessoas. "O importante é que o álcool gel vai chegar nos hospitais", afirmaram outros leitores.
Você pode nos chamar de loucos, mas não acreditamos que tirar proveito de uma crise para comprar mídia positiva e vender anúncios seja uma "ação humanitária". Essa crise não deve ser transformada em ação de marketing. (Agora, imagina como isso foi tratado na imprensa corporativa que depende do patrocínio deles.)
Hoje nos demos conta de que nem todo o mundo pensa como aquela minoria. A nossa reportagem gerou pressão pública e o Estadão noticiou que a Ambev teve que modificar a estratégia. Segundo o jornal, a empresa "decidiu acionar sozinha sua capacidade de produção e dobrou a entrega de álcool em gel para 1 milhão de unidades".
Achei que você iria gostar de saber disso, já que o pessoal na redação (em casa, claro) vibrou quando soube. Nossa missão é responsabilizar ricos, poderosos, governos e empresas por truques, erros e jogadas como essa, e, durante a pandemia, estamos em cima de quem busca lucrar ou tirar vantagem da crise humanitária que vivemos.
Nós só podemos fazer isso porque enfrentamos essa realidade com o amplo apoio dos nossos leitores. Se você ainda não ajuda o Intercept, peço que considere vir fazer esse jornalismo corajoso e que busca a justiça conosco. Agora é mais importante do que nunca. Não vamos te decepcionar, ajude-nos hoje clicando aqui!
Um abraço,
Alexandre de Santi
Deputy Editor
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