sábado, 28 de julho de 2012

II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)

II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) – Memórias, por Raimundo Pachinuapa” (2)

Comments

1
Benedito Marime said...
Olivença, após a Independência nacional não se passou a chamar Matchedje, retomou, sim, o seu nome original de Lupilichi!
2
Francisco Moises said...

An F-84 of the Portuguese Air Force (FAP) in Africa. F-84's like these were the mainstay of the Portuguese air support in Mozambique before the introduction of the G.91R-4 in December 1968.[23]
Infelizmente, a fotografia do F-84 em Moçambique copiada do Internet nao apareceu aqui. O texto em ingles acima diz que até a introduçao do G.91R-4 in Dezembro de 1968, o F-84 era o aviao principal, ou o suporte principal da força aérea portuguesa em Moçambique" -- facto este que é negado pelo senhor "Joao Cuambe", cujo verdadeiro nome é um outro, mas que nao voi mencionar aqui. Portanto é falso dizer que os Portugueses nao tinha avioes a jacto antes da vinda do Fiat G91, enquanto que a informaçao diz que haviam em forma de F84.
Algures na internet, no website to "Strength of the Portuguese air force in Mozambique", uma informacao diz, "By 1964, the Portuguese increased their strength in the country to 16,000 troops, and developed airfields at Nampula and Vila Cabral. The FAP (Força aérea portuguesa) followed the pattern by increasing the number to around a dozen (12) T6 Gs, eight (8) Lockheed PV2 Harpoons, a dozen (12) Dornier Do. 27 and few aérospatiale SA 316B Alouette helicopters"
Total de 32 daquesles avioes.
"There were also Canadian-built Mk.IVs with the FAP in Mozambique," diz um artigo na Internet. Infelizmente, o numero dos avioes do fabrico canadiano, que se especialisavam em ataques aerometralhadoras, o que era muito mais temido pelos guerrilheiros de acordo com muitos guerrilheiros que falavam com o autor na Tanzania, do que ataques com bombas, nao foi dado, o que faria mais para alem de 32 e isto so a partir de 1964. A outra aeronave que os guerrilheiros, que falavam com autor na Tanzania, temiam eram helicopteros
As informaçoes acima dadas dizem respeito a medidas tomadas a partir de 1964.
Algures na Internet, diz-se que "The Portuguese had a large number of Noratlas transport planes and Alouette helicopters at Nacala."
E na verdade,a força aérea portuguesa jogava um papel desproporcionado em relaçao ao exercito. De acordo com as informaçoes dadas na Internet, parecia que era raro quando a força aérea actuava de maos dadas com o exercito, um facto que os rodesianos pareciam que faziam muito bem.
Portanto, dizer que os Portuguese nao tinham mais do que 20 avioes em todo o territorio de Moçambique é falso. Com o tempo, até 1968, os Portugeses teriam muito mais do que a força inicial de 1964. A sua força aérea davam lhes uma superiodade completa sobre os Tanzanianos que tinham muitos poucos avioes e no norte, de acordo que informaçoes, os Tanzanianos ao longo do Rovuma praticamente que dormiam nas covas e avioes portugueses violavam regularmente o espaço aéreo tanzaniano, e a ameaça portuguesa veio a aumentar-se com a obtençao dos Fiats.
Francisco Nota Moises
3
Joao Cuambe said...

Relativamente às observações feitas pelo Sr. Francisco Nota Moisés, gostaria de acrescentar o seguinte:
1. De 9 a 14 de Maio de 1970, o Comité Central da FRELIMO esteve reunido tendo decidido, entre outras coisas, eleger Samora Machel para o cargo de presidente desse movimento, e Marcelino dos Santos para vice-presidente. A mesma sessão do Comité Central decidiu expulsar Uria Simango do movimento.
2. É verdade que a Força Aérea Portuguesa lançou ataques contra o local onde se realizava do 2° Congresso da FRELIMO. Existia na região o aquartelamento de Olivença, que depois da independência passou a chamar-se Matchedje, o mesmo local onde se realizou o referido Congresso.
3. No entanto, falar de 20 aviões que teriam fustigado a zona não corresponde à realidade dado que na altura não existia esse número de aeronaves, quer no Niassa, quer em todo o território moçambicano.
4. Em tempos, o Sr. Moisés escreveu na imprensa moçambicana que os ataques teriam sido efectuados por aviões a jacto da Força Aérea Portuguesa. Na realidade, os aviões a jacto Fiat-G91 só passaram a operar em Moçambique em 1969, portanto, depois do 2° Congresso, que se realizou no ano anterior. Não havia aviões a jacto em Moçambique em 1968.
5. Confirma-se que antes do 2° Congresso, mais precisamente em princípios de 1966, o governo português destacou, temporariamente, para Moçambique, seis aviões a jacto do tipo F-84, mais precisamente para a Base Aérea 10, situada na cidade da Beira. Estes aviões foram enviados de Angola onde se encontravam desde 1961.
6. O envio desses aviões para Moçambique (onde permaneceram apenas 6 meses) foi durante o bloqueio naval ao porto da Beira, por parte da Marinha de Guerra britânica na sequência da Declaração Unilateral da Independência (UDI) feita pelo regime de Ian Smith na Rodésia do Sul a 11 de Novembro de 1965, e por se suspeitar que o governo britânico poderia intervir militarmente em Moçambique em face do apoio português a Salisbúria. Uma vez que uma tal intervenção poderia partir de países vizinhos, aliados da Inglaterra (especialmente a Zâmbia e o Malawi), os F-84 efectuaram voos de dissuasão junto às respectivas fronteiras.
7. Os F-84 da Força Aérea Portuguesa, num total de 25, haviam sido enviados para Angola depois dos acontecimentos sangrentos de Luanda em Março de 1961. Eram aviões que estavam em vias de ser retirados da frota da Força Aérea Portuguesa por já serem obsoletos, mas devido a restrições impostas pela OTAN e ao eclodir das guerras na Guiné e Angola, o regime de Salazar optou por mantê-los por mais tempo.
8. Creio que qualquer membro das Forças Armadas Portuguesas que tenha cumprido missão em Moçambique durante o período em análise poderá confirmar os dados que acabei de mencionar.
João Cuambe

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