sábado, 2 de abril de 2016

MOÇAMBIQUE NO ABISMO DESDE A COLONIZAÇÃO ATÉ NOS DIAS ATUAIS

Falar das adversidades vividas no território nacional de Moçambique deste a sua colonização até nos dias de hoje é reconhecer o sofrimento e a capacidade do povo heroico que sempre lutou para a sua sobrevivência e autoafirmação apesar do desconhecimento da sua legitimidade dos seus direitos fundamentais.
Segundo os relatos vividos pelos nossos antepassados, nossos pais, mães, tios e outros familiares mais velhos, a história nos conta que no tempo colonial o povo moçambicano não tinha terra, saúde, educação, era explorada de todas as formas mais nos dias atuais apesar da independência do País continuamos vivendo os mesmos fracassos como, por exemplo: a falta de educação de qualidade, as condições precárias de vida onde muitas pessoas não têm moradia, saneamento, saúde básica, água potável, energia, alimentação e segurança provocando assim inúmeros problemas sociais que carecem da intervenção do Estado. Parece que o País vive uns dos momentos mais difíceis na atualidade olhando a atuação das instituições governamentais, onde os direitos fundamentais do ser humano não são observados.
Muitas manifestações realizadas pelos alguns grupos da sociedade civil, política, estudantil e outros movimentos observa-se as repressões da polícia e das Forças Armadas de Moçambique nas suas ações. O que se confunde os objetivos e responsabilidades das mesmas instituições no que confere as suas competências. Vemos a ação das FADEMOS no centro do País onde violaram gravemente os direitos humanos através da humilhação, das queimadas das casas dessas pessoas, das torturas, intimidações e de confundi-las como pertencentes a outros Partidos políticos deixando do objetivo primordial das Forças Armadas que seria de proteger e dar a segurança nos momentos mais difíceis e conflituosos. Várias manifestações foram proibidas a polícia alegando que não foi autorizada mais não cabe à polícia da República proíbe-las, pois, é da responsabilidade do Conselho Municipal de autorizar e de vetar com uma justificativa aplausível, pois se não autorizar por má vontade estaria violando o mínimo direito que os cidadãos têm num Estado de direito e democrático.
Quando o que tange a questão da paz para o País é fundamental os movimentos sociais, acadêmicos e a opinião publica reaja e leve os Partidos da FRELIMO e da RENAMO para o Tribunal Penal Internacional para que sejam julgados e penalizados pelos crimes que cometem deste a independência Nacional até nos dias atuais. Quantas pessoas morrem e morreram sem nenhuma causa? Milhares pessoas sofrem e são mortas sem embasamento. Os dois Partidos deveriam ser penalizados e ficarem desativados por algum tempo indeterminado. Para, além disso, não vejo o cumprimento das responsabilidades dos nossos governantes que seriam criar o ambiente de paz, gerenciar os problemas, promover o desenvolvimento, combater as desigualdades sociais através de ações concretas e visíveis, fomentar o bem estar e assegurar a segurança da sociedade. Por que os povos elegem os seus governantes se não estão preocupados com a mesma sociedade? Alguns filósofos políticos nos ensinam as formas de governarmos e de sermos governados com fundamentos da segurança da nossa soberania, dos nossos direitos que são vários.
A nossa democracia esta ameaçada e ela é incompleta e injusta uma vez que ainda não foi aperfeiçoada e é confundida. Muita gente fala da democracia confundindo com Neocolonialismo, totalitarismo, monopartidarísmo. O multipartidarismo que se fala que esta implantada em Moçambique não é verdadeira, olhando a partir do nosso Parlamento quase não existe uma representação popular mais sim há representação partidária porque ninguém escolheu aqueles deputados. O próprio sistema eleitoral por si só é excludente. Em Moçambique há muitos Partidos mais não se vê a sua presença e atuação no cenário Politico até muitas vezes se fala que esses partidos não têm condições para se candidatar, mais não precisa de dinheiro se fazer presentes no cenário político o Estado pode custear, pois há dinheiro que sai de diversos impostos e das nossas riquezas que podem servir para o Bem do País. Para o nosso parlamento seja mais justo precisamos ver todos partidos representados nos parlamentos municipais, provinciais e Nacionais. Precisamos avançar mais na eleição dos governadores e administradores dos Distritos através do voto direto para evitar que as decisões do nosso Estado sejam tomadas por um grupo defendendo os seus interesses partidários.
Até quando seremos explorados e enganados por aqueles que têm os discursos eloquentes e nada fazem e se aproveitam da nossa miséria para se tornarem mais ricos sem nenhum esforço? Samora Machel um dos heróis mais corajoso e inteligente da fase da terra nos ensinou a lutar contra os opressores que chupam o nosso sangue. Os jornalistas, sociólogos, filósofos, advogados, juristas, cientistas e outros acadêmicos usem da ciência e da verdade para que tragam a paz, combatam dos opressores, denunciem dos ditadores e de todos aqueles que nos exploram.
02/04/2016
Augusto José Waila
Estudante de Relações Internacionais – UFPB
Refletindo sobre a política
(Recebido por email)

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