Em Tapara, posto administrativo de Bilibiza, distrito de Quissanga, os insurgentes mataram, por decapitação, no dia 8 de Junho, segunda-feira, duas pessoas e raptaram três mulheres. Uma das mulheres raptada estava com marido.
Ela foi obrigada a seguir o grupo, deixando o gado com o marido. A família estava a cominho de Bilibiza sede. Segundo soubemos de um produtor de Bilibiza, que terá recebido refugiados de Tapara, os insurgentes chegaram na noite dessa segunda-feira e, um por um, obrigaram os residentes a sair das suas residências.
Seguidamente, perguntaram, também um por um, sobre a religião islâmica. Um residente, segundo soubemos, natural de Nampula, não conseguiu responder ao questionário islâmico e, de imediato foi morto. A outra pessoa, acrescentou a fonte, foi morta, alegadamente pelo facto de os insurgentes terem encontrado uma arma de fogo em sua casa.
Instantes depois, as populações viram as suas casas incendiadas, para seguidamente ouvirem os insurgentes a exigir que os habitantes saíssem de Tapara para Bilibiza. Depois de um vídeo demonstrando alegados insurgentes a saírem de uma multidão no mercado local, fala-se muito da relação pouco simpática entre os residentes de Bilibiliza e as FDS, pois, estas acusam as populações locais de cooperarem e abrigarem os insurgentes.
Transitar depois da autorização
Por outro lado, os insurgentes autorizaram a população de Bilibiza para usar a estrada que sai daquela região até ao cruzamento da ADPP, na aldeia 19 de Outubro, e de lá seguir os outros destinos.
Entretanto, proibiram o uso da via “corta-mato” que passa por Tarapa para Moja/Nivico. Alguns residentes de Bilibiza disseram que, a última vez que os insurgentes passaram por aquela aldeia, estavam todos de motorizadas, uns carregados e fortemente armados.
“Apesar de nós estarmos a viver aqui, porque não temos onde ir, estamos mal. Não sabemos o que vai acontecer. Estamos também preocupados porque estamos ouvindo algumas vozes dizendo que nós não estamos a sair daqui porque também somos alshabab/insurgentes. Essa é uma situação conhecida até lá no topo” lamentou o residente. (Texto co-produzido com a zitamar news, no âmbito do projecto Cabo Ligado, em parceria com a ACLED)
MEDIA FAX – 16.06.2020
Ela foi obrigada a seguir o grupo, deixando o gado com o marido. A família estava a cominho de Bilibiza sede. Segundo soubemos de um produtor de Bilibiza, que terá recebido refugiados de Tapara, os insurgentes chegaram na noite dessa segunda-feira e, um por um, obrigaram os residentes a sair das suas residências.
Seguidamente, perguntaram, também um por um, sobre a religião islâmica. Um residente, segundo soubemos, natural de Nampula, não conseguiu responder ao questionário islâmico e, de imediato foi morto. A outra pessoa, acrescentou a fonte, foi morta, alegadamente pelo facto de os insurgentes terem encontrado uma arma de fogo em sua casa.
Instantes depois, as populações viram as suas casas incendiadas, para seguidamente ouvirem os insurgentes a exigir que os habitantes saíssem de Tapara para Bilibiza. Depois de um vídeo demonstrando alegados insurgentes a saírem de uma multidão no mercado local, fala-se muito da relação pouco simpática entre os residentes de Bilibiliza e as FDS, pois, estas acusam as populações locais de cooperarem e abrigarem os insurgentes.
Transitar depois da autorização
Por outro lado, os insurgentes autorizaram a população de Bilibiza para usar a estrada que sai daquela região até ao cruzamento da ADPP, na aldeia 19 de Outubro, e de lá seguir os outros destinos.
Entretanto, proibiram o uso da via “corta-mato” que passa por Tarapa para Moja/Nivico. Alguns residentes de Bilibiza disseram que, a última vez que os insurgentes passaram por aquela aldeia, estavam todos de motorizadas, uns carregados e fortemente armados.
“Apesar de nós estarmos a viver aqui, porque não temos onde ir, estamos mal. Não sabemos o que vai acontecer. Estamos também preocupados porque estamos ouvindo algumas vozes dizendo que nós não estamos a sair daqui porque também somos alshabab/insurgentes. Essa é uma situação conhecida até lá no topo” lamentou o residente. (Texto co-produzido com a zitamar news, no âmbito do projecto Cabo Ligado, em parceria com a ACLED)
MEDIA FAX – 16.06.2020
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