quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Rapto de criança leva quatro indivíduos aos calabouços em Nampula
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Destaques - Newsflash
Escrito por Júlio Paulino  em 05 Outubro 2017
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Quatro indivíduos, dos quais um mulher, vêem o sol aos quadradinhos, desde a última sexta-feira (29), nas celas da 1ª esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, indiciados de rapto de uma criança de seis anos de idade, para fins não apurados. Sabe-se, porém, que eles chantagearam o pai da vítima na tentativa de convencê-lo a pagar regaste.
Os acusados respondem pelos nomes de Quinho Mateus, de 30 anos de idade; Beto Retchua, de 24 anos; António Alberto e Ana Retchua, ambos de 25 anos.
O crime de que eles são indiciados ocorreu no dia 24 de Setembro, no bairro de Murrapaniwa, arredores da cidade de Nampula, de acordo com a corporação.
Quinho Mateus é considerado cabecilha da quadrilha e confessou o seu envolvimento, mas alegou a falta de emprego como sendo a causa que lhe arrastou para o problema que hoje enfrenta.
Segundo ele, depois do raptado, o petiz foi encaminhado a um cativeiro, algures no bairro de Murrapaniwa. De seguida, a quadrilha exigiu o pagamento de 100 mil meticais.
O nosso interlocutor contou ainda que, volvidos cinco dias de intensas negociações sem sucesso com a família da vítima, ele e os comparsas aceitaram que o valor baixasse para 30 mil meticais. Porém, no acto da concretização do resgate, os quatro malfeitores foram surpreendidos pela Polícia e detidos.
Quinho Mateus confessou ainda que recebeu da família da vítima 6.200 meticais para o pagamento do táxi no qual a o miúdo seria transportado até ao local do encontro com a família. Reagindo a este caso, a PRM, em Nampula, disse, através do seu porta-voz Zacarias Nacute, que a detenção dos presumíveis sequestradores contou com a colaboração da população.
O miúdo é de uma família de baixa renda. Os 30 mil meticais que a gangue exigia, após estipular um máximo de 100 mil meticais, resultou de contribuições de parentes.
Nacute disse que a corporação está a investigar uma provável existência de outros integrantes na quadrilha ora detida.
Enquanto mais indivíduos não são capturados, em conexão com este caso, foi instaurado um processo-crime que será encaminhado aos órgãos de administração de justiça para efeitos subsequentes.

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