FINDOU O XI CONGRESSO DA FRELIMO, QUE ENCETA AOS 26,85MILHÕES DE MOÇAMBICANOS, PRÓXIMOS 5 ANOS DE LUTO, PESADELOS, TORMENTOS, DESÂNIMOS E, NÃO SÓ….
O lema do XI Congresso da Frelimo, segundo Filipe Nyusse, eram a unidade, a paz e o desenvolvimento.
Foi nomeado novo Secretário-Geral Executivo da Frelimo, Sr Roque Silva, muitos membros novos entraram, para a Comissão Política Nacional e, foi reconduzido e indigitado Filipe Nyusse, como o candidato da Frelimo, contra o resto do Mundo, da oposição política Moçambicana.
Qual é a comprovação do “ardor Patriótico” e, quais evidências que indicam, que esses senhores, prezam a união dos Moçambicanos?
De que conseguirão ajudar a implantar e suster, a paz efectiva?
De que ostentam o «know how», que garanta a suficiência, para que o seu comportamento, em estratégia geo-política e económica, gere riquezas, a fim de serem distribuídas equitativamente, como dividendos de bens e conhecimentos, a favor dos 26,85milhões de Moçambicanos.
De que tenham também o génio, que possa fazer esvaziar e esquecer, o estrondo dos 40 anos de luta de Afonso Dhlakama, Rangers e RENAMO, em prol dos desamparados Nacionais.
De que tenham acção de poder, com capacidade para a invalidação, num prazo médio, o rótulo da corrupção activa e crónica, que mina o País, desde os alicerces da sua fundação?
Contudo Filipe Nyusse, desconhece que os Moçambicanos, desde vendedores de rua, empregados de balcão, porteiros, motoristas, funcionários com descontos compulsivos, de quotas mensais para a Frelimo, estudantes, militares, o Corpo Diplomático e muitos mais, aguardaram com muita expectativa, que se apresentassem soluções, para os seguintes problemas:
- O porquê da perca de competitividade negocial da Nação?
- O porquê da fraca conclusão do ensino primário? Secundário e a educação em geral?
- O porquê de se pincelar a corrupção, com lindas frases como «tolerância zero», mas ninguém ter tido coragem, de usar a palavra, sobre as dívidas ilegais e, o porquê, de se declarar, figura honorífica e gratidão, ao GUEBUZA, fidelizando cumplicidade, da instituição da «maçaroca», para com a perversão, em pleno Congresso?
- O porquê de não se ter notado, nenhuma referência nas eleições internas da Frelimo, a evocação ao «saber», «competência», «humildade» e, «tolerância», afastando o partido do compadrio, dinastia, arrogâncias, ambições, familiaridade e, inabilidades para a purificação, dum órgão que, precisa como de pão para a boca, de absorver a organização duma cultura democrática, para ter êxito contra as alternativas antagónicas procriadas pelo peso do Século XXI.
- Não se falou na banca Nacional toda falida e como reabilitá-la;
- Não se falou nos 29 biliões de meticais, que o Governo deve aos fornecedores Nacionais;
O Povo quer saber, como e quando chegarão, às torneiras das suas cozinhas e casas de banho, a água, a electricidade 24 horas, também para os pontos mais recônditos do País, para quando aumento de empregos, reforma agrária, quando baixará o custo de vida? Porque não são anunciadas as reformas, dos membros da «velha guarda», sem flexibilidade de mudança e futuro?
Apraz-nos concluir o insucesso deste Congresso da Frelimo, foi improfíquo, não concebeu expediente decisório, dos inúmeros danos causados, pela sua Governação desvirtuada e, agora pelos vistos, se apressam festivamente a tomar as rédeas, dos destinos de 26,85 milhões, para mais 5 anos, o que promete multiplicar a miserabilização da Nação, com uso de manobras contra a descentralização, cujo modelo em curso, nunca trará estabilidade política e social em Moçambique.
VLITOS, 03 10 2017
(Recebido por email)
REFLEXÃO
Compatriotas
As mentes actuais dos moçambicanos são diferentes das dos tempos idos até 1994, ano das 1as eleições multipartidárias. Com efeito o espírito de bajulação, lambebotismo e ``yes man`` já estão a degradar-se progressivamente.
O congresso da Frelimo que acaba de terminar não vai trazer mudanças para a viragem objectiva do cenário de colonização domestica a que o país está exposto, pois todos os males que existem partem da própria Frelimo, o que torna imperioso o seu vigoroso combate interno para replicar fora dela. Hoje a imagem da Frelimo esta seriamente gasta e todos indivíduos que fisicamente cantam apoio a este partido, no intimo esta fora desse partido.
As recentes eleições internas que o partido realizou em preparação desse falacioso congresso mostraram a verdadeira realidade interna do partido, cujo testemunho da situação degradante se verificou no distrito de Malema província de Nampula em que a ultima hora infiltraram um malandro da rede radical que não quer mudanças sem este ter concorrido, por medo de mudanças. Em Quelimane e Gilé houve mesmo cenário de os ``donos`` do partido não quererem mudanças.
Em democracia, uma eleição é precedida de dois exercícios importantes: organização e remissão de documentos para analise e decisão e campanha de divulgação das ideias do candidato ao publico alvo, mas na Frelimo este exercício é ignorado optando-se por amiguismo. A votação de Malema, Quelimane e Gile foram a principal vergonha que a Frelimo já mostrou da sua face intima.
Os moçambicanos atentos devem questionar e analisar qual é o real objectivo do esforço que a Frelimo está a levar a cabo com a Renamo, se antes de enveredar por via armada com ajuda dos esquadrões de morte, houve varias iniciativas de resolução dos diferendos eleitorais de fraude em que opinava-se governo de gestão, governação de 6 províncias, mas que tudo isso foi recusado pela Frelimo e a sua rede de beneficiários da sua gestão danosa do país e que seguiu-se o extermínio de filhos do povo pobre usado como escudo pelo regime.
A Frelimo opta pelo diálogo camuflado por ter perdido a opção militar de bloqueio dos anseios do povo. Temos que questionar o que a Frelimo quer com essa campanha de diálogo se é para perpetuar-se no poder ou segunda tentativa do fim do colonialismo domestico que pratica.
Uma coisa é certa: Com a Frelimo mesmo vestida de facto de democracia, nunca o pais vai mudar a situação de males que existem.
O 11º congresso da Frelimo não vai trazer nada de melhor para a maioria da população pobre deste país porque a corrupção está enraizada no partido. Se dizerem que vão tentar combater a corrupção dentro do partido, isso sim.
A revisão da Constituição e do sistema judiciário do país e sua libertação do jugo colonial da Frelimo, são elementos de partida para que todos os malfeitores e malandros que prejudicam o povo em defesa duma minoria possa ser responsabilizada dos seus actos sem interferência e protecção do partido Frelimo.
O partido Frelimo e os moçambicanos devem ter em mente que na Frelimo há três alas antagónicas que agem em paralelo sem convergência:
Uma ala dos indivíduos menos letrados e letrados altamente bajuladores e lambe botas que se acham ser donos do partido e engendradores de todos os males que apoquentam o país.
Uma ala que compreende a necessidade de mudanças e que se esforça adaptar o partido para nova realidade contemporânea.
Ala dos intelectuais que querem reformas.
Ora, a 1ª ala é a mais forte que impede qualquer tentativa de purificação do partido para ambiente democrático interno e geral do país. Essa realidade deve ser corrigida dentro do partido.
A Frelimo continua a considerar o país sua propriedade privada e continua a guiar-se por linguagem e politica de demagogia dos tempos idos: unidade nacional, país uno e indivisível, balanço positivo e desafios – expressões que não encontram acolhimento na sua actuação real, visto que não há unidade nacional em Moçambique, o país encontra-se dividido ao Save, muitas realizações não tem balanço positivo, maior parte de realizações são de meio gás, e os desafios são resolvidos no interesse duma minoria.
Desde a introdução aparente do multipartidarismo em Moçambique a Frelimo realizou vários congressos com os mesmos argumentos de acções falsas de bem estar de todos. Assistimos a renovação de continuidade dos mesmos males de aprofundamento da corrupção – nada mudou e não é desta vez que haverá mudança. Esses congressos trouxeram uma realidade em que uma minoria rica continua mais rica até aos dentes e a maioria pobre cada vez mais pobre.
O senhor Nyusi tem a tarefa espinhosa de purificar as fileiras do partido para caminhar rumo aos novos momentos se é que esse partido quer continuar sobreviver.
Os congressos que passaram trouxeram dívidas ocultas, pobreza extrema para a maioria e riqueza extrema para uma minoria, prepotência, cabritismo e espírito de refrescos em todos actos da vida geral. Actualmente em Moçambique nada se faz sem subornar e dar refresco e isso parte de dentro da própria Freimo em que amiguismo, e qualquer posição que se requer precisa refresco.
O sr Nyusi sendo um chingondo nato, tem a tarefa de reduzir a exclusão criada e consolidada pela Frelimo ao longo dos tempos.
O sr Nyusi e sr Dlakama sendo chingondos tem a tarefa de estabelecer a verdadeira libertação do país em que todos moçambicanos do rovuma ao Maputo e do zumbo ao indico sejam iguais em todas vertentes e eliminar ou manter a fronteira do Save. Caso contrario o tempo ira corrigir esse mal.
O centro e norte devem deixar de ser repúblicas vassalas em que são importantes em tempos de eleições para legitimar fraudes de permanência da Frelimo no poder.
Sr Nyusi deve eliminar a concepção da Frelimo de que o povo do Centro e norte são irracionais com migalhas de dinheiro e restos de arroz, óleo e açúcar e gasolina para motas em pleitos eleitorais chega para continuar explorar as riquezas mentais da população.
Qual é o beneficio das actividades das multinacionais que roubam as riquezas do pobre povo- nada. A multinacional vale construiu aldeias comunais sob olhar cúmplice do regime.
A oposição deve ter em mente que alternância governativa é imperativo nacional e deixem de aparecer em tempos de eleições numa espécie de cogumelos em tempo de chuva.
A oposição deve trabalhar para que a comunidade internacional conheça a realidade de Moçambique.
Jorge Valente
Namicopo-Nampula