sexta-feira, 22 de março de 2013

Haverá “camarada” mais competente que Arão Nhancale?!

Editorial
A propósito de uma “moção de censura”
 
Maputo (Canalmoz) - Sempre esteve e volta a estar em voga, na Imprensa chegada ao poder e intelectuais que perfilam nas hostes do partido Frelimo, usar propaganda enganosa para confundir o público em períodos pré-eleitorais e eleitorais. Mais uma inequívoca prova disso é a alegada “moção de censura” do partido Frelimo, contra o actual presidente do Município da Matola, Arão Nhancale.
Na nossa modesta opinião, é muito estranho que a Frelimo se tenha apercebido só há duas semanas que afinal Arão Nhancale é incompetente.
Nhancale teve quase cinco anos a dirigir de forma mais incompetente possível os destinos da Matola e o partido Frelimo nunca se insurgiu contra isso. Como é que faltando apenas sete meses para a realização das eleições autárquicas regulares o Partido Frelimo só agora se apercebeu que Arão Nhancale afinal não vale nada?
A “moção de censura” a descompor Nhancale tem a particularidade de ser anunciada por anónimos e não visa censurar propriamente o comportamento de Arão Nhancale. Visa, sim, na nossa humilde opinião, ludibriar os eleitores para que a nível da opinião pública fique a ideia de que a Frelimo se quer distanciar da incompetência de Arão Nhancale.
Só mesmo numa jogada hipócrita de pré-campanha se pode entender o que a Frelimo está a fazer a Nhancale.
Depois de deixar Nhancale levar a Matola ao descalabro, o Partido Frelimo agora quer fazer crer que ele fez tudo sozinho. E quer hoje que os munícipes da Matola fiquem convencidos que o outro que for escolhido pela mesma Frelimo, como candidato à sucessão de Arão Nhancale, será o salvador da Matola.
O Partido Frelimo acha que assim os eleitores não irão penalizá-lo nas urnas, porque teve a genial ideia de se livrar do “mau da fita”, neste caso Arão Nhancale. Ou seja: A Frelimo quer distanciar-se de Arão Nhancale para agregar valor ao seu próximo candidato à edil da Matola. Mas é fácil perceber-se que para além da falta de senso está por trás disso uma enorme falta de respeito pelos cidadãos!
Se a Frelimo se movesse por boa-fé, a “moção de censura” a humilhar Nhancale teria saído a tempo de se terem realizado eleições intercalares, como em Pemba, Cuamba e Quelimane, há ano e meio. Só agora é que viram que Nhancale é incompetente?
Agora quando decorrem as avaliações prévias do eleitorado para as escolhas nas eleições ordinárias autárquicas de 20 de Novembro próximo, uma “moção de censura” da Frelimo contra o seu homem é uma tremenda falta de respeito pelo eleitorado, pelos munícipes da Matola.
Não há a mais elementar dúvida de que a Frelimo beneficiou até onde quis da incompetência de Arão Nhancale. Sabe-se que juntos – ele e os seus agora censores – praticaram todo o tipo de tropelias conhecidas e todo o desprezo contra os matolenses e seu bem-estar, mas só agora é oportuna uma “moção de censura”, porquê?
Não há dirigente do topo do partido Frelimo ou do Governo que não tenha terrenos na Matola oferecidos por Arão Nhancale. Aos que ali vivem há sucessivas gerações ou há muitos anos, a Frelimo não foi capaz de garantir um pedaço de terreno para permitir aos matolenses organizarem as suas vidas, mas conseguiu terrenos para quem nem sequer lá vive capitalizar mais um pouco. Agora esses mesmos sem vergonha que se serviram de Nhancale dão-lhe com a faca nas costas. Fica o recado para os que na Frelimo se meterem em aventuras semelhantes…
A maior parte dos dirigentes da Frelimo são accionistas das indústrias que operam na Matola sem o mínimo de atenção para com o ambiente. Conseguiram tudo o que queriam, e do dia para a noite agora é Nhancale o incompetente.
Está mais do que claro que a razão que move a “moção de censura” contra Nhancale não é a incompetência dele, mas o medo que a Frelimo tem de perder as eleições, caso a oposição apresente um candidato à altura dos desafios dos munícipes da cidade da Matola.
A Frelimo nunca se incomodou com a incompetência de ninguém. Longe disso, a Frelimo sempre acomodou a incompetência e muitos incompetentes.
A árdua tarefa de apontar um dirigente na Frelimo que seja competente, moralmente exemplar, que não esteja no seu cargo graças à boa vontade do senhor Guebuza, é difícil. Ninguém é, na Frelimo, menos incompetente que Arão Nhancale. Guebuza é por uma sucessão de ideias tão incompetente quanto Arão Nhancale, só que um decide e o outro é carne para canhão.
Vejamos! Armando Guebuza trouxe a “Revolução Verde” que de verde só houve dólares que entraram para o seu bolso e de seus parentes. Trouxe a Jatropha que até hoje ficamos a perguntar a nós próprios onde terá o senhor Guebuza ido buscar tão estapafúrdia ideia.
Guebuza prometeu que iria lutar contra a corrupção, mas ele próprio está metido nela até ao pescoço em contratos clientelistas com o Estado onde muito do dinheiro dos nossos impostos vai parar-lhe aos bolsos das formas mais ardilosas.
Guebuza disse que iria acabar com a pobreza absoluta e a única coisa que conseguiu foi agregar, em documento, a palavra “absoluta” a “pobreza”.
Hoje Moçambique é o terceiro pior País para se viver na face da terra, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano.
E mais grave: Armando Guebuza e sua família serão hoje os cidadãos mais ricos de Moçambique e provavelmente estão entre os mais ricos da África. Como?
Guebuza nunca acertou em nada, desde que ascendeu ao poder…
A este tipo de personagem nenhum outro nome cabe se não o adjectivo INCOMPETENTE, mas pelos vistos Arão Nhancale vai ter de ficar com a fama numa tentativa desesperada da Frelimo tentar, mais uma vez, enganar o Povo, como sempre o tem feito, com slogans como “o Futuro Melhor”, “a Força da Mudança”, “Não é preciso empurrar” e tantas outras baboseiras arrogantes e de profundo desprezo pelo “Maravilhoso Povo”.
Por isso mesmo ficamos preocupados quando os membros da Frelimo emitem uma “moção de censura” contra Arão Nhancale, sabendo que tem um incompetente-mor que os dirige.
Arão Nhancale é apenas um representante legal da incompetência do partido Frelimo.
Se de facto a incompetência de que é acusado Arão Nhancale preocupa a Frelimo, porque não censuram também Guebuza, que mais nada faz senão escangalhar este País, a bem do seu bolso e da sua família?! Só assim a “moção de censura” contra Nhancale seria ligeiramente credível.
Usarem agora Arão Nhancale para atrapalharem os eleitores por forma a tentarem perpetuar a incompetência à custa da nossa paciência, é duplamente atentatório. Primeiro, porque Arão Nhancale provou ser realmente incompetente. Depois porque foram outros tão incompetentes e ardilosos quanto ele que o puseram lá.
Na verdade, o partido Frelimo nunca esteve pelo Povo moçambicano. Muito pelo contrário. Usou combatentes nas frentes de combate para se descartar deles depois de se instalar no Poder. E sempre tudo que fez foi usar o Povo para satisfazer interesses dos seus dirigentes.
É por isso mesmo que os dirigentes imorais têm lugar garantido nas primeiras filas bem próximos a Guebuza e os outros só servem para lhes bater palmas nos comícios e ficarem de boca aberta à espera de uma côdea depois de cada eleição.
Veja-se o caso de José Pacheco, por exemplo. É, segundo a Agência Inglesa para o Meio Ambiente, um dos responsáveis da nossa desgraça. É o ponta-de-lança de certos chineses para nos roubar a madeira. Mas está aí a merecer a mais refinada confiança de Guebuza. O que importa é a imoralidade e a reversão dos frutos dessa mesma imoralidade para olear a máquina do partido.
Nunca houve “moção de censura” contra Pacheco. Porquê? Porque a Frelimo precisa e sempre precisou da incompetência para alimentar os seus líderes incompetentes…
A “moção de censura” contra Nhancale não foi feita pensando no povo da Matola, como se pretende fazer entender. Em nenhum momento a Frelimo pensou, uma vez sequer, no povo da Matola, se não como fonte de atracção de receitas. Por isso a Matola está como está. Um caos!!!
O mesmo raciocínio aplica-se à cidade de Maputo, a capital do País. Em todos os cantos da cidade respira-se a incompetência do senhor David Simango, mas nunca houve “moção de censura” porque há altos negócios em que os interesses de uns se cruzam com os de quem manda avançar com “moções de censura”.
Duvidamos que haja diferença entre a dose de incompetência do senhor Arão Nhancale e a do seu camarada David Simango, em Maputo-Cidade.
Temos a certeza que Guebuza é igual a estes dois e só ainda não foi alvo de uma “moção de censura” porque o chefe da banda nunca é responsável pelas desafinações.
Nhancale não passa de um artista mal sucedido da mais recente encenação teatral de um grupo pouco dado à criatividade! É disso que os matolenses se devem convencer e não se deixarem de novo enganar nas próximas eleições autárquicas. Nem nas autárquicas, nem em nenhumas outras, mas pelo menos a 20 de Novembro próximo quanto forem chamados a escolher o próximo edil.
(Canalmoz/Canal de Moçambique)

1 comentário:

Anónimo disse...

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