domingo, 13 de outubro de 2024

ATRASO DELIBERADO: COMO A DEMORA NA DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS FACILITA FRAUDES ELEITORAIS EM MOÇAMBIQUE

 

Custodio Mondlane está  a sentir-se pensativo com Elvino Dias e 
2 outras pessoas
.

13 min 

Por CM7
Moçambique inscreveu mais de 17 milhões de eleitores para as eleições gerais deste ano, com aproximadamente um milhão na diáspora e o restante distribuído pelo território nacional. Para organizar o processo de votação, foram instaladas 25.725 Mesas de Assembleia de Voto (MAVs), além de 602 mesas no estrangeiro. O modelo actual prevê que cada mesa faça a contagem parcial no local e, posteriormente, transporte as urnas com os boletins para as Comissões Distritais de Eleições (CDE), que realizam a contagem intermediária. Esses resultados são então enviados para as Comissões Provinciais de Eleições (CPE), e finalmente para a Comissão Nacional de Eleições (CNE), responsável pelo apuramento final e a divulgação oficial dos resultados.
Embora Moçambique consiga alocar atempadamente a logística necessária para a realização das eleições nos locais de votação, salvo raras excepções, as autoridades eleitorais historicamente não conseguem divulgar os resultados preliminares e finais em menos de 15 dias. Porquê? Esse atraso recorrente faz com que os moçambicanos acreditem que não é possível ter resultados em menos tempo, mas a verdade é que essa demora é deliberada e tem servido para criar espaço para fraudes eleitorais.
Se, por exemplo, os resultados preliminares já estivessem disponíveis até o dia 11 de Outubro, a CNE não teria muita margem de manobra para manipular os números, como está a acontecer agora, onde os dados já começam a favorecer fraudulentamente o candidato Mafuta e RENAMO, fruto da aliança com a Frelimo, que dificilmente conseguiram 10 votos, numa mesa.
Os primeiros resultados, divulgados imediatamente após a votação, estão mais próximos da realidade, especialmente se houver controlo rigoroso dos observadores e delegados de candidatura.
A lei eleitoral exige que, após a votação, sejam preenchidos e afixados editais e actas nos locais de votação, algo que é geralmente cumprido. No entanto, em algumas mesas, esse processo não é respeitado, pois os presidentes de mesa se recusam a assinar as actas, quando sabem que os resultados não favorecem a Frelimo e o seu candidato.
Até o nível das MAVs, é possível mitigar a fraude. No entanto, o processo de manipulação massiva, ou “megafraude”, ocorre depois dessa etapa, quando os resultados entram nas mãos da CDE. Nesse estágio, os observadores perdem o controle, e o sistema passa a estar vulnerável à adulteração dos resultados. Quando se percebe que os números não favorecem o partido no poder, inicia-se o processo de manipulação, adulterando os editais para garantir a vitória da Frelimo.
É por isso que a Contagem Paralela é tão importante. Com um sistema transparente e eficaz, é perfeitamente possível obter os resultados eleitorais em menos de 3 dias (72 horas). Um exemplo disso é o Gana, que em 2020, com mais de 17 milhões de eleitores inscritos, anunciou os resultados preliminares em apenas 48 horas após o encerramento das urnas. No Quênia, em 2017, a Comissão Eleitoral conseguiu divulgar os resultados preliminares de uma eleição com mais de 19 milhões de eleitores em cerca de 72 horas.
Isso mostra que, se houver vontade política e transparência, Moçambique poderia facilmente divulgar os resultados eleitorais em tempo recorde, reduzindo o espaço para fraudes e garantindo um processo mais justo e confiável.
CM7
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Manuel Araújo, Ivone Soares Arnaldo Chalaua, Saimon Macuiane, António Muchanga, Clementina Bomba, José Manteigas, Chigamanhane Mazanga, Fernando Mazanga, Muhamad Yassine e tantos outros dirigentes da Renamo, porque é que desprezaram os alertas que eu comecei a fazer-vos no dia 7 de Janeiro?

Damiao Cumbane

1 d ·



Manuel Araújo, Ivone Soares Arnaldo Chalaua, Saimon Macuiane, António Muchanga, Clementina Bomba, José Manteigas, Chigamanhane Mazanga, Fernando Mazanga, Muhamad Yassine e tantos outros dirigentes da Renamo, porque é que desprezaram os alertas que eu comecei a fazer-vos no dia 7 de Janeiro?
Porque é que eu que não sou da Renamo, consegui fazer uma leitura 100% correcta sobre o cenário e o buraco escuro para o qual a Renamo caminhava e nenhum de vocês próprios pôde faze-lo?
Se vocês não viram o abismo para o qual conduziam o partido, será que também não liam o que eu escrevia?
Como é que os das Frelimo, partido que governa e melhor organizado do que a Renamo tratam de
partilhar entre eles, ler e debater o que eu escrevo sobre ela e vocês, amadores ou aprendizes, não o puderam fazer?
E agora meus caros concidadãos da Renamo, os vossos cálculos muito errados, de se terem agarrado a um ramo seco chamado Ossufo Momade, como os remediar?
Sabem, meus amigos, vocês foram os piores palhaços, piores mesmos do que o General Ossufo Momade a quem vocês se agarraram, convecendo-o que ele era o melhor, onde todos sabiam que era o pior.
Vocês agiram de forma egoísta e de má fé contra a pessoa que, efectivamente, por esta altura, provavelmente estivesse a fazer as eleições falarem outra língua. Eu e tantos outros chamamos atenção e fizemos uma verdadeira assessoria de borla ou seja, pela qual nem um centavo foram cobrados e vocês desprezaram tudo e todos.
Vão-nos dizer que vão manter o Ossufo Momade na liderança do partido ou terão de correr com ele da pior maneira?
Onde estão as pessoas que vocês organizaram para irem passar um dia inteiro a lerem monções cheias de "merda" no dito congresso de Alto Molocué?
Onde estão os Generais da Renamo que disseram que estavam com Ossufo Momade. Vocês comportaram-se como pessoas esquizofrénicas. O vosso salvador ou o salvador da Renamo, pelo menos no cenário político actual, era efectivamente Venâncio Mondlane mas, vocês, não só menosprezaram-no, assim como o humilharam de todas as formas e feitios.
No actual cenário, a quem hão-de ir buscar, com credibilidade, para vir reconstruir a Renamo, totalmente arrasada?
Eu vos alertei que a Frelimo vai-vos trucidar as cabeças. Já viaram?!...
Desde o dia da votação e do início da divulgação dos resultados eleitorais viraram pessoas clandestinas. Why?
Sem aquele espectáculo enfadonho de Alto Molocué, o trio com o qual a Renamo deveria ter ido às eleições é o seguinte:
1. Ossufo Momade - poderia ter sido mantido na cadeira de presidir o partido porque sei que este morre, baba-se todo ele pelos 70 milhões que a Renamo recebe do Estado. Ele preferia morrer do que abdicar de gerir o dinheiro, o tal com o qual Judas Escariote vendeu o filho do homem.
2. Venâncio Mondlane - teria sido o candidato da Renamo à corrida presidencial porque este, é muito bom para pôr a Frelimo a correr a a passar noites sem dormir.
3. Ivone Soares - teria sido indicada Secretária-geral da Renamo.
Durante a campanha, Ossufo Momade teria ido montar o seu Quartel-General na Zona Norte onde lidaria com os seus conterrâneos e vizinhos das 4 províncias, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa que, pelo número de eleitores, somente elas, podem levar qualquer um à vitória.
A Ivone Soares, revestida da capa de ser a sobrinha de Afonso Dlhakama, teria ido montar o seu Estado-Maior na Zona Centro do país onde, sendo de lá originária e a sua ligação com Dlhakama faria disso um factor de mobilização do voto de Tete, Manica e Sofala.
O Venâncio Mondlane melhor conhecedor dos antídotos matreiros do principal rival, a Frelimo, trataria de atacar o principal covil do seu adversário, o Sul do Save (Maputo, Gaza e Inhambane) pois, há um mito contra o qual todos os partidos da oposição deveriam lutar, aquela mentira de que Gaza não vota na oposição.
Está é uma mentira, uma aldrabice que tende a ser cimentada na mente das pessoas. Os gazenses votam em todos os partidos políticos. Entre o voto e o resultado, é onde há problemas.
A oposição moçambicana, desde 1994, perde eleições no Sul do Save. Ela vem do Norte e Centro a disputar as eleições de forma equilibrada entretanto, quando se atravessa o Save, tudo se desequilibra e, é exactamente aqui onde ela sempre perdeu as eleições mas, estranhamente, nunca se preocupou em resolver esse enigma.
Venâncio Mondlane finalmente tinha conseguido resolve-lo e, a conjugação do trabalho de Ossufo Momade, no Norte, de Ivone Soares no Centro e essencialmente de Venâncio Mondlane, no Sul, creio que haveria de obrigar o seu principal rival político a aumentar o número de noites sem sono e o número de horas diárias a correr e, como se depreende, sem contar com as adversidades provocadas pelos árbitros-jogadores chamados STAE/CNE e Conselho Constituconal.














DAMIÃO JOSÉ
Para quem estudou a História de Moçambique e dela se lembra, há uma parte que se refere às campanhas de ocupação efectiva de Moçambique a Sul do Save.
Há-de se recordar que as tropas coloniais portuguesas lideradas por Mouzinho de Albuquerque e Caldas Xavier usaram muito a táctica de perfilar as tropas em formato de um Quadrado, no meio do qual se instalava o comando e as peças de artilharia.
Caldas Xavier derrotou as tropas de Mahazule e Matibjana, na Batalha de Marracuene, vulgo Gwaza Muthine, usando a táctica do quadrado.
Essa disposição era apropriada para a tropa colonial se defender dos ataques das formações militares indígenas, maioritariamente equipada com azagaias, arcos e flexas, num modelo de guerra tradicional assente na luta corpo a corpo a qual, contra as modernas armas da época, de que os colonialistas dispunham, era óbvio que a tropa colonial de ocupação tivesse largas vantagens de, à distância, inflingir baixas as formações militares nativas e mal equipadas, sem sofrer nenhumas ou, sofrendo poucas.
Quando vi a entrevista de Damião José a dizer que "na próxima reunião do Comité Central terão de justificar porque é que não ganharam nos 65 municípios", vi na cara dele um modelo de pensar, típico do antigo modelo de dispor as tropas em formato de quadrado.
Este modelo de dispor as tropas para o combate já não é compatível com as guerras e armas modernas.
Parece-me que Damião José ainda não começou a ajustar o seu discurso em função do momento.
Os destinatários das mensagens de ontem, já não são os de hoje e, as mensagens de ontem continuarão, gradualmente a ter poucos ouvintes e, se não houver ajustes no discurso, é óbvio que continuaremos a assistir um modelo de governação assente em eleições similares às que estão em crise.
Damião José continua a proferir discursos arriscados, como se ele soubesse o que virá do Conselho Constituconal. O lugar que ele ocupa no partido, demanda outro tipo de abordagens diferentes das de um simples simpatizante ou membro do partido.
Há necessidade de ajustar o discurso de modo a prepará-lo para qualquer resultado que vier do Conselho Constituconal.
Damião José ainda não deu conta de que no rescaldo destas eleições, há muita gente que bem ou mal vai ter de ceder os seus lugares no Partido, na Comissão Política, no Comité Central e no Governo.
Damião José parece que ainda não percebeu isso.
Dizer que há pessoas que tentam manchar a imagem do partido revela que ele está aéreo, significa que ele ainda não percebeu que o partido está em crise resultante do exercício continuado do poder nos últimos 50 anos.
A corrosão na popularidade é óbvia, o povo de ontem já não é o povo de hoje e isso só não é percebido por quem não foi a escola ou foi mas era mau estudante, não apreendeu os conceitos ou finge que não os conhece.
Dizer que na Frelimo não há crise é mesmo que dizer ou cobrar que um estudante tenha a nota 20 valores de Janeiro a Novembro, é cobrar que o sol, a lua e a temperatura se mantenham com as mesmas características independentemente das épocas e das estações do ano, de Janeiro a Dezembro.
Damião José ainda não percebeu que o avião no qual sempre viaja, dependendo das zonas do globo que estiver a atravessar, da latitude e altitude em que está, terá a tendência a sofrer turbulências que as tripulações têm o cuidado de informar aos passageiros.
Damião José está a ver a Frelimo a dirigir e a governar o país ao estilo do Movimento Rectilíneo Uniforme em que a velocidade é constante, independentemente das épocas históricas e eventos sociais.
Damião José está a imaginar um povo numa relação com a Frelimo ao estilo desse Movimento Rectilíneo Uniforme que, efectivamente, só existe nos laboratórios. Na vida real, os movimentos vão sofrendo variações.
Não estou a imaginar o Damião José a sair de Quelimane a Maputo, via terrestre, ao longo da N1, numa viatura, e cobrar que faça essa viagem em Movimento Rectilíneo Uniforme.
Os nossos chefes devem saber ajustar-se, para o povo lhes seguir. De contrário, correm o risco de irem sozinhos numa direcção e o povo, sem liderança, ir noutra.
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A TURMA (parte) DA FACULDADE DE DIREITO DA UEM DE 1994.
Foi a turma menos numerosa que até aqui entrou naquela instituição. Eram apenas 70 vagas para aquele ano, das quais só foram preenchidas 64 cujos estudantes tiveram notas iguais ou superiores a 14 valores.
Ninguém com menos de 14 valores conseguiu vaga, naquele ano. Não se arrastou "malucos", só para preencherem as vagas que sobravam. Essa de que numa universidade se entra com qualquer nota, desde que se preencha as vagas, é coisa moderna.
Por termos sido a turma menos numerosa, salvas excepções, acabamo-nos tornando numa família unida e continuamos nos encontrando uma vez por ano, para conversa, divertimento, recordações, comes e bebes. Só não exibimos o que comemos e bebemos porque não é a essência dos nossos encontros mas sempre houve, em qualidade e quantidade. Ontem, 2 de Dezembro de 2023, foi mais um desses dias.
Muitos não estiveram devido a outras ocupações e missões de serviço, dentro e fora do país. Afinal, dessa turma, nasceram grandes profissionais e chefes.
De pé, da esquerda para a direita: Samuel Miambo, Sandra Mucavele, Bernardo Mathusse, Dionísio Madonela, Helena Kida, Almerino Chiziane e Abílio Mondlane.
Sentados: Vitalina Papadakis, Damião Cumbane, Levi Matlombe, Manuel Pereira, António Grispos, Zainadine Jamaldine, Luís Matsinhe, Marcelo Mazivila eJulio Cuamba a Ema Ritsuri chegou depois da sessão "oficial " das fotografias, por isso que não aparece.
Aproveitamos a ocasião para evocar a memória daqueles que tendo sido dessa famosa turma, Deus encurtou a sua peregrinação pela Terra.
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GILLES SISTAC:
Passam hoje 6 anos que deram destino ao Sistac. Foi numa manhã de 3 de Março de 2015 que foi calada uma voz cujo mal era de nos ajudar a abrir as cabeças. O seu saber, abertura ao saber e frontalidade incomodavam algumas pessoas. Ele morreu a defender que eram possíveis as Autarquias de nivel de Província. Na altura, alguns julgaram isso um escandalo nacional só que poucos anitos depois, lá está no todo ou em parte o modelo de governação local idealizado e defendido por Sistac.
Com Sistac morreu a cultura profissional do Direito Administrativo Moçambicano. Desde que Stac foi morto, se a minha memória não me trai, não mais voltou a ser publicada nenhuma obra na Área do Direito Administrativo e, se tiver havido, tal obra não é de referência e o seu autor, decerto que é um biscateiro que tem outras ocupações e que está a fazer tempo a espera de ser chamado para ocupar um cargo governativo.
Sistac tinha como única ou principal actividade a investigação e a cultura do saber administrativo-constitucional mas alguém decidiu que era melhor ficarmos como estamos, reduzindo a área do saber e alargando um pouco mais o campo da ignorância, a ignorância colectiva.
Aqui fica a "homenagem aos assassinos de Gilles Sistac pelo brilhante trabalho que prestaram à patria. Afinal, não devemos permitir que alguém incomode a nossa patria".
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PRESIDENCIAIS 2024
Não sei o que dizem os Estatutos da Renamo em matéria de cono alguém vira candidato do partido às Eleições Presidenciais mas, como elas estão à espreita, sou tentado a dizer que poderão ser as Eleições Presidenciais mais fáceis para o candidato da Frelimo, seja ele quem for.
Sempre que me cruzo com a fotografia de Ossufo Momade, pergunto a mim mesmo se é com ele que a Renamo irá às eleições presidenciais de 2024.
Todos conhecemos o ditado que diz " os homens não se medem aos palmos" mas, no caso deste cidadão, permitam-me dizer que o ditado não se aplica.
Ele só é presidenciavel porque qualquer pessoa maior de idade, sem qualquer impedimento legal também pode sê-lo mas, perdoem-me os membros e simpatizantes da Renamo: Ossufo Momade me parece um homem off, down para sonhar concorrer à presidência.
Eu sempre o equiparei a uma viatura que na estrada, de repente vira um obstáculo móvel. Não anda e nem se deixa ultrapassar.
Não sei se alguém conseguirá me convencer que ele seja o homem ideal para disputar as eleições presidenciais com o candidato que virá da Frelimo. Eu tenho imensas dúvidas para colocar isso como uma possibilidade.
Se tiver de ser ele, antecipo apresentar os meus votos de bom luto. Vai-se chorar.
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ALBERTO NKUTUMULA: Nunca mais se voltou ouvir, falar-se nele, assim como eu nunca soube, nem percebi, as razões, nem a forma como foi sacudido e deitado fora.
Não tenho informação de o mesmo ter cometido grandes pecados, erros de gestão, incompetência, desvios de recursos do Estado, nem me consta que tenha alguma processo no GCCC, a ponto de ter sido irradiado das esferas de gestão politico-públicas num país que, mesmo com dirigentes publicamente problemáticos, nos habituou a fazer passear tais dirigentes extravagantes, de instituição em instituição e, cada sítio por onde passam, estragam mas, mesmo assim, continuam a merecer confiança daqueles que, de tempos a tempos sao "os donos da situação".
Também é público que temos velhos, mas bem velhos que, o que lhes falta é irem ao gabinete de carrinho de rodas, não por doença, mas sim, por excesso de velhice os quais, sem revelarem competência excepcional continuam a merecer confiança e amparo para continuarem a dirigir, quando podem, ou a saquear, quando lhes convier. São estas e outras coisas e razões que me levam a perguntar, afinal, que pecado capital foi cometido por este jovem, então Ministro da Juventude e Desportos, a ponto de ter sido sacudido no decurso do mandato passado e nunca mais se ter voltado a ouvir falar nele? Que pecado ou que riscos intransponíveis pisou para ter sido condenado à "prisão perpétua " de não mais lhe ter sido dadas outras oportunidades, como nos habituaram? Até Samito que pisou a bom pisar os calos de muitos chefes e alguns "donos da situação", não foi colocado no Deserto do Sahara como estão a fazer com o Nkutumula.
Eu me recordo do Nkutumula como um homem competente, comedido, cauteloso, de poucas palavras e de nenhumas tagarelices e, nas suas aparições públicas, mesmo antes de ser Ministro, via -se que ele era homem inteligente e, se não me engano, chegou a ser porta-voz do Conselho de Ministros.
Só para recordar a alguns, o pai do então Ministro Alberto Nkutumula era um Juiz de Direito que morreu baleado, juntamente com a esposa, em circunstâncias que nunca foram esclarecidas, quando, no início dos anos 90 do século passado tinha, em suas mãos aquilo que hoje se designa de "Processos quentes".
Houve ou há vozes a dizer que os tiros visavam apagar a vida do juiz e dos processos que tinha em suas mãos.
Verdade ou não, é caso para dizer que, efectivamente, um azar nunca vem só. O primeiro azar para Alberto Nkutumula foi de ter perdido os pais, como os perdeu, ter feito uma verdadeira atravessia do deserto para estudar e se fazer homem e, por fim, terem lhe levado a fazer voos altos, quando lhe tinham colocado asas coladas com cerra.
A propósito, quem se recorda do Texto "O porco e o milhafre"? Só gente daquele tempos, como o professor Alfredo Chambule ..
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Antonio A. S. Kawaria, Munguambe Nietzsche e a 213 outras pessoas
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OS EQUÍVOCOS DO TOMÁS VIEIRA MÁRIO (TVM)
Gosto de acompanhar os comentários de TVM e, foi em mais uma dessas jornadas que me deparei com os equivocos dele a respeito da sua abordagem sobre as subidas das taxas relacionadas com os mortos, aprovadas pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
Diz ele que a contestação ou indignação àqueles aumentos alguns em níveis de 500% é um falso problema da "Malta do Facebook e Whatsaap ", pretendendo dizer ele que é um Não Assunto para gente de Chamanculo, Xipamanine, Minkadjuine, Inhagoie, Maxaquene, Hulene, Magoanine, Polana Caniço e tantos outros bairros habitados por gente que não usa Whatsaap e Facebook.
Diz ele que os mais carenciados terão isenções àquelas novas taxas, devendo para isso apresentarem o Atestado de Pobreza. Aqui, o bom do TVM talvez nem saiba que qualquer declaração, emitida pelas estruturas de bairro, paga-se.
Em caso de morte não sei quanto tempo se levaria até se ter tal declaração. Ademais, essas declarações acho que serão mais uma fonte para roubar às pessoas, para a sua obtenção porque vão custar mil e um refrescos para a sua emissão.
Mais ainda o nosso TVM não nos explicou a razão pela qual dezenas de cadáveres são semanalmente levados e enterrados em desonra, na vala comum.
O bom do TVM equivocou-se ao dizer que a contestação às novas taxas ligadas à morte era assunto do Facebook e Whatsaap.
Já agora, quanta gente tinha televisor quando TVM começou a fazer comentários nas televisões?
Em 1992, quando TVM cobriu o Acordo Geral de Paz, directamente de Roma, quanta gente tinha Televisor e rádio Xirico neste país? Será que o seu trabalho foi fútil só porque pouca gente tinha meios para o acompanhar?
Só para recordar, o TVM já fez parte de paineis de debates em muitas televisões nomeadamente Televisão de Moçambique e STV onde esteve lado a lado com comentadores como Salomão Moioana, Jaime Macuana, Ercínio de Salema, Fernando Lima e tantos outros.
Todos eles, por diversas razões, foram excomungados desses programas de Televisão entretanto, neles se manteve o TVM. Intocável.
Ninguém duvida que TVM seja um dos jornalistas mais privilegiados do sistema de governação vigente.
Os bandidos que raptaram e partiram pernas ao Ercínio Ericino de Salema e José Jaime Macuane, ao nosso TVM se poderia dizer que apenas lhe acenaram a mão, à boa moda de quem diz " oi brada, como está?"
Depois de agredirem os seus colegas dos painéis de televisão, TVM assumiu as rédeas de um programa de diálogo em monólogo, no qual ele falava sozinho. Na altura, eu sugeri nesta plataforma que o TVM em jeito de protesto contra as agressões e raptos dos seus colegas de painel, ele deveria recusar fazer o programa Pontos de Vista da STV, sozinho.
Mais ainda, o TVM na sua abordagem sobre os Whatsaapeiros e Facebookeiros, os tais privilegiados que não representam ninguém, contrariou o Senhor Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário que um dia disse à Imprensa que " As Redes Sociais são um meio de alargamento do Debate Democratico".
TVM devia contentar-se por fazer parte das pessoas mais privilegiadas deste país. Há tantos outros jornalistas que gostariam de ser como ele, ter os seus privilégios no seio do sistema econômico, políticos e social instituído.
Se há jornalista sem motivos para reclamar, o TVM à par do outro compatriota, Gustavo Mavie são desses. O Sol não tem como nascer da mesma maneira para todos. Os dedos duma mão nunca são iguais. Se forem, só pode ser por razões de amputação por cirurgia ou acidente.
Tomara que todo o José Povinho tivesse um décimo da vida que o nosso bom TVM leva.
Já agora, TVM, se o CMCM aumentou as taxas ligadas aos mortos nalguns casos em quase 500% qual seria a sua proposta sobre a percentagem no aumento dos Salários Minimos?
Creo que a malta que não é do Facebook e Whatsaap está cansada de ficar meses a acompanhar debates simulatórios nos quais, no fim se anuncia o aumento de 5 a 10% nos salários minimos que partem de 4.360 a 12.000.
Que tal se se seguisse o exemplo do CMCM e alguns, só alguns salários minimos pudessem sofrer aumente de 50, 100, 300, 400 ou 500%?
Em suma:
O meu compatriota Tomás Vieira Mário, esteve muito equivocado na sua abordagem sobre as Taxas dos Mortos.
Não é assunto de Facebookeiros ou Whatsaapeiro. É assunto do Povo. Aquele povo que dorme sem comer. Aquele Povo que vive na periferia. Aquele Povo que não sabe o que é polir este ou aquele para poder viver bem. Aquele Povo que não cabe nas células dos Partidos como Frelimo, Renamo e MDM porque os membros destes partidos têm onde e como falar e expor as suas opiniões. A maioria do Povo não faz parte dessas organizações daí que não tem como estar na rota dos privilegios que o pais oferece muito menos poder ser ouvido
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ANTÓNIO HAMA THAY: é um regalo ver este General, Combatete da Luta de Libertação Nacional, Combatente da Defesa da Soberania e Democracia, Professor, Phd, dirigente, militante da Frelimo etc. etc.
Quem o viu ontem, dia 16 de Junho, a ser entrevistado por Olívia Massango, na STV se não pensa como eu penso ou não viu o que eu vi e ouvi, a culpa é dele porque em Moçambique há lugar para tudo e todos, as boas e as más coisas.
Creio que a Olívia Massango ficou surpreendida diante dum Hama Thay endiabrado, que lhe foi descarregando tanto conhecimento, muito acima do que ela poderia esperar. Como se diz na linguagem popular, Hama Thay era tanta areia para a camioneta da Olívia Massango.
Eu, sentado a assistir disse à minha família: olhem para um homem inteligente a falar na Televisão, sem ser papagaio, sem precisar de mencionar nome ou clarividência de quem quer que fosse, falou e deu cartas para convencer que sabe e sabe muito. Fala com propriedade e lógica. Não sei se ele cresceu muito ou o país atrofiou-se a ponto de não haver melhor espaço para ele mas ele ainda tem saúde, inteligência e sabedoria para, presentemente ser mais do que o que lhe reservam.
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FELICIANO GUNDANA
Fez ontem, 15 de Janeiro, 82 anos de idade.
Feliciano Gundana é uma das poucas relíquias de que a Frelimo ainda se deve orgulhar.
É das poucas pessoas que ainda está em condições de falar da Fundação da Frente de Libertação de Moçambique com propriedade. Ele não ouviu. Ele esteve lá. Se ele quiser dizer-nos todas as verdades, pode fazê-lo com legitimidade.
Antes da Fundação de Frelimo, ele era membro da UDENAMO, um dos 3 movimentos que, juntamente com a UNAMI e MANU esteveram na fundação da Frente de Libertação de Moçambique de Moçambique (FRELIMO).
Ele Conseguiu fazer a transição da UDENAMO para a FRELIMO, viveu e sobreviveu a toda as vicissitudes, tempestade e depurações que marcaram a história da FRELIMO, até a proclamação da Independência Nacional tendo, no novo Estado, ocupado vários cargos governativos bem assim no Partido Frelimo.
Eu tive o privilégio de trabalhar com ele, bem lado a lado, num desses cargos.
Sem pretender beliscar ou pequenizar outros dirigentes superiores do Estado com os quais tive o privilégio de trabalhar, digo sem precisar de pensar muito que foi o dirigente mais íntegro e honesto com o qual trabalhei e é pena que o Partido Frelimo de hoje não seja capaz de reproduzir quadros como Feliciano Gundana e no seu lugar esteja a reproduzir e multiplicar labisgoias.
Este homem, Feliciano Gundana, é um caso excepcionalmente à parte: metódico e muito calmo, um dirigente daqueles que não precisa de te chamar atenção, casos descarriles, tu percebes sozinho que estás fora da linha e se ele tiver de te chamar atenção, fa-lo-á sem que as pessoas deiam conta disso.
Nunca vi Feliciano Gundana a berrar para quem quer que fosse, ninca o vi com rugas na cara muito menos vê-lo exaltado ou mesmo atrapalhado.
Guardo alguns exemplos da sua honestidade e respeito pelo bem público de tal forma que, quando viajasse, o dinheiro das Ajudas de Custo que lhe sobrasse, ele o devolvia à instituição, quando chegasse numa província e fosse hospedado numa Casa de Hóspedes, de uma instituição do Estado, no fim pagava a conta da hospedagem, mesmo quando os gestores da casa, que são do Estado e a casa é do Estado, lhe pedissem para não pagar ele fazia questão de exigir fazer o pagamento do valor da hospedagem e cobrava o respectivo recibo para ter certeza de que o dinheiro entrou nas contas ou registos da instituição e se os seus gestores quisessem apropriar dele, teriam de fazer outro tipo de ginástica.
Apesar de ser militante fundador da Frente de Libertação de Moçambique e ter sido governante até há poucos anos, nunca se ouviu o seu nome envolvido em nenhuma batota ou escândalo de corrupção. Diferentemente de outros fundadores da Frente de Libertação de Moçambique que tinham o hábito de vir à praça pública para nos informarem ou tagarelarem que eles é que são a FRELIMO, nunca ninguém ouviu Feliciano Gundana proferir tamanhas palavras.
Este espaçozinho, é tão pequeno para se fazer um resumo, por mais resumido que seja, da pessoa de Feliciano Gundana.
Aos seus filhos arrisco dizer que devem sentir orgulho de terem nascido, criados e sido formados às mãos de um pai íntegro e com mãos limpas.
FELIZ ANIVERSÁRIO, FELICIANO GUNDANA
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YAQUB SIBIDY
Está numa ofensiva, em todas as frentes, contra Venâncio Mondlane.
Parece tratar-se de um problema pessoal, ao estilo de uma pessoa que lhe foi arrancada a sua esposa ainda a querendo.
Quem ataca mais o Venâncio Mondlane não são militantes ou membros da Renamo ou da Frelimo que teriam bastantes motivos para o fazer mas não o fazem.
É o Yaqub Sibindy, o Presidente do PIMO (partido individual de Moçambique) que está numa guerra sem quartel contra VM.
Que pecado o VM cometeu, contra o Sibindy, a ponto de este sentir-se o mais ofendido do que os militantes e membros activos da Renamo?
O anúncio de VM de que vai disputar a presidência do partido de que é quadro, não ofendeu os Estatutos da Renamo, não ofendeu nenhuma lei, muito menos a Constituição da República.
O próprio desafiado, o Ossufo Momade está calmo, como calmo sempre foi, o Manteguinha derreteu ao intenso calor deste Janeiro, a Secretária geral deu conta da brasa em que se atirou e recuou para calar ou para mudar de estratégia e fazer operações menos vistosas a favor do vulgo Mafutha.
Os demais militantes e membros da Renamo estão no silêncio ou a agir de forma discreta e, por ironia do destino, é o Presidente de um partido que efectivamente não existe, a cair em cima de um simples pretendente a um cargo num outro partido.
Afinal, qual é o problema do Yaqub Sibindy com o VM porque eu ainda não o consigo decifrar?
Quem deveria estar a atacar VM seria a Renamo, através da ala do Mafutha e a Frelimo pois, VM à frente da Renamo pode tornar este partido muito mais perigoso do que sob direcção do actual lider da Renamo.
Yaqub Sibindy deveria deixar que os militantes e membros da Renamo se digladiem, entre eles e, no fim nos vão dar o resultado.
Quem deve escolher ou votar no novo Presidente da Renamo são os membros e militantes da Renamo e, mesmo que nesse conclave seja convidado Yakub Sibindy, não terá qualquer direito à palavra sobre a agenda de trabalhos. O único direito que vai poder ter será o de acesso ao almoço e lanches quando se estiver na hora para isso.
Se Sibindy é presidente de um partido da oposição, por razões óbvias, o seu adversário político seria o partido governante, a não ser que assuma uma coligação com este mas, mesmo nessa possibilidade, seria mais sensato que fossem os donos do partido a combaterem os seus adversários do que um chamado de ocasião.
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NÃO SEI SE, SE CHAMA GILDER OU GIL
A primeira vez que este jovem e figura pública me chamou atenção, foi quando numa casualidade liguei uma estação de televisão onde o debate era a Tabela Salarial Única, vulgo TSU.
Vi o jovem fazendo afirmações e a as defendendo com garras e dentes, segundo as quais a Renamo é que era a responsável pelos erros que estavam a caracterizar a implementação da TSU.
Confesso que não entendi o alcance das suas insistentes e inusitadas afirmações acusando a Renamo de ser a responsável pelos erros da TSU mas como nunca tive qualquer legitimidade para interceder em nome da Renamo, fiquei matutando sozinho sobre o alcance das suas declarações pois, não creio que qualquer membro ou simpatizante da Renamo tenha tido o privilégio de lhe ter sido confiada a missão de conceber e implementar a TSU.
Desde esse episódio, passei a prestar mais atenção às suas abordagens na televisão ou televisões.
Recentemente, voltei a vê-lo em sucessivos programas da TV Sucesso lançando farpas contra o Teodato Hunguana, Graça Machel e Samora Machel Junior a despeito das cartas que dirigiram aos seus camaradas do partido. Eram farpas bem pontiagudas.
Há dias, vi-o acusando o Venâncio Mondlane de pretender arredar Ossufo Momad da liderança da Renamo, ao promover e liderar as manifestações de repúdio aos resultados eleitorais na Cidadede Maputo.
Na mesma ocasião, também espalhou ferroadas contra Manuel de Araújo e António Muchanga imputando-lhes as mesmas acusações ou seja, o inconformismo deles quanto aos resultados eleitorais tinha em vista derrubar Ossufo Momade da liderança da perdiz.
Desta feita fiquei sem saber se ele era o mandatário de Ossufo Momade para amedrontar ou chamar atenção ao Venâncio Mondlane, Manuel de Araújo e António Muchanga ou, ele apenas era um mandatário de qualquer outra força política que estava a usar a velha técnica de dividir ou provocar intrigas para reinar pois, não seria mero acaso pretender pôr em colisão Venâncio Mondlane, Manuel de Araújo e António Muchanga contra Ossufo Momade.
Também fiquei sem saber se ele era membro da Renamo, defendendo a ala do seu presidente, no caso, Ossufo Momade.
No programa da TV Sucesso, de ontem, 14 de Novembro, no qual o tema era sobre os pecados do Bispo D. Inácio Matsinhe para com a Igreja Anglicana, na gestão do processo eleitoral, vi o jovem a fazer acusações ao Conselho dos Bispos Anglicanos (não conheço o nome real do órgão) de pretenderem derrubar o Bispo da Eleições.
Acusou ainda os pares do Bispo D. Inácio Matsinhe de estarem a receber financiamento dos países ocidentais entre outras declarações bem perigosas e provocatórias contra os Bispos Anglicanos de Moçambique e Angola.
Não sei se as acusações que ele fez aos Bispos Anglicanos partiram da sua cabeça ou foi mandado para as divulgar publicamente mas fiquei na duvida sobre se ele estaria em condições de provar o que falou contra os Bispos Anglicanos ou apenas foram declarações políticas de ocasião.
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