A MÃE DAS FRAUDES
Se alguém perguntasse o que é que nos levou para onde encontramos, a minha resposta seria a seguinte:
Há na pátria amada muita gente que não sabe viver fora da política e do poder.
Essa gente, fora das esferas do poder, perde-se, fica tonta e desnorteada. Vira NADA. A única forma de se ter e manter esse tipo de gente com visibilidade e relevância é ela estar, indefinidamente, do lado e no poder e, como sempre se acostumou a viver do lado e no poder, a forma de se auto-defender e manter-se nesse status quo é procurar multiplicar-se, fazendo-se rodear de seguidores incondicionais cuja lealdade se busca na disponibilização de migalhas. É desse modo que este punhado de migalheiros serve de tampão, separando aqueles que não sabem viver fora do poder e o restante povo, excluido e proibido de sonhar e pensar.
O engendramento de fraudes, nas quais se joga os migalheiros, no final do dia visa proteger e dar guarida àqueles que não conseguem viver desprovidos de poder e, o incremento das fraudes eleitorais tem em vista dar oportunidades àqueles que não sendo capazes de viver fora do poder, vão-se multiplicando com a procriação e, cada cria, precisa de ter um espaço à sombra do poder. É nesse contexto que essa gente não tolera repartir o perder, muito menos perde-lo e, chegados aqui, percebe-se porque é que gente que não consegue viver fora do poder joga tudo, desde dinheiro de origem criminosa, rituais de diversa natureza, disponibilização e distribuição de carne humana, de modo a assegurar um lugar nas esferas partidárias, nas autarquias, na Assembleia da República e em qualquer lugar onde se fareja dinheiro e poder.
Se as pessoas que não sabem viver fora do poder, soubessem viver fora do poder ou, no mínimo soubessem partilhar o poder, Moçambique seria um país saudável social, política e economicamente, para todos mas, não é o que foi acontecendo.
Criou-se uma sociedade que de um lado se tem os detentores do poder que se multiplicam entre eles e, do outro, estão aqueles que independentemente do seu saber e empenho, à moda das castas indianas, estão condenados a não sair da sua casta.
São as duas castas moçambicanas que hoje se digladiam indirectamente nas ruas , numa luta na qual a Justiça Eleitoral é um mero pretexto para um ajuste de contas de que há muito se aguardava.
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Emilio Alberto
Psuatwala bem funtsi khanimambo.
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O TEATRO DA DOUTORA LÚCIA RIBEIRO E SEU CONSELHO CONSTITUCIONAL
Eu julguei enfadonha e escusada aquela suposta abertura de portas para a Imprensa acompanhar ou ver in loco o "trabalho" de apuramento dos resultados que está sendo feito.
Não é por ali que aquela instituição vai deixar de ser fábrica de batota e, quem trabalha numa fábrica da batota, não tem como não ser batoteiro.
De que vale à esposa de César ouvir a campainha da porta a tocar e, em acto contínuo, suspender o trato que estava tendo com um alguém e dirigir-se à porta, para ir atender quem está tocando a campainha e, com ele conversar, como se nada de ruim estivesse a acontecer.
A Dra. Lúcia Ribeiro descurou que ao montar aquele gestozinho, em nada libertará a instituição por ela dirigida, de ser uma instituição que, nas eleições autárquicas de 2023, desacreditou-se, confundiu-se com outras associações vocacionadas ao cometimento de outros tipo de crimes.
De forma consciente, a instituição da Dra. Lúcia Ribeiro empenhou-se na produção intencional de resultados probmáticos, sob escumalha de as suas deliberações serem irrecoriveis e, nem que fossem recorriveis, quem apreciaria os recursos seriam os mesmos pecadores, produtores e inventores dos resultados em crise.
A Dra. Lúcia Ribeiro e o seu Conselho Constituconal não se devem sentir fora da responsabilidade pela situação que o país, ora vive. Eles devem sentir-se mergulhando na piscina cheia de sangue, eles devem sentir-se trinchando picanha, bacalhau e um bom vinho, perante as feridas abertas e ligaduras ensanguentadas das vítimas que a sua conduta produziu.
Ela e os seus, foram os principais responsáveis da actual crise que vivemos.
Foi a instituição da Dra. Lúcia Ribeiro que animou e incentivou os bandoleiros que estiveram na origem dos resultados eleitorais fraudulentos de 2023 e, decorrente disso, os matrapilhos sentiram-se em posição altamente confortavel e privilegiada e, partiram para investidas nas quais colocaram a fasquia muito acima do inimaginável.
O Conselho Constitucional dirigido pela Dra. Lúcia Ribeiro mostrou-se ser uma instituição totalmente incapacitada para dirigir processos eleitorais com honestidade, primeiro pela sua génese partidária, segundo pela vocação para a desonestidade intencional demonstrada e, aquela proposta de lei de alteração das regalias para ela e os restantes artistas da banda musical denominada Conselho Constituconal, não passou de uma cobrança insana, de exigência imoral de pagamento pelo brilhante trabalho feito em prol da batota, batota feita com arrogância, perante os olhos de toda a gente.
A batota eleitoral de 2023, desprovida de qualquer pudor e vergonha é que serviu de combustível que ficou armazenado durante um ano inteiro a espera do isqueiro ou palito de fósforo e, como os macacos não conhecem a perigosidade dos mesmos, quando próximos aos tanques de gasolina, lá se foram e puseram-se a brincar, fazendo fogo junto de recipientes com gasolina e, agora que tudo anda aceso os macacos procuram encontrar os responsáveis pelo fogo por todos os lados, menos entre eles e do lado onde eles se encontram.
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Mirex Dalaximiro Chivulele
Desta vez acabou Moçambicanos lúcidos
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