terça-feira, 12 de novembro de 2024

Morreu Rafael Omar, jornalista e editor no emissor provincial da RM em Nampula

 

Obituário: Morreu Rafael Omar, jornalista e editor no emissor provincial da RM em Nampula

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Perdeu a vida na noite desta terça-feira (12), o jornalista e editor no Emissor Provincial da Rádio Moçambique em Nampula, Rafael Domingos Omar, vítima de doença prolongada.

O Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) emitiu uma mensagem de condolências pelo desaparecimento físico do jornalista Rafael Omar.

Ainda de acordo com a nota, Rafael Omar, foi membro do Conselho Nacional do SNJ, até à Conferência Nacional realizada em Julho de 2023 em Sofala, no centro do país.

A mesma nota acrescenta que, em vida, Rafael Omar deu um importante contributo na formação de jovens jornalistas, sobretudo em Nampula, e participou activamente em actividades do SNJ, o que levou a sua eleição para assumir responsabilidades em diferentes órgãos sociais do sindicato.

Neste momento, de dor e consternação, o Jornal NGANI, endereça as sentidas condolências à família enlutada e que a alma do finado descanse em paz. (Agostinho Miguel) 

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Sociedade

Moçambique recebe embarcações de intercepção rápida para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado

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O governo da Índia enviou duas embarcações de intercepção rápida (FICs) para fortalecer o combate à insurgência  em Cabo Delgado, que desde 2017 vem criando dor e luto nas comunidades daquela província nortenha de Moçambique.

A entrega oficial teve lugar no último sábado, no porto de Nacala, numa cerimónia que contou com a presença de altos chefes militares de ambos os países.

As embarcações, com propulsão a jato de água, são capazes de atingir uma velocidade de 45 nós e têm um alcance de 200 milhas náuticas. Elas são equipadas com metralhadoras e cabinas à prova de bala, oferecendo uma poderosa ferramenta para combater o terrorismo marítimo na região, que tem sido uma das principais frentes de ataque dos insurgentes.

Com uma tripulação de cinco pessoas, as FICs vão ajudar Moçambique a enfrentar as ameaças de grupos extremistas ligados ao Estado Islâmico, que têm utilizado o litoral para lançar ataques e infiltrar armas e recursos. 

O gesto faz parte do compromisso contínuo da Índia em fortalecer a segurança na região do Oceano Índico, onde cresce a preocupação com o terrorismo marítimo, pirataria e tráfico de drogas.

A Índia já havia enviado embarcações similares em 2019 e 2022, e continua a oferecer apoio à capacitação das forças de segurança marítima de Moçambique. (Lourenço Soares)

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Sociedade

Dezassete professores clamam por salários há mais de seis meses em Rapale

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Um total de 17 professores de diferentes estabelecimentos de ensino, ao nível do distrito de Rapale, na província de Nampula, está de costas voltadas com o Serviço Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) daquele distrito que dista a cerca de 18 quilómetros do centro da cidade de Nampula, devido ao não pagamento dos seus ordenados, há mais de 6 meses.

NGANI apurou que o problema afecta na sua maioria docentes N4, contratados nos anos de 2022 e 2023 para colmatar o défice de professores naquela circunscrição geográfica, visando reduzir a pressão dos serviços, no caso concreto o rácio professor–aluno, um fenómeno que tem estado a contribuir de forma significativa  para a fraca qualidade de ensino no país. 

Dados na posse do NGANI referem ainda que, desde que os visados foram contratados, o atraso no pagamento de salários por parte dos órgãos de tutela, tem sido recorrente e o problema agravou-se este ano, de Maio a esta parte.

No período em referência o SDEJT de Rapale deve aos educadores 2 milhões de meticais.

“Nos primeiros meses, recebemos regularmente. Só que desde 2023, estamos a enfrentar dificuldades e o problema agravou-se este ano. De Maio a Outubro, nem sequer vimos tostão nas nossas contas”, disseram. 

Os queixosos dizem sentir-se injustiçados, porque os recém-contratados já não tem problemas de ordem administrativa e suspeitam que haja uma rede que se dedica a esquemas de corrupção.“ Não é normal, sermos os primeiros sacrificados. Os colegas que chegaram ontem já não tem problemas de ordem administrativa e não restam dúvidas de que alguém está a facilitar o processo de enquadramento”, denunciaram.

Segundo os visados, a situação em causa tem vindo a trazer repercussões negativas na sua vida, uma vez que, a profissão é a única forma de ganhar  a vida.

“Estamos a passar mal, porque torna difícil ficar 6 meses sem salários tendo em conta que temos famílias que dependem de nós. Outros colegas já largaram a profissão e praticam actividades de táxi-mota para conseguir comida e outras necessidades básicas”, revelou um dos visados que decidiu falar em anonimato. 

“Para o meu lado, tenho muitas dívidas. Não sei, se não vão levar a minha casa. Nos últimos dias, os agiotas já negam emprestar dinheiro porque estão cansados das minhas promessas incumpridas. Aliás, para alimentar-me tenho estado a recorrer aos meus familiares e pessoas de boa fe”, acrescentou o outro.

Gulamo (nome fictício) revelou ao NGANI que o problema da falta de salário tem estado a comprometer os seus estudos. 

“Com este problema não consigo pagar as propinas na faculdade. Às vezes o meu pai é que me ajuda, mas não compensa tendo em conta que ele tem as suas necessidades. Não é só este caso. Para sair de casa para o serviço tenho que implorar o apoio dos meus amigos e vizinhos em valores monetários para transporte, uma vez que, trabalho a  15km da vila de Rapale”, frisou.

Pedimos paciência 

O chefe do departamento dos Recursos Humanos (RH) no Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) de Rapale, Ranguisse João Jorge Ranguisse, reconheceu o imbróglio e diz que o mesmo tem que ver com o processo de enquadramento na folha salarial, apesar de ser um caso fora da sua alçada. 

“Nos anos de 2022 e 2023 tivemos 76 professores com os mesmos problemas, (atraso no pagamento dos salários), mas até aqui só ficamos com 9 colegas que não entraram na folha salarial, dos 17 que reivindicam o dinheiro. Com a introdução do novo sistema os funcionários entram na folha com a permissão do ministério”, disse. Ranguisse acrescentou que a falta de salários por parte deste grupo de professores está relacionada com o atraso na libertação dos fundos, uma vez que, os educadores são pagos na base da folha salarial paralela. 

“Se um colega não consta na folha de salário, temos uma outra folha chamada paralela que parte  da criação da Programação Financeira, vulgo PF, junto do sistema e entregamos o relatório à contabilidade pública na direcção provincial da economia e finanças e por sua vez, esta encaminha o expediente à tesouraria para que haja libertação dos fundos. Neste caso, estamos desde Maio que os fundos não foram libertos e é difícil explicar os colegas sobre o caso, tendo em conta que se trata de um problema que leva meses. Pedimos paciência a eles”, sublinhou. 

O chefe do departamento dos Recursos Humanos não revelou o dia do pagamento, todavia,  assegurou que, trabalhos estão em curso com vista a sanar este problema. 

“Como instituição estamos a insistir junto da tesouraria e assim que libertarem os fundos faremos os pagamentos aos colegas. Concordamos com eles porque estão a passar fome. Desde Maio até hoje é muito tempo e na próxima semana vamos enviar a lista dos professores em falta ao Secretário de Estado para encaminhar ao ministério visando a confirmação do enquadramento desses nossos colegas”, assegurou. (Agostinho Miguel)

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Eleições Gerais 2024

Angoche: Detidos três indivíduos em conexão com incêndio de casas em Namitoria

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Depois de  NGANI ter publicado a informação sobre um incêndio que consumiu por completo uma dezena de casas na sua maioria de construção precária, ocorrido no posto administrativo de Namitória no distrito de Angoche, na madrugada de quinta-feira ultima (31) eis que, na tarde desta sexta-feira (1), a Policia da República de Moçambique, (PRM) em Nampula veio a público anunciar a detecção de três indivíduos em conexão com infrutinio.

Dercio Amandio Samuel, chefe das relações públicas no comando provincial da PRM em Nampula, informou que, a detenção dos indivíduos, resulta do trabalho operativo desencadeado pela polícia, neste ponto país, visando manter a ordem e tranquilidade públicas.

Samuel assegurou que a corporação policial está a trabalhar para apurar as reais motivações que levaram com que aquele grupo  supostamente pertencente ao partido PODEMOS, praticasse acção.

“A polícia confirma o incêndio de 7 casas. No entanto, já conseguimos capturar três indivíduos que neste momento, estão na fase de interrogatório para se apurar as reais causas que levaram a praticar tais actos”, revelou.

Dercio Samuel informou que, por conta do sucedido, inúmeras famílias encontram-se neste momento sem abrigo clamando por ajuda.

“Neste incêndio não houve vítimas humanas, apenas materiais, razão pela qual inúmeras famílias estão ao relento. Gostaria de aproveitar a imprensa para condenar estas atitudes levadas a cabo pelos membros do PODEMOS, porque, para além de criar desordem, promove a desgraça no seio das comunidades”, instou.

Na mesma ocasião, o chefe do departamento das relações públicas no comando provincial da PRM em Nampula, frisou que a polícia não está contra as manifestações convocadas pelo candidato presidencial do partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, mas actos de vandalismo.

“A  polícia visa proteger qualquer cidadão, independentemente de cor partidária. Se as manifestações ocorressem em ambiente de paz, os membros da corporação não iriam recorrer ao gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes”, disse. (Agostinho Miguel)

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