Semanário Savana 1490 de 29.07.2022
Posted on 02/08/2022 at 16:06 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Saipem diz que Projecto Moçambique LNG só Poderá ser Retomado em 2023. Contrato de Construção Será Revisto
A TotalEnergies não deverá reiniciar os trabalhos no projecto de LNG em Moçambique este ano e, quando o fizer, estará sob um contrato revisto. A ‘força maior’ não será levantada antes de 2023, no mínimo, mas, ainda assim, a empresa diz que o contrato de aprovisionamento e construção de grande parte do projecto Moçambique LNG será renovado com vista a enquadrar-se na actual conjuntura.
Em Junho de 2019, uma joint venture entre a Saipem, o empreiteiro americano McDermott International e a empresa de engenharia japonesa Chiyoda alinhou-se num projecto de engenharia, aquisição e construção das duas unidades de liquefação do projecto de gás natural liquefeito em Afungi, na província de Cabo Delgado, em Moçambique. Contudo, os trabalhadores foram evacuados daquela localidade, em Dezembro de 2020, devido à ameaça levada a cabo pelos insurgentes islamistas, situação que levou a que a TotalEnergies declarasse ‘razão de força maior’ para parar os trabalhos.
Posted on 02/08/2022 at 12:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
E prontos, o general falou
Por ME Mabunda
E prontos, o general falou e disse. Alto e bom tom. Não falou nos corredores, não murmurou, não intrigou, não boatou, não cochichou, não enviou mensagens abstractas ou mensageiros...recados! Não. Disse-o publicamente, em fórum de palestra, repleta de audiência diversa entre juventude partidária da Frelimo, militantes da mesma formação, intelectuais orgânicos e não orgânicos e curiosos. E com cobertura jornalística integral diversa. Portanto, disse-o para o mundo inteiro e de boca cheia para ser ouvido. Para todos os quadrantes. Primeiro, para Moçambique, para os moçambicanos em geral e para os seus correligionários, os militantes da Frelimo; depois e, segundamente, como diria Odorico Paraguaçu, para o Mundo.
Pronto, está dito e bem dito: em Moçambique, temos tribalismo! Não é etnicismo nenhum, mas tribalismo!
Quando todos pensávamos que estávamos a caminhar para a construção de uma nação una e indivisível, onde reinasse a unidade nacional e o interesse nacional; quando pensávamos que o nobre projecto que a Frente de Libertação de Moçambique propôs, nos primórdios da década de 60 do século XX, a todos os moçambicanos e estes o abraçaram, acolheram, incubaram, acarinharam e fizeram-no crescer. Acreditavam que era o melhor para Moçambique: o processo de “matar a tribo para o surgimento da nação”; quando pensávamos que estávamos a caminhar determinantemente para uma nação unida na sua diversidade…
Eis-nos o General a dizer, preto no branco, que estamos profundamente equivocados! Errados! Que há tribalismo em Moçambique! E ponto final.
Digam o que disserem os interpretantes, os hermeneutas, os tradutores, os linguistas, os semiólogos, os cientistas políticos, os intelectuais, os estudiosos… os comentaristas, analistas ou jornalistas… mais palavra, menos palavra, o general disse o que lhe ia na alma. E prontos. E pediu desculpas quando começou a dizer o que queria dizer e quando terminou de dizer o que queria dizer. Chamou os bois pelos próprios nomes!
Portanto, não foi lapso; não se enganou, não fez confusão… di-lo em plena consciência e no uso das suas plenas faculdades.
Mentiu? Não, não mentiu!
Não temos tribalismo em Moçambique? Temos. Alguém pode negar?… Armando Guebuza levantou já a voz em sessão do Comité Central… mas, olhemos à nossa volta. As nossas amizades, o nosso parentesco, as nossas parcerias de negócios, as nossas alianças, as pessoas que empregamos, os nossos amigos no serviço, os homens dos nossos chefes, os homens de confiança dos nossos ministros… etc., etc…. Olhemos friamente para tudo isso à nossa volta. E olhemos também o ambiente que temos tido quando viajamos para qualquer das províncias, sobretudo os do sul quando vão para o norte; é tudo menos amistoso! Alguém nega? Seria cegueira congênita se alguém o negasse.
O tribalismo existe e está de boa saúde entre nós! E o general disse-o muito bem.
Acto de coragem? Sim, dizem uns; talvez, dizem outros. Não tanto, outras vozes têm-se levantado.
Falou e disse e entregou o microfone ao mestre de cerimônias. Agora, a palavra está connosco: nós, juventude da Frelimo para quem directamente falava, em primeiríssimo lugar; os militantes da Frelimo, em segundo lugar, mas não menos importante; nós, moçambicanos, em terceiro lugar; nós, o mundo em geral! O microfone está do lado de cá!
Compete à juventude reagir; compete aos militantes posicionarem-se - e é imperioso que o façam muito urgentemente - e ainda bem que vão em breve a congresso, será uma ocasião soberba para com profundidade abordarem a questão; não menos importante, compete igualmente aos moçambicanos abordarem frontalmente a questão posta na mesa pelo general Chipande; e compete à sociedade mundial olhar para o problema de frente! Quem começa?
Parece que, como sempre, vai reinar a… cobardia! Três semanas depois do pronunciamento de Chipande, o próprio partido mantém-se mudo e silencioso nos cochichos!
O general já falou e disse, pronto!
ME Mabunda
Posted on 02/08/2022 at 12:24 in Opinião | Permalink | Comments (0)
Dois ataques no troço Owasse - Macomia resultam num morto e dois feridos
Dois novos ataques, sendo um contra uma coluna de viaturas e outro a um minibus, no último domingo, no troço Owasse-Macomia, resultaram num morto, dois feridos e danos materiais.
De acordo com fontes, os atacantes não foram identificados, mas acredita-se que sejam terroristas, que ainda circulam no distrito de Macomia, apesar da presença das Forças de Defesa moçambicanas e estrangeiras.
O primeiro ataque, que não causou vítimas mortais, registou-se perto da aldeia Nova Zambézia, posto administrativo de Chai, por volta das 15:00 horas, contra um minibus, que regressava do distrito de Mueda.
O segundo ocorreu numa zona não muito distante do primeiro, concretamente no troço Nova Zambézia-Nova Vida, no distrito de Macomia. Neste ataque foi alvejada uma coluna de cinco viaturas que circulavam no sentido Owasse - Macomia-sede.
Leia mais em Dois ataques no troço Owasse - Macomia resultam num morto e dois feridos (cartamz.com)
Posted on 02/08/2022 at 10:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
Notícias Maputo 02.08.2022
Posted on 02/08/2022 at 10:37 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
01/08/2022
Semanário Ngani 01.08.2022(A partir de Nampula)
Posted on 01/08/2022 at 23:40 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
STV-Noite Informativa 01.08.2022(video)
Posted on 01/08/2022 at 23:30 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
É remota a possibilidade de Chang ser extraditado para Moçambique
Juristas dizem ser bastante remota a possibilidade de o antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, que se encontra detido na África do Sul, a pedido da justiça norte-americana, ser extraditado para Moçambique, tendo em conta, sobretudo, o posicionamento firme dos tribunais sul-africanos relativamente a esta matéria.
O Tribunal Superior da África do Sul, divisão de Gauteng, indeferiu, na semana passada, um novo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique para recorrer da decisão sobre a extradição do ex-ministro para os Estados Unidos.
A juíza Margarete Victor considerou, na quarta-feira 27, que a PGR de Moçambique "não apresentou quaisquer razões imperiosas" para que o pedido para recurso fosse concedido.
O jurista José Nascimento, baseado na África do Sul, diz que a posição dos tribunais sul-africanos sobre esta matéria sempre foi firme e consistente, em relação à imunidade de Manuel Chang, pelo que a hipótese de ele regressar a Moçambique é bastante remota.
Forte pressão
Para além disso, sublinhou aquele jurista, a justiça sul-africana está a ser fortemente pressionada pela justiça norte-americana a extraditar Manuel Chang para os Estados Unidos, "porque os americanos querem julgá-lo".
Por seu turno, o jurista e especialista em direito internacional, Andre Thomashausen, também baseado na África do Sul, considerou que a decisão do Tribunal Superior de Gauteng, "mostra que a justiça sul-africana não se deixa enganar".
Ele sublinhou que o primeiro pedido de extradição de Moçambique, "feito com oportunismo, depois do pedido de extradição dos Estados Unidos que estava viciado de mentiras e tentou enganar e confundir as autoridades sul-africanas".
O catedrático jubilado da Universidade da África do Sul (UNISA) reiterou que as várias tentativas por parte do Governo de Moçambique em remediar subsequentemente o pedido de extradição também falharam, porque as autoridades moçambicanas nunca explicaram devidamente a situação da imunidade de Manuel Chang, antigo membro do Conselho de Ministros.
"Tendo em conta todas estas situações, é inevitável a extradição do Sr. Manuel Chang para os Estados Unidos", realçou aquele académico.
Entretanto, entre os moçambicanos, começa a desvanecer-se também a esperança de Manuel Chang regressar a Moçambique, a menos que haja uma decisão política, ou seja, que a decisão de extraditação seja tomada pelo ministro da Justiça da África do Sul.
VOA – 01.08.2022
Posted on 01/08/2022 at 23:26 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Semanário Dossier&Factos 475 01.08.2022
Posted on 01/08/2022 at 21:02 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Semanário Público 607 01.08.2022
Posted on 01/08/2022 at 20:57 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
STV-Jornal da Noite 01.08.2022(video)
Posted on 01/08/2022 at 20:47 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
Sobre o tribalismo: eles querem embrutecer-nos!
Escrito por: Omardine Omar, Jornalista
Há dias, o iconizado General Alberto Joaquim Chipande voltou a disparar mais alguns tiros. Desta vez, foram tiros de palavras proferidas perante uma plateia ladeada por diferentes personalidades do partido Frelimo, com principal destaque para os jovens da “J”. No amplamente divulgado encontro, o General Chipande falou como se vivesse em Meca ou no Vaticano. Atirou tantas pedras para o telhado, ao ponto de se esquecer que o mesmo telhado de vidro também cobria a sua casa – talvez seja por pensar que todos moçambicanos são distraídos e não acompanham as peugadas dos grandes generais desta empobrecida pátria!
Se a mensagem que o General Chipande passou viesse de uma outra “boca autorizada”, talvez não dedicaria estas linhas reflexivas para entrar neste debate, que alguns estão a vitimizar-se mais, em vez de debater a partir dos pressupostos que são visíveis em tudo que é instituição pública e privada deste País.
O tribalismo, em Moçambique, jamais saiu das cabeças dos velhos e, de forma científica e formativa, foi sendo passado para as diferentes gerações. Hoje, as pessoas estão mais agrupadas do que nunca! Hoje, os ensinamentos da velha guarda tornaram Moçambique num espaço em que o seu nível académico só tem peso num determinado meio, se for proveniente de uma determinada tribo – e é exactamente isso que acontece actualmente com a tribo do General!
Trata-se, pois, de um País macondizado, machanganizado, machuabizado, macuizado, ronguizado, tsopizado, ndauzado, etc. Hoje, temos associações tribais por tudo que é canto e existem instituições nas quais só trabalham pessoas de uma determinada Província ou tribo. Embora a questão ainda esteja a ser tratada de forma leviana e com base nos argumentos do General Chipande, o facto é que esta mensagem não pode morrer na velha máxima segundo a qual: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.”
Se a ideia do discurso do General for essa, logo, não faz sentido algum, uma vez que, para quem circula por este País, concretamente na Província de Cabo Delgado, sabe que o General é dono de várias coisas – e até locais proibidos pertencem ao General. Numa Província em que existem outras etnias/tribos, apenas uma é valorizada e detentora de todo poder económico, político e relevância social.
Em relação a este facto, é só recuarmos a memória para o ano 2018, quando máquinas escavadoras roncando a fúria dos desmandos ‘da tribo’ do General, invadiram o quarteirão 24, na Cidade de Pemba, e sem qualquer ordem judicial, demoliram casas de famílias que já se encontravam naquele local há mais de 30 anos. Todavia, devido à força étnica, os detentores do poder actual no País expulsaram os pobres plebeus porque, alegadamente, os 12 hectares eram do General. E até aqui, o espaço permanece vazio e os cidadãos expulsos voltaram a arrendar outras casas, mesmo depois do investimento sacrificial que fizeram.
Actualmente, é a tribo do General que manda em ‘quase’ tudo no País. Mesmo os que nada sabem, ocupam cargos relevantes, mas não são mexidos porque gozam do valor étnico do Nível A, em relação a um competente técnico de uma tribo sem expressão. A situação é realmente estrutural. Está nas entranhas do sistema governativo vigente. Veja só como estrangularam as universidades em nome de uma descentralização que centralizou as etnias e expulsou a tão propalada unidade nacional – o melhor seria que as instituições fossem fundadas localmente e caminhassem por si mesmas, mas, infelizmente, fez-se, num âmbito de vontades étnicas e não na perspectiva nacional.
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Posted on 01/08/2022 at 17:44 in Opinião | Permalink | Comments (0)
“Veículos estranhos” aterrorizam residentes das aldeias próximas a zona de exploração de rubis em Montepuez
Dois veículos não identificados, conduzidos por homens armados e sem farda, têm estado a circular nas imediações das aldeias de Muaja, N’puhu e Chimoio, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, para recolher cidadãos beneficiários directos do fundo do projecto de exploração da mina de rubis à força.
Por conta desta situação, há poucos dias, a “Integrity” recebeu denúncias anónimas de fontes locais, que deram conta que três pessoas foram raptadas só na aldeia de Chimoio. Já, em Muaja, consta também que os referidos indivíduos chegaram à residência de um dos beneficiários do projecto, mas não o acham. Na mesma senda de acontecimentos, na semana finda, os dois camiões militares voltaram a entrar nas zonas de mineração de ouro, na aldeia de Muaja, no interior do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), e começaram a vasculhar o local, uma situação nunca antes vivida naquela região.
A situação ficou tensa quando cinco corpos de civis foram encontrados em Muaja, numa zona limítrofe entre Montepuez e Ancuabe, tendo levado as autoridades militares a anunciar uma vasculha a pente fino, para afastar qualquer perigo naquele local rico em rubis, de sorte que levou a multinacional Gemfields a “abrir os sinos da sinagoga” como forma de prevenção de um eventual ataque terrorista. (Omardine Omar)
Posted on 01/08/2022 at 16:43 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
Um jornal digital de quando em vez
Posted on 01/08/2022 at 13:33 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
As tropas da SADC e da Ruanda dispersam os insurgentes moçambicanos — mas deslocam mais civis
Os EUA intensificaram a ajuda humanitária a um número crescente de deslocados internos na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, em meio a esforços bem-sucedidos para dispersar os insurgentes afiliados ao Isis.
Além das Palavras
As forças regionais sul-africanas e ruandesas que lutam na província mais ao norte de Cabo Delgado, em Moçambique, desde julho de 2021, estão dispersando os insurgentes afiliados ao Isis — mas também os levando mais para oeste e sul, deslocando mais civis e ameaçando minas comerciais.
O número de deslocados internos saltou de pouco menos de 800.000 para 946.508 desde fevereiro deste ano, de acordo com a ONU. Das pessoas recém-deslocadas, 83.983 pessoas fugiram dos ataques nos distritos de Ancuabe e Chiure em junho, à medida que a guerra se espalhou para o sul, levando a uma "deterioração da situação humanitária no sul de Cabo Delgado", disse o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Os insurgentes dispersos realizaram "ataques insurgentes mais generalizados e audaciosos", segundo o especialista em Moçambique Joseph Hanlon em seu último boletim.
Pacote de ajuda dos EUA
Subsecretário de segurança civil, democracia e direitos humanos dos EUA Uzra Zeya, que visitou Moçambique na semana passada, observou que a SADC e as forças ruandesas - além do treinamento militar dos EUA e da União Europeia - ajudaram a "mudar o impulso da guerra contra os insurgentes".
"Ao mesmo tempo, porém, os combatentes do Isis Moçambicano continuam a realizar ataques contra aldeias no norte e isso demonstra que eles continuam a ser uma ameaça perigosa à vida, ao bem-estar e à segurança do povo do norte de Moçambique que já sofreu tremendamente com a violência terrorista", disse ela.
Zeya — que se encontrou com o presidente Filipe Nyusi e os ministros do Interior e da Justiça, bem como altos funcionários — disse que descobriu que as condições ainda não eram certas para que as centenas de milhares de pessoas deslocadas, a maioria mulheres e crianças, retornassem para suas casas em segurança.
Foi por isso que ela havia anunciado em Maputo um pacote de assistência humanitária de US$ 116 milhões para atender às suas necessidades, incluindo grave insegurança alimentar, saúde, água, saneamento, higiene, agricultura e outras necessidades críticas.
Também ajudaria a enfrentar os efeitos do ciclone tropical Gombe, que atingiu o norte de Moçambique em março, agravando as dificuldades das pessoas.
Perigos
A preocupação de Zeya com os perigos das pessoas deslocadas voltarem para casa havia sido sublinhada quando insurgentes atacaram a vila de Mihecane no distrito de Ancuabe em 19 de julho.
"Um grupo de seis moradores que fugiram de um ataque anterior no final de junho dizem ter retornado para recuperar alguns pertences de suas casas quando foram abordados por insurgentes", de acordo com o monitor de insurgência cabo ligado.
"Um conseguiu escapar em uma moto enquanto os outros cinco estão desaparecidos, presumivelmente mortos."
O relatório descreveu outros ataques recentes em uma ampla área de Cabo Delgado, nos distritos de Ancuabe, Mocímboa da Praia e Macomia. Estes incluíram um grande ataque à vila de Mitope, perto da cidade portuária norte de Mocimboa da Praia, em 22 de julho, quando insurgentes queimaram muitas casas, saquearam mercadorias e sequestraram várias pessoas.
Posted on 01/08/2022 at 12:29 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Jornal Brado Literário nº 19 de 01.08.2022
Posted on 01/08/2022 at 12:19 in Informação - Imprensa, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
"Por uma leitura sócio-histórica da etnicidade em Moçambique" por Sérgio Chichava(2008)(Repetição)
RESUMO
A história de Moçambique está marcada, dentre outros factores, por reclamações de alguns moçambicanos que se dizem excluídos do poder político simplesmente por causa da sua pertença étnica. Partindo de uma perspectiva sócio-histórica, este artigo procura 1) perceber as razões que levam esses moçambicanos a sentirem-se excluídos, 2) compreender o que se encontra por detrás desse tipo de discurso. O principal argumento aqui é que a percepção deste fenómeno só é possível se analisarmos a maneira como Moçambique foi "fabricado" pelo colonialismo português.
Posted on 01/08/2022 at 12:08 in Antropologia - Sociologia, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Opinião | Permalink | Comments (0)
O GENERAL CHIPANDE DENUNCIA O TRIBALISMO DO SUL OU QUER APOIO DO NORTE?
Em 1961, os três movimentos nacionalistas moçambicanos transferiram-se para Dar-es-Salaam, na Tanganica (estado que existiu antes de se unir com Zanzibar em Abril de 1964 e tornar-se Tanzânia), onde todos podiam conduzir as suas actividades políticas livremente, pois o líder daquele país, Mwalimu Julius Nyerere, era solidário aos movimentos de libertação dos nacionalistas da África Austral.
Na capital tanganicana, rivalidades na forma de conflitos étnicos e regionais, particularmente entre membros da UDENAMO e da MANU, logo se fizeram sentir. A principal razão para essas rivalidades é que os três movimentos foram constituídos numa base étnico-regional, com membros da UDENAMO vindos principalmente do sul de Moçambique; membros da MANU sendo essencialmente moçambicanos da etnia maconde de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique; enquanto membros da UNAMI eram maioritariamente da Região Centro de Moçambique.
Foi nesta onda de conflitos étnico-regionais que a frente unida denominada FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) nasceu.
SEMPRE HOUVE TRIBALISMO E REGIONALISMO NA FRELIMO
Para solucionar a crise de liderança suscitada pela fusão dos três movimentos, o Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, um antropólogo moçambicano, que viveu e trabalhou nos Estados Unidos da América por muitos anos, foi persuadido pelo Presidente Tanganicano Julius Nyerere, a ir ao Tanganica para liderar a frente unida. Mondlane era visto como o candidato certo, uma vez que não estava intimamente associado aos três movimentos, mencionados anteriormente, que formaram a FRELIMO.
Apesar de ter prometido trabalhar “sob um verdadeiro espírito de neutralidade”, o Dr. Mondlane, como que a cumprir a agenda do Vice Presidente da UDENAMO, Fanuel Mahluza, favoreceu “Sulistas” ao escolher David Mabunda e Paulo Gumane (ambos do Sul de Save) como seus representantes para dirigir o movimento da FRELIMO no dia-a-dia, na sua ausência, quando, depois da fusão, regressou aos Estados Unidos da América para leccionar na Universidade de Syracuse.
Ao nomear David Mabunda e Paulo Gumane para representá-lo, preterindo o seu sucessor imediato, o Vice-Presidente Uria Simango (um “Nortenho”), o Presidente Mondlane foi acusado de praticar regionalismo e de violar os estatutos da FRELIMO.
Dois meses depois da recém-criada FRELIMO, os dois líderes mais importantes da MANU, o Presidente Matthew Mmole, e o seu Secretário-Geral, Lawrence Malinga Millinga, foram expulsos do movimento. Após a sua expulsão, os dois líderes “Nortenhos” denunciaram o critério usado pela recém-criada liderança do movimento da FRELIMO para atribuir cargos. Eles disseram que o mesmo se baseava no tribalismo e no nepotismo, com todos os cargos mais altos indo para ex-membros da UDENAMO que, na sua maioria, eram “Sulistas”.
Importa referir que, com a expulsão de Mmole e Millinga do movimento, apenas três dirigentes da MANU permaneceram como membros do Comité Central da FRELIMO, nomeadamente Johanes Mtschembelesi, James Msadala e Paulo Bayete, ocupando respectivamente os cargos inferiores de Tesoureiro, Vice-Tesoureiro e Vice-Secretário de informação, respectivamente; contra sete (excluindo Baltazar Chagonga e incluindo Dr. Mondlane e Leo Milas) altos cargos ocupados por membros da UDENAMO.
No final de 1963, o Presidente da UNAMI, Baltazar da Costa Chagonga, abandonou o seu cargo de Secretário do Departamento de Saúde. Tal como Matthew Mmole e Malinga Millinga, ele queixou-se de tribalismo e nepotismo na nomeação de membros na FRELIMO.
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Posted on 01/08/2022 at 11:43 in História, Opinião | Permalink | Comments (0)
Notícias Maputo 01.08.2022
Posted on 01/08/2022 at 11:03 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
31/07/2022
STV-Noite Informativa 31.07.2022(video)
Posted on 31/07/2022 at 23:22 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)