Luanda – A candidatura de Adilson Hach ao cargo de Primeiro Secretário Nacional da JMPLA, por meio de sua Subcomissão de Apelação, apresentou uma carta formal de impugnação dos resultados do IX Congresso Ordinário da JMPLA, que elegeu nesta sexta-feira Justino Capapinha para o cargo. A carta foi endereçada à Subcomissão de Apelação da Comissão Nacional Preparatória do Congresso, órgão responsável pela organização do evento, e questiona a legitimidade do processo eleitoral, com base em diversas irregularidades.
Fonte: Club-k.net
A impugnação, assinada pela Coordenação de Campanha de Adilson Hach, aponta uma série de falhas que, segundo os autores, comprometem a transparência e a lisura do congresso, realizado para eleger a nova liderança da organização juvenil do MPLA.
Irregularidades no número de delegados e votos apurados
A candidatura de Adilsomn contesta o número de votos apurados no congresso. De acordo com a carta, durante a contagem de votos, foi anunciado que estavam presentes 1266 delegados na sala. No entanto, os resultados divulgados pela Comissão Eleitoral indicaram 1781 votos apurados, o que representa 515 votos a mais do que o número de delegados presentes. A impugnação levanta a hipótese de que esses votos excedentes possam ter sido introduzidos de maneira irregular, prejudicando o resultado da eleição.
Denúncias de fraude e manipulação durante o processo eleitoral
A carta de impugnação também traz denúncias de que indivíduos não autorizados foram introduzidos na sala de votação, o que teria ocorrido sob a supervisão da coordenação da Subcomissão Eleitoral. Entre as denúncias, destaca-se o caso de jovens com credenciais falsas, que alegaram estar substituindo delegados ausentes. Um dos exemplos citados é o de Camarada Márcio Corte Real, que, segundo a impugnação, teria votado em nome do Camarada Armindo Matos, ambos da província da Huíla, sem que fosse formalizada a substituição.
Além disso, o membro da Comissão Eleitoral,José Augusto Domingos, teria feito denúncias de irregularidades durante o processo de votação, mas, segundo a impugnação, essas informações não teriam sido levadas a sério pelos responsáveis pela organização do congresso.
Pedido de anulação dos resultados e revisão do processo eleitoral
Diante das alegações de fraude e manipulação, a candidatura de Edson solicita formalmente a anulação dos resultados do IX Congresso Ordinário da JMPLA, considerando que as irregularidades prejudicaram a legitimidade da eleição. Além disso, a carta exige a suspensão imediata dos efeitos do relatório da Comissão Eleitoral e solicita que a direção da JMPLA se pronuncie sobre o caso no prazo de 48 horas. Caso não haja uma resposta satisfatória, os autores da impugnação afirmam que recorrerão a outras instâncias, incluindo à Direção do MPLA.
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