domingo, 31 de março de 2019

"EM CABO DELGADO, SÃO GENERAIS DA FRELIMO QUE MANDAM MATAR, PARA PRESERVAR OS SEUS INTERESSES, DIZ PAULO NHANCALA, MEMBRO SENIOR DA FRELIMO.

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Presidente da Venezuela anuncia plano de racionamento da eletricidade que vai durar 30 dias


O regime de Nicolás Maduro disse que que o plano ajudará a lidar com os 'apagões' que causaram falhas no abastecimento de água e cortes nas comunicações. A medida vai durar 30 dias.
O governo venezuelano decidiu manter a suspensão das atividades educativas e decretar a redução do horário de trabalho até às 14h locais
MIGUEL GUTIERREZ/EPA
Autor
  • Agência Lusa
O Presidente de facto venezuelano anunciou no domingo à noite um plano de 30 dias de racionamento da eletricidade, no momento em que os cortes de energia continuam a afetar milhões de pessoas em todo o país.
Nicolás Maduro disse na televisão nacional que o plano ajudará a lidar com os ‘apagões’ que causaram falhas no abastecimento de água e cortes nas comunicações.
Eu aprovei um plano de 30 dias”, durante o qual a eletricidade será racionada, para garantir um equilíbrio entre a geração, transmissão, distribuição e consumo, “com atenção particular em garantir a distribuição de água”, disse Maduro à televisão nacional.
Antes, o ministro venezuelano de Comunicação e Informação disse que o governo decidira manter a suspensão das atividades educativas e decretar a redução do horário de trabalho até às 14h00 horas locais, como parte dos esforços para estabilizar o serviço de energia elétrica.
Informamos que, no esforço que todos fazemos para conseguir a consistência na prestação do serviço elétrico, o Governo bolivariano decidiu manter suspensas as atividades escolares em todos os níveis do sistema educativo e estabelecer uma jornada laboral diária especial, até às 14h00 horas (locais), nas instituições públicas e privadas do país”, anunciou Jorge Rodríguez.
O governo venezuelano continua a “imprimir toda a sua força para estabilizar o serviço de energia elétrica” no país, reiterou.
Durante uma alocução ao país, transmitida pelas rádios e televisões venezuelanos, o ministro explicou ainda que os “ataques terroristas” contra o Sistema Elétrico Venezuelano (SEV), causaram “significativos níveis de destruição de equipamentos e interrupção de processos acoplados, necessários para a prestação constante do serviço” aos venezuelanos.
“Em distintas ocasiões, conseguimos restabelecer o serviço de maneira quase total (…). Felicitamos todo o nosso povo guerreiro, que tem mantido a unidade (…) nas ruas, um comportamento cívico, e a solidariedade de todos, o que nos faz indestrutíveis”, frisou.
Por outro lado, explicou que o governo venezuelano “não descansará até alcançar o equilibro definitivo” do SEV.
No passado dia 7 de março, uma falha na barragem de El Guri (a principal do país) deixou a Venezuela às escuras durante uma semana.
A 25 de março último, ocorreu um novo ‘apagão’ que afetou pelo menos 18 dos 24 estados da Venezuela, incluindo Caracas, que estiveram às escuras, total ou parcialmente, pelo menos durante 72 horas.
Na última sexta-feira, pelo menos 21 dos 24 estados da Venezuela ficaram às escuras e 24 horas depois as falhas elétricas fizeram sentir-se em pelo menos 20 estados do país.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes e prolongadas as falhas no fornecimento de eletricidade, passando de pequenos a grandes ‘apagões’ que chegam a afetar a totalidade do território.
O governo atribui as falhas a atos de sabotagem de opositores apoiados pelo Estados Unidos, enquanto que a oposição acusa o regime de não fazer os investimentos necessários no setor e tem denunciado, desde há vários anos, falhas na manutenção e ausência de peças de reparação.
Desde 2005 que engenheiros alertam que o país poderia registar um ‘apagão’ geral, devido às condições precárias do sistema.
Segundo a imprensa local, devido à crise política, económica e social, centenas de empregados da Corporação Elétrica Nacional da Venezuela (Corpoelec) abandonaram o país à procura de melhores condições no estrangeiro.

Presidente da Turquia lamenta morte de dois opositores durante eleições municipais


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Erdogan lamentou o homicídio de dois políticos no leste do país e disse que "não é correto tornar estas eleições [municipais] num interrogatório ou julgamento entre os partidos políticos".
TOLGA BOZOGLU/EPA
Autor
  • Agência Lusa
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, lamentou, este domingo, a morte de dois opositores, durante as eleições municipais, e disse que não é correto transformar o voto municipal num julgamento dos partidos políticos.
De acordo com a agência de notícias AP, Erdogan mostrou-se entristecido pelo homicídio de dois políticos opositores em Malatya, no leste do país, e disse que “não é correto tornar estas eleições num interrogatório ou julgamento entre os partidos políticos”.
Erdogan disse também que as eleições municipais deste domingo são “um pilar da democracia” e acrescentou que se os resultados forem positivos para o seu partido, isso acrescentará “uma enorme força” ao Governo, suportando pelo Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP).
Dois membros de um partido turco da oposição foram mortos a tiro este domingo numa assembleia eleitoral na cidade turca de Malatya, leste do país, num dos vários incidentes violentos registados enquanto decorrem umas importantes eleições municipais.
Num comunicado, o presidente do partido Saadet (SP), Temel Karamollaoglu, informou sobre o incidente, quase no mesmo momento em que o ministro do Interior, Soylu, declarava à imprensa que a votação estava a decorrer pacificamente.
“Em Poturge, um distrito de Malatya […], dois membros do nosso partido, um dos quais era observador do sufrágio, perderam a vida”, indicou o líder do SP, uma formação islamita moderada e aliada da principal força da oposição, o social-democrata Partido Republicano do Povo (CHP).
A nota explica que o ataque foi perpetrado por um primo do candidato do partido governamental AKP, que disparou contra os observadores quando estes se opuseram a que a votação se levasse a cabo de forma aberta.
Segundo a televisão turca CNNTürk, o incidente ocorreu às 10:30 locais.
O homem que disparou foi detido pela polícia, que também adotou amplas medidas de segurança em torno da escola utilizada como assembleia de voto.
Por outro lado, na localidade de Karapinar, na província de Diyarbakir, duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado crítico, num confronto entre dois grupos que apoiam líderes rivais.
Noutro incidente similar, num bairro de Midyat, uma cidade da província de Mardin, no sul do país, quatro pessoas ficaram feridas e uma foi detida.
Mesmo assim, um votante ficou ferido num ataque numa esquadra de Istambul.
Cerca de 57 milhões de turcos com direito a votar estão convocados este domingo para decidir a quem entregar os municípios, numas eleições vistas como um teste para o Presidente turco e seu Governo, apoiado pelo partido AKP.
As últimas assembleias de voto fecham às 17:00 locais (15:00 em Lisboa).

"Os inimigos de João Lourenço estão dentro do seu partido"


"A maior parte dos inimigos de João Lourenço não estão fora, estão dentro do seu próprio partido. É preciso apoiar o Presidente neste combate", afirmou o escritor, José Eduardo Agualusa chamado a comentar a transição política em Angola.
Para o escritor toda a sociedade, no seu conjunto, tem o dever de apoiar João Lourenço, neste momento, no que diz respeito ao combate à corrupção. Autor de uma vasta obra, com créditos firmados em Angola e no exterior, está no país para participar, com o moçambicano Mia Couto, a convite do Goeth-Institute Angola e do colectivo cultural Pés Descalços, numa oficina de escrita criativa.
Leia mais em Jornal de Angola

Estado de Angola recupera dinheiro do Fundo Soberano


José Filomeno dos Santos, ex-presidente do fundo soberano, foi esta semana libertado

3300 milhões de dólares que estavam sob gestão de Jean Claude Bastos de Morais voltaram aos cofres públicos

correspondente em Angola
João Lourenço poderá viver momentos de alívio depois de ter recuperado cerca de 3300 milhões de dólares de dólares (€2900 milhões) que se encontravam sob gestão do empresário suíço de nacionalidade angolana, Jean-Claude Bastos de Morais. Em troca, Luanda abriu mão das acusações judiciais que impendiam sobre o antigo gestor do Fundo Soberano de Angola e devolveu-lhe a liberdade após ter passado cinco meses encarcerado na cadeia de Viana, arredores da capital angolana. Destes valores, 2300 milhões de dólares (€2000 milhões) representam ativos financeiros e mil milhões correspondem a ativos patrimoniais e a participações. Se a esse montante forem somados os 500 milhões de dólares (€445 milhões), recuperados pelo banco HSBC de Londres depois de terem saído ilicitamente do Banco Nacional de Angola, o Presidente angolano poderá ter razões para acreditar na eficácia do seu combate à corrupção, branqueamento de capitais e à fuga de capitais e desvio de bens para o estrangeiro.
“Estamos a falar de montantes que ultrapassam o valor do empréstimo que o Fundo Monetário Internacional vai desembolsar por etapas para ajudar a reanimar a nossa economia”, disse ao Expresso um alto funcionário do Ministério angolano das Finanças.
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Eslováquia. Zuzana Caputova é eleita a primeira Presidente mulher


VLADIMIR SIMICEK/GETTY

A recém-eleita chefe de Estado eslovaca diz esperar que os eleitores possam voltar a dizer não aos movimentos populistas nas eleições europeias

A candidata liberal Zuzana Caputova foi eleita este sábado a quinta Presidente da Eslováquia, tornando-se na primeira mulher a liderar o país. Com a quase totalidade dos votos contados (94%), a presidente do partido Eslováquia Progressista obteve 58,2% dos votos contra 41,8% do seu principal opositor Maros Sefcovic, do partido Smer-SD, na segunda volta das eleições.
Após a divulgação dos primeiros resultados parciais, Zuzana Caputova discursou esta madrugada na sede de campanha perante os seus apoiantes, prometendo concretizar todos os pontos do seu programa eleitoral. Defendeu ainda que a sua eleição representa uma vitória “contra o diabo do populismo” e da “injustiça”.
“Talvez pensássemos que a justiça na política era apenas um tópico intelectual, mas hoje percebemos que esse desejo é comum a muitas pessoas. Estou feliz não só pelo resultado, mas principalmente pela possibilidade de não sucumbir ao populismo, de dizer a verdade e aumentar o interesse sem um vocabulário agressivo”, declarou a recém-eleita chefe de Estado eslovaca, citada pelo jornal “The Slovak Spectator”.
Zuzana Caputova disse ainda esperar que os eleitores do país possam voltar a dizer não aos movimentos populistas nas próximas eleições europeias, agendadas para maio.

VISÃO PRÓ-UE E ANTI-CORRUPÇÃO

Aos 45 anos, a advogada e ativista – com uma visão pró-UE e liberal – era até há bem pouco tempo uma figura desconhecida do público eslovaco, sendo a sua falta de experiência política apontada como um dos seus principais defeitos pelos politólogos e críticos, ao contrário do candidato Maros Sefcovic, comissário europeu da Energia e diplomata.
No entanto, Zuzana Caputova conseguiu realizar uma campanha alicerçada na necessidade de combater a corrupção e o crime organizado no país, que acabou por conquistar novos eleitores, sobretudo depois do homicídio de um jornalista que investigava fraudes. A candidata liberal teceu também duras críticas ao Governo eslovaco durante a sua campanha, assegurando que iria lutar por causas ambientais, assim como a legislação do aborto e os direitos da comunidade LGBT.
Divorciada e mãe de dois filhos, Zuzana Caputova trabalhou enquanto assistente jurídica na autarquia da cidade de Pezinok, antes de se dedicar a causas ambientais e à defesa de menores vítimas de exploração. Nos tempos livres, Zuzana diz que gosta sobretudo de praticar ioga e de estar com a família. A advogada será empossada chefe de Estado da Eslováquia no próximo dia 15 de junho.