Os talibãs paquistaneses reclamaram hoje a autoria do ataque suicida na zona noroeste do país que matou oito pessoas, incluindo um ministro provincial.
O movimento, de nome Tehreek-e-Taliban Pakistan, atacou o número dois do chefe ministerial da província, Bashir Ahmed Bilour, como vingança pela morte de um dos seus membros mais velhos, explicou o porta-voz à agência France Press. O ataque suicida, que matou o ministro provincial e outras sete pessoas, ocorreu hoje durante um encontro político.
O bombista fez-se explodir quando o líder local do partido Awai National estava reunido num encontro na cidade de Peshawar, a capital da província de Khyber Pakhtunkhwa. Na altura, a morte do ministro foi confirmada à France Press por um outro ministro do gabinete provincial e uma nota do hospital de Peshawar deu conta da morte de outras sete pessoas e do registo de mais 18 feridos no ataque.
De acordo com o hospital, Bashir Ahmed Bilour tinha ferimentos no peito e no estômago e, apesar das inúmeras tentativas de reanimação, acabou por falecer durante a cirurgia.
A polícia disse que na altura do atentado estavam cerca de 100 pessoas reunidas para o encontro e que o bombista suicida chegou muito perto do ministro. Entre os mortos está também o secretário de Bashir Ahmed Bilour para além de um polícia e de outros funcionários.
Peshawar é uma zona vulnerável no que diz respeito a ataques dos grupos talibãs, já que fica situada numa área tribal considerada o "paraíso" para os talibãs, Al-Qaeda e outros grupos emergentes que lutam tanto no Paquistão como ao longo da fronteira com o Afeganistão.
Dados oficiais dão conta de 35 mil pessoas mortas em resultado do terrorismo desde os ataques do 11 de Setembro e da consequente invasão americana do Afeganistão.
Lusa
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