É um exemplo da forma muito quente como nos EUA se debate nesta altura entre quem defende um controlo mais apertado na posse de armas e quem se baseia na constituição para manter a situação.
Tudo começou na semana passada quando, depois do massacre numa escola em Newtown, em que um atirador matou 26 pessoas, entre as quais 20 crianças, Piers Morgan falava com convidados pró-armas no programa que apresenta na cadeia norte-americana CNN.
Piers Morgan acusou Larry Pratt, o director executivo da associação Gun Owners for America, de mentir e tentou provar que o número de homicídios nos Estados Unidos é brutalmente superior ao de outros países com políticas apertadas de controlo de armas.
Na troca, cada vez mais acesa de argumentos, Morgan chamou «idiota», «perigoso» e «estúpido» a Larry Pratt.
Por causa dessas críticas, foi lançada a 21 de dezembro uma petição online colocada no site da Casa Branca a pedir que Piers Morgan seja deportado.
Os subscritores dizem que Morgan se está a esforçar para subverter os direitos da constituição dos Estados Unidos e acusam o apresentador britânico de utilizar a posição que ocupa num canal de televisão nacional para lançar ataques contra os direitos dos cidadãos norte-americanos. A petição já conta com mais de 59 mil assinaturas.
Na conta que detém no twitter, Piers Morgan escreveu ontem que se está «nas tintas para a petição», lamentando a morte de dois bombeiros na véspera de Natal, assassinados num ataque com armas quando combatiam um incêndio no Estado de Nova Iorque. Numa mensagem mais recente, e num espírito mais festivo, já esta terça-feira Morgan escreveu: «Feliz Natal! Mesmo para aqueles que me querem deportar».
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