segunda-feira, 9 de junho de 2025

Tem sido amplamente divulgada a intenção do actual Governo de Moçambique de descontinuar o projecto SUSTENTA e de extinguir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS).

 

Jaime Langa está com Elisio Macamo e 
5 outras pessoas
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5 d 
Antes de desmontar, vamos tentar compreender.
Tem sido amplamente divulgada a intenção do actual Governo de Moçambique de descontinuar o projecto SUSTENTA e de extinguir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS).
Trata-se de estruturas públicas que na altura da sua criação foram tidas e aplaudidas com beneplácito do então Presidente da Republica como “trunfo” para impulsionar o desenvolvimento rural e a sustentabilidade, que envolveram investimentos significativos do Estado e de parceiros.
Surpreende que tal decisão surja sem um debate público visível, sem apresentação de uma avaliação técnica clara, e acompanhada da uma surpreendente declaração de que o actual titular da pasta da Agricultura "não conhece o SUSTENTA” waw!.
Este cenário convida a sociedade moçambicana a uma reflexão muito séria sobre a gestão do património institucional do Estado. Que critérios orientam a continuidade ou a descontinuidade de programas e institutos públicos? Que garantias existem de que o que está a ser desfeito não representa uma perda de valor, de capacidade técnica e de esperança para as comunidades?
O meu partido, a Frelimo, enquanto partido que sustenta ambos os governos, o anterior e o actual, tem um papel central nesta reflexão. Não pode haver incoerência entre diferentes ciclos de governação, sobretudo quando estão sob a mesma orientação política. Afinal é o mesmo ideal.
Importa sublinhar que, caso se prove que houve decisões tomadas de forma propositada e com prejuízo para o interesse público, os seus autores podem ser responsabilizados, como prevê a lei mas a instituição e o seu património podem ser adequados aos desafios que o novo governo assume para o sector.
Aqui nasce, de novo, o debate sobre se a designação dos ministérios e suas atribuições não deveria ser matéria constitucional, de debate publico e inseridos na Constituição da Republica para evitar que, a cada novo ciclo de governação, se criem ou extingam ministérios ao sabor de vontades políticas momentâneas, com impactos profundos na continuidade das políticas públicas. E os custos inerentes à criação de novos ministérios, para um país deficitário como o nosso... será que valem mesmo a pena?
Reformar o que não funciona, sim. Corrigir erros, claro. Mas desmontar sem compreender, sem dialogar e sem oferecer alternativas melhores, é um risco que o país não pode continuar a correr.
Pelo respeito à continuidade institucional. Pela boa governação. Pelo futuro de Moçambique. Vamos trabalhar a reflectir para o bem do nosso Moçambique.
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Egidio Vaz
Sei que o SUSTENTA foi um programa de cinco anos que terminou em 2024. É óbvio que havia um modelo de continuidade da ideia, que incluía também "fagocitar" os cerca de 2000 extensionistas para o aparelho de Estado. Essa ideia foi, no entanto, publicamente abandonada, com a devida justificação por parte da nova administração em sede de Assembleia da República.
Não conheço outra proposta descontinuada além dessa. E, falando nela, também não vejo nela um problema maior quando comparado com as reformas compulsivas de funcionários do Estado seniores, devido à idade e não necessariamente ao tempo de serviço, que, de forma indiscriminada, estão a afastar profissionais experientes de áreas sensíveis - como o ensino superior, a saúde ou, em alguns casos, a segurança e mesmo a agricultura - sem que haja substituição por gente igualmente competente.
Ora, o debate está sendo forçado. O Ministro da Agrcultura foi objectivo e, na pior das hipóteses, foi citado fora do contexto. A avaliação do SUSTENTA foi positiva, segundo os financiadores e auditores. Não percebo o que está em questão.
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Luís Loforte
Egidio Vaz, "foi citado", quem o citou, os nossos ouvidos?
Ma Dji Ra
Egidio Vaz, sendo você mesmo.
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Tolbert Raim
Egidio Vaz claro! Endividaram o país, só podia ter avaliação positiva desses abutres(financiadores).
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Egidio Vaz respondeu
 
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Recursos Naturais Minerais
Egidio Vaz meu irmão camarada, tenta implementar as formas de planeamentos governo dos Estados Unidos fora de todos. Eles fazem projectos que só podem ser mais negócios para o governo pois com os rendimentos eles investem mais para mais ganhos. Pensar primeiro para os cidadãos normais pois as tachas terem diferenças qualidades porque tem mobiliário e certos produtos sensível para o bem estar e outros para contribuir o desenvolvimento do pais. Por exemplo: produtos alimentares deviam ter taxas mais baixas assim como as indústrias que produzem e produtos de construção, também devem ter baixas taxas para garantir o ensaio de desenvolvimento e garantir o bem estar dos cidadãos e atrair os turistas. O governo podia também maximizar o assunto de estradas e trens que é comboio. Neste caso empresas de comboios e vias rodoviárias podiam entregar de forma obrigatória aos chineses que como querem manter a trabalhar e explorar no país eles devem fazer isso e pode ser deles por certo tempo mais sempre sera do governo a qualquer momento. As empresas que exploram recursos do país devem obrigatoriamente se unirem de modo associar para fazer oque temos em falta no país para o bem estar do país e os moçambicanos. É preciso que os guiadores do governo sejam rigoroso quanto a isso porque não é negociável é para o bom estar do país e o mano deixa assim mesmo os rastos na sua carreira e os nossos filhos assim como nós vamos re recordar. Estou a pedir que seja meu executor desta visão uma vez que eu não consegui chegar onde o mano esta por falta de dinheiro para continuar com escola mais tenho visão de que tudo com seriedade é possível. Um trabalhador do governo deve saber que se conseguiu conquistar uma ou duas casas é muito e já pode trabalhar para o país e deixar rastos da sua carreira profissional. Lutar para o bem-estar de todos os moçambicanos. Obrigado
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Luis Baptista
Egidio Vaz Você não tem limites. Até parece o único que pensa neste país.
Que avaliação positiva, que quinquênio?
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Ivan Ziby
Egidio Vaz Grande historiador, sempre com uma história nova, mesmo sem lógica, mas é engraçada 😂😂
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Mayaca Manhica
Egidio Vaz o Sr. mesmo acredita no que escreveu??
Abel Sarmento Magombe respondeu
 
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Radi Pomada
Egidio Vaz se fosses mulher aí na FRELIMO, mormão, mormão, mormaoooo...
Emprestaria muletas de banana por badjia para andar .
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A opção selecionada é Mais Relevantes e algumas respostas podem ter sido filtradas.
Marsupilami Spirou
.... estou preocupado com os jovens que deram gás nesse Sustenta...e provavelmente dívidas que ficaram por liquidar... Sim deve se fazer uma auditoria pra aquele super projecto que afinal... eisjhh
Tchya Jacques Nkomo
O Mr #fakenews anda por aqui???🙈🙈
Tomas Mario
O problema, caro amigo Jaime Langa, é que o partido que tem governado Moçambique desde a independência nacional - do qual o Jaime se apropria, dizendo 'meu partido' - há já várias décadas que não discute estratégias e visão da Nação. Assim cada quinquênio esgota-se na "visão" do seu Presidente. Mais nada!
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Jaime Langa respondeu
 
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Bayano Valy
as tantas nós é que não queremos perceber que cada presidente representa uma determinada ala do partido, que é antagónica aos anteriores consulados, ou seja, cada nova direcção é uma oposição interna.
claro que não é uma oposição ideológica mas sim material. se cada novo consulado não descontinua os programas do anterior, como é que terá oportunidade de "comer"? é que é preciso que novos programas sejam criados de modo a que o líder do consulado e seus arranjos económicos possam se refastelar na grande mesa do banquete nacional.
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Jaime Langa respondeu
 
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Fauzia Da Luz
Nós da FRELIMO neste momento a arranjarmos as gravatas, transpiramos com medo de dizer um piu errado.
É um assunto de jurássicos.
Camarada primo, estás de parabéns pela coragem, esse é o apoio visionário e observador neutro que o País precisa para tornar-se realidade a mudança.
O tal fazer as coisas de forma diferente para ter resultados diferentes.
Agora, que fique claro que o assunto é tipo dinossauro solto, não é para brincar nesse jurássico de raptors e 🦖 t-rex.
Silêncio total segurando os ovos e gooo
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Xavier Uamba
Se não houvesse descontinuidade dos projectos neste país, acredito que nestas alturas estariamos a discutir sobre outras coisas.
O mandanto do presidente Guebuza foi dos melhores em termos de projectos, mas quase todos foram descontinuados.
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Jaime Langa respondeu
 
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Txio Theo Matsule
Vindo de si, é de salutar mais velho.
Atenção que houve a entrega das pastas, do Ministro cessante para o actual.
Por fim, peço para corrigir mais acima “… os seus autores DEVEM ser responsabilizados”
Tira o “podem”.
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Jaime Langa respondeu
 
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Luís Loforte
"Reformar o que não funciona, sim. Corrigir erros, claro." O problema é que só se reforma e se corrige aquilo que já funcionou, mas que se abrem perspectivas de fazer de outra maneira para melhor. O SUSTENTA não foi feito para funcionar, mas para servir interesses alheios!
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Chrisler Assane
O professor Elísio Macamo já criticou há muito tempo e várias vezes essa coisa de SUSTENTA no que tange a definição de objectivos até sustentabilidade.
Kasswamy Tivane
O actual ministro da agricultura tem aparência de ter cinco refeições por dia. O muito bem estar lhe faz enfraquecer a sua saúde mental. Por incompetência não se demite nenhum quadro do regime.
Luís Filipe Chissico
Jaime Langa presumo que o PROAGRI também tenha morrido vítima da mesma doença que vitimou o SUSTENTA. É cíclico, não se pode apontar o dedo a quem diz não conhecer o SUSTENTA, porque quem o criou, certamente, também "desconhecia" o PROAGRI e/ou outros programas do sector como o PEDSA, por exemplo.
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Jaime Langa respondeu
 
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Carnot N'zualo
Plenamente de acordo que os ministérios devem estar consagrados na CRM. Sempre defendi isso pelas razões que o Jaime Langa aqui enuncia e outras mais.
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Augusta Mangue
É para criar outro sustenta com outro nome e novos fundos que o destino já sabemos onde vai parar....
Pode ser uma imagem de 2 pessoas e a texto
Sticker Thumbs Up, girl giving thumbs up de Noo-Hin
Autor
Jaime Langa
Rogério Sitoe Kanimambo makwero

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