Gafe é gafe!
Em quase toda a minha vida ouvi sempre dizer “errar é humano”, “só erra quem trabalha” e blá, blá, blá…
Não vou discordar. Aliás, não tenho ferramenta necessária para discordar com estes princípios. Mas, contudo, vale a pena recordar que pessoas há, pela natureza da sua profissão, que são proibidas de errar. Ou seja, desta camada esperamos sempre algum ensinamento e não o contrário.
Há dias, aqui neste meu mural, postei qualquer coisa sobre um “erro crasso” cometido por Brito Simango, jornalista da TVM, ao referir, em pleno telejornal, que Machipanda localizava-se entre Moçambique e a vizinha África do Sul. O que admito é que provavelmente fui violento na minha abordagem sobre o assunto. Mas Brito Simango, como qualquer outra pessoa que desempenha uma profissão similar, tem a obrigação de não errar. Aliás, este é o principal requisito no jornalismo e na medicina.
Os erros são fatais, dizia o outro!
Eu sei que falar para um público tão vasto não é empresa fácil, mas os que o devem fazer têm por obrigação adaptarem-se a isso. É o desafio da profissão. Por isso que os outros, para não passar por estes embaraços, aprendem a retórica e tantas outras ferramentas necessárias para a sua apresentação pública.
Por exemplo, há dias o Presidente da República, num comício popular no Niassa, chamou Lichinga de província. O vídeo aqui postado não me deixa mentir. O que será da criança que ouviu o Presidente a dizer isso? Ou seja, devemos perdoa-lo porque “errar é humano” e “só erra quem trabalha”?
Não estou aqui a dizer que Filipe Nyusi não sabe que Lichinga não pode ser uma província, mas cometeu um deslize que dele não se esperava. E também não quero dizer que devia saber falar em público como Samora fazia, mas que esteja minimamente preparado. Afinal, o que é um líder?
Aos que me criticaram por ter “vilipendiado” em público o jornalista Brito Simango, dou a minha mão à palmatória. Talvez tenha me excedido no meu sarcasmo. É porque dele espero sempre o melhor. E não os vejo com bom olhos esses paninhos quentes quando ele ou outro colega seu comete deslizes evitáveis. Quem estiver à altura, há-de perceber o teor deste meu post!
Quanto ao Presidente Nyusi, prefiro aceitar que foi um deslize de ocasião. Mas rezo para que se não torne hábito…
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Nini Satar
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