Salomao Azael Moyana defendeu no ultimo "Pontos de Vista" da STV a revisitacao da disciplina de Educacao Politica para que as novas geracoes possam reter a historia da Luta de Libertação Nacional.
E fe-lo em complemento ao comentario de seu companheiro de painel, Fernando Lima, que defendeu inclusivamente, que os antigos combatentes da FRELIMO, passassem a fazer palestras nas escolas e universidades pois somente assim a nova geracao pode preservar a Historia Mocambicana.
Mas sao estes dois mesmos senhores, os esteios da critica a governacao do dia, dessa mesma FRELIMO, onde o culto de personalidade e a exaltacao exagerada dos feitos de certos pseudo-herois nos conduziu ao beco se saida da actual conjuntura politico.militar.
Eu teria ficado escandalizado se o proprio ministro da Educacao e Desenvolvimento Humano nos aparece, sem do nem piedade, a anunciar a modificacao radical do curriculum de uma cadeira que ate ja existe no nosso Ensino, onde se transmitem os feitos da Luta Armada, na versao oficial, pois claro.
Essa mesma versao oficial, que nos tempos em que era Educacao Politica, nos dizia que Eduardo Mondlane havia morrido no seu escritorio, mas afinal "...havia outra...". Que nos qualificava de reacconarios e sem ideologia, Simango, Gumane e Simeao, mas hoje temos o Centro Mtelela, o Eusebio Gwembe e o Benedito Marrime a contarem uma versao totalmente diferente dos acontecimentos.
Por isso, nem um miudo de 4 anos de idade poderia conceber que os autores deste processo constante de falsificacao historica na FRELIMO, possam, alguma vez, apresenta-la com cara diferente da que sempre foi pelas mesmas pessoas de sempre, como defende Fernando Lima.
Que os srs. Lima e Moyana tenham simpatias politicas por Samora Machel e a sua desastrosa maneira de levar Mocambique para a guerra civil, isso nunca me espantaria tendo em conta o seu papel interventivo no Mocambique machelista dos anos 70 e 80. Agora, que andem a fazer fretes a Alberto Chipande - o PR de facto de Mocambique - isso ja me surpreende um pouco. Sera que ja sabem que destino foi reservado a Afonso Dhlakama "muito em breve" como o grande chefe vaticinou no dia seguinte a mesma STV? Estranha presuncao jornalistica e caso para se dizer.
Por isso, na duvida metodica, prefiro assumir que, em vesperas de tolerancia de ponto, os niveis de alcoolemia estivessem bastante altos naquele estudio de TV...
Ou vamos ter de reescrever a historia da imprensa livre em Mocambique.
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