terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (30)


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A MINHA RENDIÇÃO À ADMINISTRAÇÃO COLONIAL PORTUGUESA NO DIA 6 DE SETEMBRO DE 1973, NUNCA FOI DERIVADA AO MEDO DA GUERRA, COMO ALGUNS PRÓ-FRELIMISTAS PRETENDEM INSINUAR:

Estive na Frelimo durante uma década, a qual na primeira linha de combate e quando no dia 6 de Setembro de 1973, escapei à morte que a Frente de Libertação me havia destinado, foi a certeza de que este grupo, para mim, não queria libertar coisa nenhuma, mas sim, Liquidar silenciosamente a melhor seiva do País. Desde que este grupo  do mal se apoderou do poder nunca parou de oprimir o povo, pior do que o colonialismo que suportámos durante séculos. A verdade é que a Teia Frelimista tinha tudo planeado para a eliminação física de Zeca Caliate,  da mesma maneira como procedeu, contra outros camaradas da mesma causa de luta pela Independência Nacional. Foi esta situação que me forçou a procurar refúgio nas mãos do meu inimigo,  que tinha combatido ao longo dos dez anos.
Fui naturalmente forçado a formalizar a minha rendição incondicional e na altura divulguei os factos e toda a verdade sobre as causas que me levaram a entregar-me. Declarei-o na conferência de imprensa realizada na cidade de Tete e mais tarde em Nampula, quando fui interrogado pelos Jornalistas Nacionais e estrangeiros.
Respondi afirmativamente aos Jornalistas de que na Frelimo após a morte do principal chefe militar da Defesa e Segurança, Filipe Samuel Magaia e outros vários camaradas e quadros naturais do Centro e Norte do País, com a tomada de poder de Samora Machel, surgiram na Frelimo indícios de prática de tribalismo, associado a alguns quadros afeitos à sua Teia mafiosa, que forçou a minha fuga. Continuar a insinuar que eu tinha medo da guerra, o que muitos quadros sabem não ser verdade, não afecta nada Zeca Caliate. A perseguição que me moveram  e a morte do meu adjunto Armando Tivane, abatido numa cilada preparada por um comando do exército Português, é que motivou neles a decisão de me eliminar, na altura refutei toda a  responsabilidade e provei e fiz ver, que  não tinha nada a vêr com o que se havia passado. Quem não sabia  o que era a guerra, fiava-se no que  ouvia sem noção nenhuma do que eram os confrontos entre guerrilheiros e tropas do exército colonial no interior de Moçambique. Eram os nossos colaboradores no exterior que falavam sobre as nossas acções, através de comunicados de guerra, os quais, alguns era eu a mandá-los para Dar-és-salaam a fim de serem divulgados para a  imprensa estrangeira. E mais, respondi aos Jornalistas naquelas conferências, que a minha rendição ao Exército Português, não visava apenas proteger a minha pele, era também para chamar a atenção à opinião pública nacional e internacional sobre o grupo de quadros criminosos afeitos ao Samora Moisés Machel. Afirmei pelos que lutavam verdadeiramente pela Independência Nacional e que não concordavam com Samora Machel, a sua forma de atuação querendo deixar de combater o verdadeiro inimigo, dei vários exemplos, que se tinham verificado dentro da Frelimo,  sobretudo após a morte de Magaia. Tudo quanto eu afirmei  naquele tempo, hoje tornou-se uma realidade irrefutável, que não tardou a ser confirmada. Nunca foi uma invenção ou mentira minha, afinal a Frelimo continuou a chacinar os Moçambicanos mesmos após o fim da guerra e da Independência. Fazem isso hoje à luz do dia em pleno seculo XX e XXI.
Os dirigentes máximos da Frelimo, não dizem a verdade e são mentirosos. Recentemente, após eleições decorridos em Outubro de 2014, na tomada de posse do atual Presidente da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, creio  que todos ouviram e testemunharam quando ele disse que nenhum Moçambicano podia humilhar e matar outro Moçambicano!! Infelizmente esta afirmação do Presidente só pode ser oriunda da Frelimo que todos conhecem. Os Frelimistas vivem de mentiras, aliás é de conhecimento de muitos que a verdadeira história sobre aquela organização, está falsificada. Os fundadores da Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, foram assassinados, outros marginalizados e afugentados e os que tomaram de assalto a organização, nunca contaram a verdade e versaram sua história. Por isso eu Zeca Caliate, prometo-vos escrever  tintim por tintim, toda a verdade na próxima 2ª Edição de Odisseia de um Guerrilheiro, para que os Moçambicanos saibam toda a verdade da sua história.  Durante 41 anos, não ouvi uma única palavra sobre a verdade da boca  dos dirigentes sobre o que terá acontecido na verdade. O povo está à espera, quer ouvir para reflectir sobre o que suspeita.
Recentemente, chegou-me uma informação credível, que revela que o ex-comandante do 4º sector sul da Província de Tete Zeca Caliate, continua debaixo da mira da Frelimo para assassiná-lo, por o considerar inimigo de Moçambique. E eu sei  porquê !!?? Talvez porque sou incómodo e não os deixo à vontade. Eu não devo nada à Frelimo, antes pelo contrário, ela é que me deve, lutei arduamente  dia e noite contra o colonialismo Português  para a Independência do País e ficaram com a minha mulher Violeta Beni Zeca Caliate, bem como com a minha filha Laurinda Zeca Caliate, ambas continuam cativas e reféns. Quando verificaram que a luta estava a terminada  e viram  chegar  o 25 de Abril de 1974 em Portugal, imposto pelas Forças Armadas de Portuguesas que deu fim à colonização, que resultou na Independência e democracia dos povos das suas ex-colónias ultramarinas, os criminosos, afeitos á Frelimo e ao Machelismo, intensificaram a prática da criminalidade interna e traçaram planos de vingança sem precedentes, não só contra o comandante Zeca Caliate, como também de muitos outros compatriotas. Alguns dirigentes fundadores do Partido Frelimo, foram perseguidos, presos e torturados até a morte, os poucos que tiveram sorte e conseguiram escapar, encontra-se dispersos pelo mundo fora.
E os outros que lutaram pela mesma Independência por onde andam? Será que todos  eram a favor do colonialismo Português?? Ou foram tratados por reaccionários e traidores?? Terão sido executados?  Um reacionário não é julgado?  Porque não criaram uma «COMISSÂO DA VERDADE»?? semelhante aquela que foi criada na vizinha África do Sul, após o fim do «APARTHEID»??  Também tiveram que resolver as  suas diferenças entre sul-africanos e  são seres humanos como nós Moçambicanos!?? Eles tiveram mais problemas com os BOERS por causa do Apartheid, do que nós Moçambicanos tivemos com os Portugueses. Realmente tivemos algumas diferenças com eles, mas seja quais forem as razôes que a Frelimo queira invocar, o povo Moçambicano e o povo  Português queiramos ou não, serão sempre  amigos neste mundo.
A verdade, é que existem entre nós, Moçambicanos “NEGROS “, com a mania de grandeza e superioridade, e pensam que são mais do que os outros que se junta ao tribalismo. Os deuses devem estar loucos, os sulistas pensam que o País só a eles  pertence  e inferiorizam os outros tratando-os de «CHINGONDOS» o que quer dizer, que os do centro e norte são inferiores  aos do sul. Isto é a mesma coisa ou pior que o Apartheid do tempo dos BOERS. Temos que acabar com este estado de coisas, inventadas por algumas cabecinhas  doidas. É isto que nos leva a uma guerra prolongada e desnecessária por causa das nossas pequenas diferenças. Nós respeitamos a tradição dos povos do sul e dos macondes, nós do centro norte, queremos ser respeitados também e exigimos que sem a  força das armas  a nossa tradição seja também respeitada por todos.
Toda confusão que surgiu no seio da Frelimo, foi provocada por alguns bandidos sulistas que manipulam alguns macondes lá do norte do País. Conseguiram também manipular meia dúzia de alguns camaradas do centro norte do Pais para colaborarem na exterminação de seus irmãos combatentes  da mesma origem a troco de lugares de destaque no Governo dos sulistas. Havia na Frelimo, quando Samora Machel se apoderou da organização, indivíduos sobretudo  naturais do sul, que queriam subir na vida prejudicando os outros, aliás, quanto a isso``O MELHOR E BOM COMBATENTE DA FRELIMO``, era aquele que sabia inventar mentiras. Quando os dirigentes da Frelimo souberam que já não era possível deitar a mão ao Caliate, lançaram uma campanha em grande escala de difamação para as zonas que consideravam semilibertadas no 1º e 4º sectores na Província de Tete, onde ZECA CALIATE era muito conhecido e tinha liberdade de ação entre combatentes e as populações locais.  Eu tinha muita influência,  mesmo assim foram dizer ao povo que não se preocupassem com Zeca Caliate, porque tinha sido capturado por comandante António Hama Thai, que o enviou para a União Soviética (URSS), onde foi julgado e executado.  Alguns populares mais sensíveis, choravam por mim mas os outros bem esclarecidos, não acreditaram em tais afirmações propagandistas que mais tarde foram desmascaradas por ser tudo falso.  Caliate está vivo  algures até aos dias de hoje.
 Para os leitores de ´´Zeca Caliate voz da verdade``, vou parar provisoriamente por falta de tempo, encontro-me neste momento  empenhado na escrita da 2ª Edição de ``Odisseia de um Guerrilheiro`` . Voltarei brevemente.
Compatriotas e leitores, é meu desejo que tenham um período Natalício com muita PAZ, saúde e esperança num futuro melhor.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 01 de Dezembro de 2015 
(Recebido por email)
Brevemente mais notícias, aqui na sua VOZ DA VERDADE, que anteriormente não sabiam!
PS: Aqui está a minha caixa de correspondência, basta escrever para ZECA CALIATE, VOZ DA VERDADE, APARTADO Nº 11 LOJA CTT/PC PÓVOA DE SANTA IRIA - 2626-909 PÓVOA DE SANTA IRIA - PORTUGAL

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