sábado, 28 de abril de 2018

Escavação no Peru encontra restos mortais de 140 crianças vítimas de ritual


As ossadas das vítimas mostravam claros sinais de que o coração terá sido removido.
A descoberta aconteceu em Trujillo, uma das cidades mais populares do país
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A descoberta aconteceu em Trujillo, uma das cidades mais populares do país REUTERS/ENRIQUE CASTRO-MENDIVIL
Um grupo de arqueólogos encontrou ossadas que podem representar o maior sacrifício de crianças na história da Humanidade. A descoberta aconteceu numa região na costa Norte do Peru. Segundo a estimativa dos especialistas, o homicídio terá acontecido há 550 anos. A descoberta é citada na revista National Geographic.
As crianças terão sido vítimas de um sacrifício humano e revelavam marcas até aos ossos, incluindo o esterno, o osso localizado na parte anterior do tórax. Os ferimentos incluíam ainda várias costelas deslocadas, com sinais evidentes da remoção do coração, os rostos pintados com um pigmento vermelho, um claro sinal de um ritual.A descoberta aconteceu em Trujillo, uma das cidades mais populares do país, nas redondezas do centro de uma antiga civilização do Império Chimú, em Huanchaquito-Las Llamas, que tal como os astecas e os maias sacrificava pessoas e animais.
Além das crianças, foram também sacrificados cerca de 200 lamas (mamíferos), também jovens, todos eles com menos de 18 meses. Foram queimados na direcção da cordilheira dos Andes.
“Quando as pessoas ouvem falar de uma coisa destas e com esta escala, a primeira pergunta que fazem é porquê?”, aponta Gabriel Prieto, um dos líderes da investigação. Conta o investigador que a cobrir os restos mortais estava uma espessa camada de lama, que poderá ter sido causada por “chuva e inundações intensas” numa zona tradicionalmente seca. Gabriel Prieto compara o fenómeno meteorológico ao que seria o equivalente a uma tempestade como o El Niño. O ritual poderá ter consistido num sacrifício aos deuses para parar a chuva.
Esta não é a primeira descoberta de vítimas de sacrifícios nesta zona. Já em 2011, uma equipa de investigação descobriu os restos mortais de 42 vítimas e 74 lamas durante um trabalho de escavações de um templo com 3500 anos.
A civilização chimú foi conquistada pelos incas décadas depois, que por sua vez seriam colonizados pelos espanhóis.
  1. 4a República
      República Bananeira da Tugalândia 
    Ao ler esta noticia, os poucos comentários e o seu conteúdo, pergunto-me onde andam aqueles que não perdem uma oportunidade para apontar o dedo acusatório às acções dos portugueses da época dos descobrimentos. Se um décimo disto tivesse sido feito por portugueses não faltaria gente a espumar de raiva contra nós e a acusá-los da responsabilidade deste acto mesmo tal tendo acontecido há 550 anos e nada tendo os portugueses de hoje a ver algo com ele. Mas como foi feito por um povo não-caucasiano, assobia-se para o lado, está tudo bem e toda a gente se maravilha com a história e a cultura de outros povos. É este sectarismo do Politicamente Correcto que me tira do sério.
  2. Si Maqian
      Lisboa 
    Foi por casos como este de crueldade extrema, de que os mafiosos da droga e os bandidos do Sendero Luminoso herdaram algo, que os espanhóis tão facilmente conquistaram estes povos. Eram odiados pelos seus vizinhos.
  3. Em pleno século XXI, fazem muito pior, abafado com biliões de dólares/euros, e ninguém com responsabilidades para actuar faz nada.
  4. JP
      Lisboa 
    Se a descoberta foi feita perto de Trujillo, na zona de uma antiga metrópole da civilização Chimú, porque ilustram o artigo com uma fotografia de Machu Picchu, que fica a mais de 1500 Km de Trujillo e era uma cidade Inca?
    1. Acha que o jornalista tem alguma noção disso ou sequer algum espírito crítico sobre aquilo que escreve? Amanhã lá estará numa conferência ou num podcast do PÚBLICO a arengar sobre a qualidade da informação e a vantagem do jornalismo sobre o Facebook
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