segunda-feira, 10 de abril de 2017

Opções militares? Armas nucleares na Coreia do Sul ou matar Kim Jong-un


O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca apresentou ao Presidente Trump opções para responder ao programa nuclear da Coreia do Norte, incluindo instalação de armas nucleares na Coreia do Sul ou matar Kim Jong-un, avança a NBC.
Segundo altos funcionários ouvidos pelo canal de televisão norte-americano, os dois cenários fazem parte de uma revisão que a equipa de Donald Trump está a fazer à política para com Pyongyang, após o encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, esta semana.
Caso a pressão diplomática da China e o aumento das sanções não dissuadam o líder norte-coreano a abrandar o seu desenvolvimento nuclear, o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) propõe a Trump que considere a colocação de armas nucleares norte-americanas na Coreia do Sul.
Depois de os Estados Unidos terem retirado, há 25 anos, este tipo de armamento do território sul-coreano, a medida implicaria o primeiro destacamento nuclear de Washington no estrangeiro desde o fim da Guerra Fria.
"Temos 20 anos de diplomacia e sanções que não conseguiram deter o programa norte-coreano", disse à NBC um alto funcionários dos serviços de informação envolvido neste processo de revisão de políticas, ressalvando que posicionar as armas nucleares não é a melhor alternativa.
"Não creio que [o destacamento de armas nucleares] seja uma boa ideia, creio que só vai aquecer os ânimos em Pyongyang", comentou o almirante reformado James Stavridis.
"Não vejo nenhuma vantagem porque a ideia de usarmos uma arma nuclear, até contra a Coreia do Norte, é altamente improvável", acrescentou.
Outra opção, segundo as mesmas fontes, é atacar e acabar com a vida do líder norte-coreano e outros altos dirigentes responsáveis pelos mísseis e armas nucleares do país.
Stavridis, ex-comandante da NATO, disse sobre isto que "a decapitação [do regime] é sempre uma estratégia tentadora quando se enfrenta um líder altamente imprevisível e altamente perigoso".
"A pergunta que é preciso fazer é o que pode acontecer no dia seguinte. Creio que na Coreia do Norte isso é uma enorme incógnita", afirmou.
A terceira opção apresentada pelo NSC a Trump é uma ação encoberta, ou seja infiltrar forças especiais norte-americanas e sul-coreanas na Coreia do Norte para sabotar ou minar infraestruturas de modo a entorpecer o uso de mísseis e outras armas de longo alcance.
Para Stavridis esta é a "melhor estratégia" caso os Estados Unidos se vejam obrigados a adotar medidas militares.
Perante o aumento dos testes de lançamento de mísseis de Pyongyang, Trump prometeu uma ação unilateral se Pequim não controlar o seu aliado.

Rússia e Irã alertam os EUA sobre possíveis represálias caso voltem a atacar a Síria

Aliados de Assad classificam como ilegal a presença de forças norte-americanas no Norte do país

Hangares da base de Shayrat, depois do bombardeio pelos Estados Unidos
Hangares da base de Shayrat, depois do bombardeio pelos Estados Unidos AFP
O centro de comando conjunto das tropas aliadas do presidente sírio, Bachar al Assad, que incluem forças da Rússia, Irã, o Hezbolá e várias milícias ligadas ao regime, advertiu os Estados Unidos que responderá com a força caso o país volte a atacar a Síria, como os norte-americanos fizeram na sexta-feira passada, quando Donald Trump mandou bombardear com mísseis Tomahawk a base aérea de Shayrat.
“O que os Estados Unidos perpetraram é uma agressão contra a Síria que cruza a linha vermelha. A partir de agora responderemos com força a qualquer agressor ou qualquer violação da linha vermelha por quem quer que seja, e os Estados Unidos conhecem bem nossa capacidade de responder”, informa o comunicado, divulgado por Ilam al Harbi, segundo a agência Reuters.
A nota acrescenta que a presença de militares dos Estados Unidos no Norte do país é ilegal e salienta que isso as torna “forças de ocupação”. As forças integradas no já mencionado comando afirmam que redobrarão o apoio ao exército sírio como consequência do ataque dos Estados Unidos.
A declaração do comando conjunto foi feita horas depois de Assad afirmar que os Estados Unidos tinham fracassado em seu objetivo de elevar o moral “dos terroristas” que apoiam na Síria, com seu ataque de dois dias antes à base aérea.
Também se seguiu à embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmar que não haverá nenhuma solução política para o conflito na Síria “se o presidente Bachar al Assad permanecer no poder”, acrescentando que as autoridades norte-americanas estão dispostas a “fazer algo mais” a respeito.
Segundo nota da presidência síria, Assad fez essas declarações durante conversa telefônica com seu par iraniano, Hasan Rohaní. Para Assad, Washington não atingiu sua meta principal com o ataque de sexta-feira que, afirmou, era elevar o moral dos “grupos terroristas que apoia, depois das conseguidas pelo Exército Árabe Sírio”.
Por sua vez, Moscou assegurou que o presidente iraniano transmitiu a Vladimir Putin que o ataque dos Estados Unidos é inaceitável. “Os líderes trocaram opiniões sobre a situação na Síria e ambos destacaram que são inadmissíveis as ações agressivas dos EUA contra um Estado soberano em violação às normas do direito internacional”, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgado pela agência oficial de notícias russa RIA Novosti.
Os Estados Unidos atacaram com 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk a base síria de Shayrat, de onde supostamente foram lançados os ataques aéreos com armas químicas de terça-feira contra a cidade de Khan Sheikhun, matando pelo menos 87 pessoas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
 
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