Há bem pouco tempo, "postei", aqui mesmo, excertos das reflexões feitas em sede da Agenda 2025 (2013) sobre os factores actuais de Unidade Nacional, tema ora na ordem do dia. O mesmo tema foi agora retomado - e na mesma linha- pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Moçambique, (Assembleia dos Bispos Católicos), reunido em Guiua (Inhambane) no dia 26 de Fevereiro último. E o comunicado final diz, a dado passo:
"…a injustiça gritante da pobreza esmagadora da maioria, enquanto alguns enriquecem desonestamente e vivem no fausto; a ausência de transparência na exploração dos recursos naturais e o total desrespeito do meio ambiente; a extorsão de terras aos camponeses nacionais para a implantação de megaprojectos que só favorecem as multinacionais estrangeiras e uma minoria insignificante de cidadãos moçambicanos; a ambição desmedida de funcionários públicos que fazem da corrupção, da pilhagem e do branqueamento de capitais o seu modus vivendi, para o próprio enriquecimento; o recurso à força, arrogância e intolerância para impor as próprias ideias e opiniões; os pleitos eleitorais feridos frequentemente de irregularidades, reduzindo assim a sua atendibilidade e anulando a participação do povo na escolha dos governantes do país; a exclusão social, económica e política de tantos moçambicanos; tudo isso torna a nossa «unidade nacional» cada vez mais tremida e nos impede de ser uma verdadeira família, onde cada membro se ocupa pelo bem-estar do outro".
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