terça-feira, 10 de março de 2015

Factores fracturantes da Unidade Nacional











11 hrs · 
Factores fracturantes da Unidade Nacional
Há bem pouco tempo, "postei", aqui mesmo, excertos das reflexões feitas em sede da Agenda 2025 (2013) sobre os factores actuais de Unidade Nacional, tema ora na ordem do dia. O mesmo tema foi agora retomado - e na mesma linha- pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Moçambique, (Assembleia dos Bispos Católicos), reunido em Guiua (Inhambane) no dia 26 de Fevereiro último. E o comunicado final diz, a dado passo:
"…a injustiça gritante da pobreza esmagadora da maioria, enquanto alguns enriquecem desonestamente e vivem no fausto; a ausência de transparência na exploração dos recursos naturais e o total desrespeito do meio ambiente; a extorsão de terras aos camponeses nacionais para a implantação de megaprojectos que só favorecem as multinacionais estrangeiras e uma minoria insignificante de cidadãos moçambicanos; a ambição desmedida de funcionários públicos que fazem da corrupção, da pilhagem e do branqueamento de capitais o seu modus vivendi, para o próprio enriquecimento; o recurso à força, arrogância e intolerância para impor as próprias ideias e opiniões; os pleitos eleitorais feridos frequentemente de irregularidades, reduzindo assim a sua atendibilidade e anulando a participação do povo na escolha dos governantes do país; a exclusão social, económica e política de tantos moçambicanos; tudo isso torna a nossa «unidade nacional» cada vez mais tremida e nos impede de ser uma verdadeira família, onde cada membro se ocupa pelo bem-estar do outro".
  • 20 people like this.
  • Manuel J. P. Sumbana Vou partilhar.

    • 8 people like this.
    • Zeferino Fanequiço TPC para FJN. Duro mas nao impossivel de resolver com a necessaria celeridade, diligencia e algum tacto.
      10 hrs · Like · 1
    • Titos Cau Nao sabia que a igreja catolica se tinha tornado numa filial da CIA.
      6 hrs · Like
    • Manuel J. P. Sumbana Sim, Titos Cau. Tal como uma boa parte do povo Moçambicano. A CIA está bem servida.
      5 hrs · Like
    • Paulo Besteleve Besteleve Paulo Quando me dá agenda 2025 me faz lembrar o homem que esteve com esse assunto na manga de camisa, o há falecido Dr.Davide Alone 31 de agosto 2009
      3 hrs · Like
    • Tomas Mario Tenho uma grata memória do Dr. David Aloni, Membro do Conselho de Estado. Enquanto deputado da Assembleia da República, era a nossa (MISA Mocambique) segunda "porta de entrada" na Magna Casa, sendo o Dr. Teodato Hunguana a primeira, nos primeiros anos da nossa campanha pela aprovação da Lei do Direito à Informação (2005, 2006…)! Nessa altura, muitos deputados não faziam ideia do que fosse nem para que serviria uma tal lei, aliás encarada com muita suspeita nos meandros do Governo…Que a sua alma repouse em Paz!
      3 hrs · Like · 1

ando o Professor Giles Cistac foi brutalmente assassinado a tiro. A partir do local do crime, foram imediatamente, disparadas para todo o mundo imagens do corpo do Prof. Cistac, imóvel, de brucos, e envolto em poças de sangue! Aparentemente, a primeira preocupação de todos quantos se aglomeraram em redor, não foi sugerir formas rápidas de evacuar a vítima para o hospital (acima das perícias policiais), mas sim fotografar o seu corpo, na azáfama de quer ser o primeiro a dissemina-la, nomeadamente através do Wht’sUp! Hipotecamos o sentido de respeito pela vida e pela dignidade humana? Uma estudante disse o seguinte: não sei se iria sobreviver, se recebesse pelo telefone celular a imagem do meu marido, estatelado no chão e ensanguentado, após ter sido baleado na rua…
  • 20 people like this.
  • Joao de Sousa Tomás: interessante e oportuna abordagem. Ontem ao vêr as imagens transmitidas por um dos nossos canais de televisão , via-se, defronte do corpo do Prof. Gilles Cistak, várias pessoas a fotografarem e/ou filmarem. Eu cheguei a ouvir declarações do motorista que pediu ajuda para transportar o malogrado para o Hospital e ninguém (pelo menos os mirones que estavam ali no momento) mexeu uma palha. Foi preciso um jovem tirar a sua camisa e colocá-la nas costas do Professor, por forma a estancar o sangue. Só depois do acto desse jovem (a televisão não mostra a sua cara) é que começaram a surgir pessoas interessadas em apoiar. Pelo que vi, o motorista (que certamente ficou abalado com a situação) merece uma palavra de apreço da nossa parte, porque foi ele quem levou o corpo do Professor ao HCM. A nossa sociedade ainda precisa de aprender sobre o uso ético (e legal) das diferentes tecnologias que estão ao nosso alcance.
  • Yussuf Adam Para alem destas questoes de querer ser o primeiro a disseminar a foto seria bom perguntar aos estudantes o seguinte>
  • Yussuf Adam o que fariam se encontrassem uma pessoa ferida a bala ou de outra forma_ Teriam coragem de pegar na pessoa, etabiliza/lo e meter num carro para o hospital_
  • Yussuf Adam Quantos tem numeros de ambulancias, clinicas etc no seu telefone_

  • Basilio Muhate Ilustre TVM, mais pessoas têm acesso ao telemóvel (e por conseguinte e internet) em Moçambique do que à electricidade. Existe uma relação entre a cobertura por telemóvel e a probabilidade de instabilidade politica numa região defendida por F.Hollenbach 2013 num estudo que vale a pena ler e tirar ilações. 

    A necessidade de reduzir assimetrias de informacao chega a gerar spam ... E vence quem controla e domina essa rede toda e toda a informação e contra-informacao que circula nas redes sociais...
  • Yussuf Adam quantos foram eduicados para prestar primeiros socorros_ Acho que muitas vezes as pessoas ficam paralizadas pois nao sabem o que fazer, como agir, etc. Repare se que a pessoa que prestou os primeiros cuidados foi um estudante que me parecia ser de medicina pois disse na tv estava na faculdade e ouvi tiros.. tirou a camisola e tentou estancar a saida de sangue..a bala entrou pela costela...portanto sabia algo de anatomia e primeiros socorros... A cruz Vermelha fazia esses cursos. Talvez a universidade onde ensinas poderia dar essas formacoes que sao curtas aos teus estudantes... A minha tambem...
  • Zé Miguel Dias Pereira essa foi também uma questão que me apoquentou , para além dos factos, naturalmente . Ouvi falar de 20 m até ao 1º esboço de socorro, o que é inacreditável e revelador de uma tremenda falta de solidariedade humana , a ser verdade...

  • Basilio Muhate A questão da etica associa-se a tudo o resto, a etica no uso das tecnologias nao se difere da etica profissional, da etica da sociedade, da solidariedade, da ajuda no meu ver... As vezes da impressão de que a etica é inversamente proporcional do desenvolvimento económico, mas quando espreito outras jurisdicoes noto que talves tenhamos que aprofundar a reflexão ca em casa Dr Tomas Mario. 

    As primeiras mensagens que foram colocadas a circular nas redes sociais foram nada mais do que o reflexo do estágio actual da etica, da valorizaçao do Homem e como é que nós todos hoje queremos nos transformar em actores de informação previlegiada, e opinion makers de primeira hora. Quem sai a ganhar com este show todo é quem tem o dominio sobre os midia modernos ...
  • José Jaime Macuane A espectacularização da vida estimulada pela mídia a sobrepor-se aos valores humanos mais básicos, como a sensibilidade com a desgraça do outro. Imagino o que a família passou se soube do ocorreu pelas redes sociais. As imagens eram muito fortes.
  • Tomas Mario Perguntas pertinentes, caro Yussuf Adam!
  • Alfredo Mueche talvez teria tido a msma atitude como aqueles que fotografaram o Dr.CISTAC,mas nao iria publicar aquela imagem a nao ser que os meus patroes ou editores decidicem fazer o contrario.lembremo nos do antentado no metro em Londres,os ingleses nao publicaram os seus mortos ,e fizeram bem.tambem me rcordo do atentado a bomba contra o Albie Sache,o Cabral fez uma sequencia fotografica que lhe valeu um premio,mas entao,socorremos ou fotogramos como homens de imagens.Ha quem diga que os jornalistas vivem das noticias tristes,nao sei se e verdade.
  • Custodio Duma A nossa sociedade adora tragédias caro Tomas Mario..
  • Ernesto Nhanale Para mim, falta aqui uma outra dimensão de educação para a cidadania que devemos ter em conta, não somente no uso das tecnologias, mas também sobre como devemos lidar com casos destes. Embora o dever moral mande fazer o que seria correcto, neste caso, ajudar o próximo, poderia se dar o caso de as pessoas não terem conhecimento sobre como devem agir para esse efeito. Por exemplo, como as pessoas deveriam mexer no corpo, sem ter de lhe criar mais danos? Ou mesmo, como poderiam agir sem serem suspeitos no caso ou mesmo obstruir provas? Esta nossa policia que, por vezes, prende pessoas para justificar, num caso destes podes mexer no corpo, mais tarde seres acusado de ter terminado com a vitima. Entendo que o primado da ética é ajudar e as pessoas deveriam ajudar, sem descurarmos dos diversos níveis de ajuda que poderiam ser dados. Por exemplo, como o socorro da HCM soube? Nao foi a partir da TIC? Sera que as pessoas nao ajudaram porque queriam deixar ou porque nao sabiam o que poderiam fazer? Mas, como o Tomas Mario sugere, é de facto debatermos. Estou aqui a tentar trazer outros pontos para alargarmos as nossas explicações sobre o comportamento das pessoas. O que seria neste caso ajuda completa: solicitar um pronto-socorro do hospital e da política ou devemos ir mexendo no corpo do baleado e leva-lo ao Hospital? Quem pode dizer o que devemos fazer, como e que cuidados a ter? Nao estou aqui a negar que os novos media tem essa dimensão de alimentar-se deste tipo de praticas.
  • Ernesto Nhanale Escrevi antes de ver os comentarios do Yussuf Adam. Ele trazia alguns dos pontos que coloco
  • Ofelia Da Silva Tomas Foi chocante. Tanto os que balearam-no como os que enviaram imagens nos facebooks, não pensaram nos filhos do Professor, fiquei a saber que tem uma filhinha de 12 anos, mesmo que tivesse mais, não pensaram na esposa, nos pais, nada. Foi matar um homem sem culpa no cartório. De facto, perdeu-se o sentido e respeito pela dignidade humana. Infelizmente.

  • Leandro Paul Artigo da "Folha de Maputo":


    CSCS, Cistac e banalização do mal

    Num momento em que acaba de acontecer uma mudança na liderança do nosso Conselho Superior de Comunicação Social, e numa semana em que foi assassinado o constitucionalista e docente catedrático Gilles Cistac, apraz-nos fazer uma reflexão sobre como vai a alguma imprensa moçambicana nos tempos que correm.

    Vamos tomar como ponto de partida a forma como foi coberta jornalisticamente por alguns órgãos de comunicação social moçambicanos o assassinato de Cistac. Algumas televisões, por exemplo, sem observar nenhuns principio de ética, decidiram fazer do assunto um espetáculo em busca incessante de audiências.

    Noutras partes do mundo, neste tipo de casos, em respeito às vítimas e suas famílias e ao próprio público geral, evita-se sempre que possível exibir sangue. 

    No local do crime, vimos, através de algumas das nossas TV’s pessoas (entre homens, mulheres e crianças) usando os seus telemóveis e tabletes a tirarem fotografias e a filmarem. Tais imagens depois foram passadas a algumas dessa tv’s e transmitidas e feito capa na imprensa escrita.

    Foi chocante ver tais imagens sobretudo, quando sabíamos que foram feitas enquanto Cistac ainda estava vivo e a perder muito sangue. Aliás, o director do Hospital Central de Maputo, João Fumane, disse que o malogrado depois de baleado perdeu muito sangue antes de dar entrada no HCM, e esta pode ter sido aparentemente uma das causas da sua morte. 

    A forma extremamente chocante, fria e indiferente como foi presenciado pela multidão de mirones o corpo inerte, mas vivo do professor Cistac só pode ser compreendida pela banalização do mal.

    Esse processo de tornar o mal uma banalidade como qualquer outra, despojado de seu carácter atemorizante e portentoso, ocorre pela frequência da sua prática e pela impunidade dos seus praticantes.

    Praticado em larga escala, nas suas mais variadas formas, presente na vida quotidiana como coisa corriqueira, o mal acaba se tornando coisa habitual e ninguém concede a ele a devida atenção e preocupação.

    No dia seguinte ao do assassinato de Cistac, vimos um semanário a acusar o partido no poder, a Frelimo de ser assassina, ou seja este jornal supostamente liga o partido no poder ao crime, acusando-o de autoria, ou co-autoria, moral ou material. Outra imprensa não diz exactamente isto, mas insinua nesse sentido.

    No HCM, enquanto Cistac estava sob cuidados intensivos, vimos uma romaria de indivíduos que sob a capa da academia, sociedade civil, partidos políticos, foram buscar protagonismo, querendo aparecer à custa do sofrimento a que estava sujeito quele docente, num período que afinal se revelaria como as últimas horas da sua vida.
    Num momento em que se aconselharia serenidade, já havia “políticos” prontos para apontar dedos de acusação, antecipando-se às investigações a cargo das autoridades competentes.

    Em nossa modesta opinião, alguma imprensa tem uma quota-parte de culpa ao veicular declarações tão desastrosas como as que ouvimos, e como tal deviam ser responsabilizada. Não basta acusar, é necessário provar.

    Mas, porque é que parte da imprensa moçambicana continua a comporta-se desta maneira? Nós pensamos que é por falta de impunidade.

    Acusar, por exemplo, um antigo chefe de Estado de “vende-pátria” no mínimo sem provar com factos, é crime punível à luz da nossa lei de imprensa, e em última análise à luz da nossa Constituição da República.

    Há uma lei que protege os antigos chefes de Estado em Moçambique, como há em várias partes do mundo, porque não são figuras quaisquer. Merecem dignidade e respeito, mesmo já fora do poder formal.

    Pode-se se dizer que alguns órgãos de comunicação social e respectivos profissionais agem fora da lei e da ética por falta de formação profissional adequada, mas esta não pode nem deve ser desculpa.

    O CSCS, que é nalgum momento é acusada de estar moribunda tem que começar a agir, fazendo cumprir a lei de imprensa e a Constituição da República, sob pena de ser vista como contribuindo para o descrédito para a qual está a caminhar o sector em Moçambique. 

    Outrossim urge nos perguntar sobre se não é altura de operar reformas nas atribuições desde CSCS, que aparentemente está desprovido de poderes necessários para impor ordem e disciplina neste crucial sector que tem uma missão importante de contribuir para uma sociedade sã e um Estado de Direito democrático (Folha de Maputo).
  • Tomas Mario Caro Leandro Paul! Fiquei profundamente sensibilizado pelo teu texto; ele toca questões sensíveis, pertinentes e profundas, sobre algumas tendências actuais da nossa comunicação social, onde critérios de uma absurda concorrência teem estado a colocar-se acima de quaisquer considerações de natureza ética, alias muito sublinhadas na nossa Lei de Imprensa (art.28) e na Constituição da Republica (art.48) e ainda em diferentes códigos de conduta e estatutos editorais de muitos órgãos de comunicação social. Todos os dias, vimos em ecrãs de TV, imagens cruas (não editadas) de menores violadas; corpos ensanguentados de supostos criminosos baleados ou de pessoas vítimas de agressões violentas…por vezes mostrados às televisões por agentes da própria PRM! Estou sim, de acordo: é hora de nos sentarmos - comunicação social, instituições de lei e ordem, organizações de defesa de direitos humanos, etc.- para procurarmos uma resposta comum à seguinte pergunta: como interpretar, na prática, o limite constitucional à liberdade de expressão e de imprensa, designado por "respeito pela dignidade da pessoa humana" (art.48, n°6)?
  • Guilherme Mussane Caros amigos, de tanto lêr e ouvir falar destas coisas continuo a pensar que se está a disparar o tiro para um alvo errado. O problema principal é a qualidade técnica (jornalistica) dos emissores dessas mensagens. Vejam a qualidade da redação, o "massacre"que se faz as regras gramaticais, sobretudo a pontuação, a ausência total do minimo de cultura geral. A lista de "defeitos"de muitos dos emissores dessas mensagens é longuissima. Haverá algum espaço para discutir ética e deontologia com pessoas que nunca leram nada? Se pesquisarem com alguma profundididade chegarão a triste conclusão de que muitos desses "doutos jornalistas"que publicam mensagens e imagens a seu bel prazer nunca leram a Lei de Imprensa e nada que a isso se pareça. Cadê a leituira? Cadê a aquela redacçãio em que se trocavam e se discutiam textos? Cadê o revisor, o Copy desk?
  • Tomas Mario Ser jornalista sem saber escrever português correctamente é um problema grave; mas tal problema não "explica", muito menos "secundariza" princípios de ética social comum, caro Guilherme Mussane!
  • Leandro Paul Caro amigo e professor Tomas Mario: obrigado pelas palavras. Mas o texto e efectivamente da Folha de Maputo e eu apenas o postei, dada a actualidade e pertinencia do tema. Acredito que os editores deste jornal electrónico agradecerão o gesto e o elogio. Obrigado.
Barbarie!
A maioria da opinião pública associa o assassinato do Prof. Giles Cistac às suas ideias políticas expressas recentemente através da comunicação social. Assumindo que seja realmente esta a causa do seu bárbaro assassinato, este acto constituiu um grave afronta aos princípios do pluralismo e diversidade de opinião, consagrados na Constituição da República. Nessa medida, estamos perante um grave atentado aos pilares fundamentais da democracia, incluindo o direito dos cidadãos à liberdade de expressão e o direito dos órgãos de comunicação social de veicularem pontos de vista diferentes sobre assuntos polémicos na sociedade. Nessa medida, trata-se de um acto bárbaro e cobarde, que condenamos de forma veemente, esperando que os seus perpetradores sejam rapidamente capturados e severamente punidos, nos termos da lei.
  • 35 people like this.
  • Carlos Nuno Castel-Branco Aos que querem enterrar o pensamento livre e independente, vai um aviso - o pensamento é uma semente. Aos outros, vai outro aviso - é necessário e urgente que façamos alguma coisa pelo nosso país, antes que cheguemos ao ponto de já não termos país pelo qual possamos fazer alguma coisa.
  • Bitone Viage Claro Dr Tomas Mario, mas acredito que o professor Giles Cistac mostrou-nos que a liberdade de expressão não é um direito constitutional mas sim um direito natural, querem nós calar invetam um ser sem bouca e lingua... lutaremos em prol do fim do patrulhamento ideologico que nos leva a uma prisão intelectual. ..
  • Leandro Paul A mesma dor que senti quando do assassinato de Carlos Cardoso voltei senti - la esta manhã.
  • Mário Paiva O prof. Gil Cistac teve a coragem de "falar contra a corrente" de falar sobre o que sentia e exprimir-se livremente nos media, independentemente do juízo de valor de quem quer que seja - e foi cruel e friamente assassinado! Só nos podemos associar ao repúdio de todos contra este acto bárbaro, venha ele de onde vier!
  • Carmen Munhequete Que triste realidade
  • Carla Machavane Que tragédia...Rip... Professor Cistac!!
  • António Afonso Mafuiane É um acto macabro de todo condenável num Estado de Direito como o nossoe que nos envergonha como Nação
Que factores são essenciais para a Unidade Nacional, hoje? Um excerto da Agenda 2025 (2013):
"Se, no passado, a construção da unidade nacional assentava na condição comum dos moçambicanos, de explorados e dominados, e no objectivo igualmente comum da conquista da independência, tem hoje que ser enriquecida de modo a acolher aspectos de diferenciação entre os cidadãos, derivados, por exemplo, do poder económico, posição relativa na sociedade, entre outros.

A unidade nacional pode, também, ser posta em perigo pelo crescimento da corrupção e da ganância que, por sua vez, facilitam situações de distribuição não equitativa e de enriquecimento ilícito e criminal, agravando a desigualdade na distribuição da riqueza. A

Unidade nacional, ainda em processo de construção, ressente-se das desigualdades sociais e regionais, da criminalidade interna e internacional, e do potencial desenvolvimento de ambições territoriais externas. A falta de assertividade na punição da corrupção e do uso indevido e/ou apropriação de bens públicos constitui elemento fracturante da unidade nacional. O resultado desta inacção suscita, por vezes, o surgimento de fenómenos como o tribalismo, o regionalismo e o racismo.
(…)
No presente momento histórico de Moçambique, a unidade nacional, sólida e duradoura, edifica-se na partilha e na equidade perante o acesso às oportunidades de trabalho, de negócio e de bem-estar material, na defesa de valores culturais e espirituais modernos, no respeito mútuo, na isenção e na igualdade dos cidadãos perante a lei.
Os discursos políticos devem constituir um elemento educador dos cidadãos. Esses discursos
devem ser assentes em valores da sociedade, no mérito, nas identidades e na História de
Moçambique.
A democracia e o desenvolvimento intelectual do Homem devem cada vez mais aceitar versões diversas sobre a realidade presente e passada, desde que fundamentadas. Os moçambicanos não podem conhecer apenas as versões da história elaboradas pelos vencedores mas, principalmente, por cientistas que a estudam, com distanciamento, e libertos de condicionalidades normativas de posicionamentos políticos ou de outra natureza.
A unidade nacional é construída pensando, sobretudo, no futuro, com objectivos que mobilizem os moçambicanos, através de projectos de construção de uma sociedade e de um país, que ultrapassem conjunturas políticas, económicas e sociais ou de lutas partidárias. A grande missão do actual sistema político é a construção de uma sociedade mais coesa, mais solidária e mais justa. A unidade nacional só é plenamente verdadeira, quando o Homem se sentir livre nas suas opções e, com elas, poder viver sem algum tipo de discriminação e/ou exclusão.
(…)
A construção da unidade nacional, nestes moldes, exige políticos e homens e mulheres
de Estado que coloquem os objectivos de um futuro longínquo da Nação e dos cidadãos
– acima das lutas partidárias, de defesa da preservação do poder - e das ambições pessoais ou de grupos"….
  • 25 people like this.
  • Lourenco Rosario A Agenda 2025 sintetiza o pensamento daquilo que deveria a agenda nacional da governação e criação de uma cultura de paz, reconciliação, justiça social e democracia plena. Infelizmente, tenho provas de que os nossos políticos referem se a ela sem sequer terem lido uma única pagina. Uma autentica vergonha nacional. O mesmo se passa relata relatórios do MARP. Ambos os documentos produzidos por moçambicanos e para os moçambicanos. Gostei da iniciativa, Tomas de nos recordares este recorte especifico sobre a Unidade Nacional. Bem haja.
  • Tomas Mario Caro Prof. Lourenço do Rosário - figura de proa que tem estado no centro destas reflexões estratégicas sobre o nosso país - o que diz sobre a nossa classe é, muito infelizmente, uma (dura) verdade: a nossa classe política continua, mais do que alheia, avessa a reflexões estratégias de fundo, exactamente como a Agenda 2025 e o Relatório do MARP! Mas além destes dois documentos de referência, produzidos por moçambicanos e para moçambicanos, temos tido, também reflexões de centros de pesquisa como o IESE, o CIP, o OMR, o CEA da Universidade Eduardo Mondlane, etc. Contudo, continuamos ouvindo, da nossa classe política, discursos "presos" a um passado paralisante, furtando-se ao debate das questões de fundo, ora na ordem do dia… E sempre me fiz esta pergunta: Como construir uma ponte dinâmica, entre o conhecimento que se produz e aqueles que nos governam, formulam políticas públicas ou moldam a opinião pública? Como achatar o vértice da pirâmide, entre o avanço da sociedade e a paralisia da classe política? Parece-me ser isto a que alguns sociólogos chamam de "desenvolvimento discordante".

  • Filipe Ribas Tomas Mario, li o relatório do MARP, um documento de muito valor, mas constatei, com muita trusteza, que a pessoa que mo passou não lera. E fazia parte de uma das comissões.

    Das outras iniciativas, tenho quase a certeza, creio que algumas figuras têm uma participação que cura das suas próprias imagens.
  • Lourenco Rosario Infelizmente, caro Ribas. Por isso mesmo, estamos a reestrturar o mecanismo, de modo a garantir que não estamos a dar boleia a pavões. Mas o nosso Pais estah cheio deles e alguns com muita influencia nossos destinos. Só nos resta denunciar essas situações.
  • Tomas Mario Caro Ribas, infelizmente tem sido muito comum, encontrarmos pessoas que se envolvem em comissões ou grupos de trabalho, sem outro interesse que não seja constar na lista para constar junto de "quem de direito"! Não admira por isso que encontremos pessoas que, tendo participado numa decisão sobre um certo assunto, apareçam em público com posições diversas, senão mesmo opostas ao sentido da decisão em que participaram…Que fazer?

  • Filipe Ribas Faço sempre questão de acompanhar atentamente o trabalho destas grandes comissões, cuja profundidade de abordagem me conforta como cidadão. A tranquilidade é-me dada pela seriedade e objectividade das soluçōes apontadas, particularmente porque são exequíveis. Entendo que o Governo tem um como ler o país e guiar-se de acordo com as recomendações aí contidas, sem precisar de inventar novas rodas.

    Agora, a minha decepção resulta exactamente do facto de que tanto o MARP quanto a Agenda surgiram, pelo menos aos meus olhos, como um quadro em que o próprio Governo assume a necessidade de abraçar um projecto de desenvolvimento consequente.
    Hoje, parece que fomos abandonados com as bandeiras que recebemos com muita fé. A termos que denunciar os desvios óbvios, fà-lo-emos perante quem, sem corrermos o risco de sermos rotulados de ataques pessoais contra os que tinham a responsabilidade de fazer respeitar as agendas nacionais?
  • Tomas Mario Nem mais! São todas essas questões que ficam nos martelando nas cabeças…amiúde sem qualquer resposta!
As minhas saudações à deputada Ivone Soares, ora designada Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO! Há-de ser, certamente, a mais alta subida de uma jovem na hierarquia da AR em toda a história deste órgão! Como seu antigo professor na Universidade, sinto com esta nomeação natural orgulho pessoal. Como sempre digo nas aulas: a humildade é a chave de todo o conhecimento! Que seja uma chefe humilde! Ivone Soares
  • 27 people like this.
  • Ivone Soares Obrigada professor! Espero que não me deixe na mão e que continue a ensinar-me. Bjhs
  • Lourenco Rosario Estudaste numa Universidade em que o lema era: "Aqui êh proibido ter medo" . Acompanhei a tua trajetória, sobretudo nos debates, em anfiteatro cheio, onde mostraste sempre muita lucidez. E receberes elogio do Tomás sabe melhor, porque ele não te deve nada. Felicidades.
  • Ivone Soares Magnífico Reitor Lourenco Rosario a concretização do seu sonho de criar o ISPU (hoje A Politécnica) ofereceu a muitos a possibilidade de estudar na primeira universidade privada do país. Hoje, temos novos valores que a academia nos transmitiu. Felizmente nos brindaram com a excelência. O humanismo e o rigor são visíveis no modo de ser e estar de quem os docentes formaram. Muito obrigada por tudo.
  • Quivi José Faera e quem é o portavoz da bancada?e o Chalawa continua deputado?
  • Ivone Soares O porta voz é o Deputado Henrique Lopes

Sem comentários: