domingo, 18 de janeiro de 2015

Um Governo prático e pragmático

Segunda, 19 Janeiro 2015 00:00

TAL foi a promessa do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, no seu discurso de tomada de posse, na passada quinta-feira em Maputo, perante o testemunho de representantes dos diferentes órgãos de soberania e “apadrinhamento” de toda a comunidade internacional.


Filipe Nyusi prometeu criar um Governo com uma estrutura o mais simples possível, funcional e focado na resolução de problemas concretos do dia-a-dia do cidadão. Um Governo orientado por objectivos de redução de custos e no combate ao “despesismo”. Um Governo de pessoas simples e trabalhadoras.

Quando em decreto presidencial Filipe Nyusi indicou a nova composição governamental, compulsei logo a seguir o seu discurso de tomada de posse e conclui que estava perante uma figura que quando promete cumpre.

Confesso que não conheço todos os membros deste elenco governativo, mas me arrisco a dizer que todos eles são competentes e respondem aquilo que é a promessa feita pelo Presidente Nyusi no deu discurso de tomada de posse.

Na estarei errado se disser que este Governo está norteado por valores de eficácia, competência e humildade e, portanto, comprometido com a erradicação do remanescente da pobreza em Moçambique.

Encontro neste Governo a inclusão, na verdadeira acepção da palavra. Uma inclusão que assenta fundamentalmente na competência, na meritocracia, na técnica, no conhecimento, enfim, no saber.

Acredito que este Governo será participativo, promovendo um verdadeiro diálogo com os diferentes segmentos políticos, económicos, sociais e culturais. Vai promover um diálogo aberto com as diferentes organizações da sociedade civil, camponeses, o sector privado, a academia e a intelectualidade, as organizações socioprofissionais, os sindicatos, as confissões religiosas, os artistas, os desportistas, as autoridades tradicionais, os jornalistas, entre outros sectores.

O Presidente da República anunciou uma equipe governamental que, quanto a mim, é adequado para as necessidades de contenção e de eficácia. É um Governo aparentemente firme na defesa do interesse público, intolerante para com a corrupção, portanto, baseado na justiça, no mérito e no profissionalismo.

Filipe Nyusi disse que o seu patrão é o povo. Muito bem. É este patrão que exigirá ao seu empregado o cumprimento das promessas feitas durante a pré-campanha, a campanha eleitoral e nos seus discursos após o anúncio dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional de Eleições e consequente proclamação e validação dos mesmos pelo Conselho Constitucional.

Na verdade, o povo, o patrão do Presidente, vai exigir, conforme o combinado, a expansão da rede escolar com vista a redução da distância casa-escola. Vai exigir o apetrechamento em carteiras e bibliotecas e laboratórios e ainda a melhoria das condições de vida e de trabalho do professor.

Senhor Presidente: o seu patrão vai lhe exigir a criação de novos empregos e a prossecução do projecto de construção de mais unidades sanitárias, dotadas de meios técnicos adequados de diagnóstico e tratamento. Vai exigir mais estradas e pontes para facilitar a circulação de pessoas e bens e vai também exigir a expansão das redes de abastecimento de água e de energia eléctrica sobretudo para as zonas recônditas deste belo Moçambique. E não tenho dúvidas de que o Presidente e o seu elenco governativo vão alcançar estas metas.

Mas também, e acima de tudo, o povo vai-lhe exigir a paz; uma paz alcançada por via do diálogo com os diferentes extractos sociais. Estou consigo, Senhor Presidente Nyusi.

“Ninguém está acima da lei e todos são iguais perante ela” – proclamou o Presidente da República, anunciando que o seu Governo tomará medidas de responsabilização contra a má conduta e actos de corrupção, favoritismo, nepotismo e clientelismo praticados por dirigentes, funcionários ou agentes do Estado em todos os escalões.

Boa interpelação esta. É que nalguns casos permite-se a violação do contrato social firmado com o povo. E acredito, Nyusi não permitirá tal prática. Eu estou do seu lado Senhor Presidente e estou do lado de todo o seu elenco. Um elenco nutrido de valores de humanismo, humildade, honestidade, integridade, transparência e tolerância.

Apelo, por fim, a todos os moçambicanos de bem para que se juntem a este elenco governativo, para que Moçambique tao cedo quanto antes continue a mostrar ao mundo a melhoria constante e permanente da sua imagem.

Eu estou consigo, Senhor Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi. E os moçambicanos na sua generalidade, os verdadeiros moçambicanos, não déspotas, estão igual e verdadeiramente do seu lado.

Ainda aí alguém a apregoar o surgimento de uma tal “República do Centro e Norte de Moçambique”. Esse alguém se auto proclama Presidente de tal República.

Amigo, o Presidente Nyusi já avisou: “ninguém está acima da lei em Moçambique”. Querer dividir o país é praticar um crime que se chama lesa-pátria. E isso é condenável. Perdão aos meus leitores, o tempo não é de falar desse alguém, mas de apoiar o novo Presidente da República e os projectos da sua governação.

Eu confio em ti, Nyusi (…)

Vitorino Lino Mazuze

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