domingo, 18 de janeiro de 2015

Dhlakama em Caia


Ivone Soares added 6 new photos.
15 hrs ·
Souberam que o líder vinha. Não quiseram ficar em casa. Estão em peso nas ruas de Caia para saudá-lo...
Somos resistentes



Em Caia, Sofala 


Maputo (Canalmoz) – O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, convocou para terça-feira, 20 de Janeiro, a reunião do Conselho Nacional, que será alargada aos deputados eleitos nas eleições de 15 de Outubro de 2014. O encontro vai realizar-se no distrito de Caia, província de Sofala.
Segundo apurou o “Canalmoz” de fontes da Renamo, a reunião do Conselho Nacional visa fazer uma reflexão e propor novas acções políticas tendentes a pressionar partido Frelimo, depois, na semana passada, os deputados do partido no poder e os do MDM, bem como o presidente Filipe Nyusi, terem tomado posse, perante a contestação da Renamo, que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições do sheik Abdul Carimo, e validados pelo Conselho Constitucional de Hermenegildo Gamito.
A reunião acontece um dia depois da tomada de posse do novo Governo.
António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, não mencionou o tipo de acções que a Renamo vai levar a cabo para pressionar o Governo, mas disse estar fora da agenda deste encontro a tomada de posse dos deputados a todos os níveis.
Segundo explicou Muchanga, no encontro poderá ser fixada a data da tomada de posse do Governo paralelo.
“Não vai ser discutida a questão da posse dos deputados eleitos pela Renamo. O que pode acontecer é fixarmos a data em que vamos empossar o presidente da nova República, e este, por sua vez, formar o seu Governo e marcar a data da investidura dos membros desse executivo”, afirmou o porta-voz do presidente da Renamo.
Acrescentou que, na reunião que será dirigida pelo presidente Afonso Dhlakama, não serão anunciados os nomes dos membros do Governo da “República do Centro e Norte de Mocambique”.
Em princípio, o encontro poderá durar um dia, mas António Muchanga explicou que, dependendo do nível das discussões, o mesmo poderá ser alargado por mais um dia.
A Renamo não reconhece os resultados, por isso orientou os seus membros eleitos para as Assembleias Provinciais e os que foram eleitos como deputados da Assembleia da República para não tomarem posse. Além disso, Afonso Dhlakama esteve ausente na cerimónia de investidura do novo Presidente da República, como manifestação de repúdio.
Depois de ter proposto, nos últimos dois meses, a formação de um Governo de Gestão, proposta que foi ignorada pela Frelimo, a Renamo acabou por anunciar recentemente a formação de uma República autónoma do centro e Norte de Moçambique, onde pretende nomear os seus governadores.
Não está claro como o tal Governo poderá funcionar sem recursos orçamentais, mas no seio da Renamo há quem considere que, se tal ideia for concretizada, as empresas que operam no sector dos recursos minerais naquelas regiões serão obrigadas a pagar os seus impostos e outras obrigações às autoridades da nova República, e não ao Governo central baseado em Maputo, como tem acontecido até agora.
Para já, são apenas hipóteses, embora o Presidente da República, Filipe Nyusi se tenha antecipado a garantir que quer que “os moçambicanos sejam os donos da sua própria riqueza”, algo que pode ser tornado uma realidade através, segundo disse, da transparência na exploração. (Bernardo Álvaro)
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