Chacate Thinker
near Delhi, India
Os acontencimentos de Muxungue, nos primeiros dias do mes em curso (Abril) merecem um debate muito frio e imparcial. Caso contrário, corremos o risco de discutir posicoes, crencas, orientacoes politicas. Ou de fizermos ilações preciptadas, sem sustentações teoricas válidas, tais como Moçambique volto...u a mergulhar-se em guerra civil, o conflicto irá desnerar-se em conflito violento nacional, etc.
Quando se inicia o debate baseado em orientações politicas, amores, paixões por partido A ou B ja' vamos com ideas pre-consebidas e viciadas. Isso normalmente sega-nos os sentidos e consequentimente, nao conseguimos captar a realidade, tal como ela se apresenta, por mais nitida que ela seja. É importante entender a pedra angular que constitui o sustentaculo da relativa paz que se vive hoje em Moçambique para melhor interpretação do caso Muxungue. E a base desta sao os Acordos Gerais de Paz (AGP).
Portanto, os diferendos que opoe a Frelimo e Renamo derrivam da falta de cumprimento de alguns dos pontos dos AGP por uma das partes. Por isso que no inves de recorrer ao uso do “hard powe”, ou seja o uso da força é preciso renegociar os acordos para que todas as partes encontrem um ponto de equilibrio. Entendo eu, que os actores politicos tem os seus interesses centrais, que na verdade estão acima de quaisquer outros. Quando os mesmo são ameaçados, eles recorrem ao uso de todos meios a sua disposição para garantir a sua sobrevivencia.
No campo das Relações Internacionais existe a conhecida teoria de "balance of power", ou seja equilibrio de poderes. A mesma advoga que quando um dos actores em jogo percebe que os alcerces que garantem a sua sobrevivencia estao substancialmente alterados, esta inevitavelmente recorre a violencia, ou a guerra. Na verdade esta é uma subteoria inserido no paradigma realista e nem sempre se valida no campo material.
Outro ponto, que na minha modestia opinião deve ser considerado, é que tanto a Frelimo, assim como a Renamo preocupam-se, em primeiro plano, em garantir os valores centrais dos seus partidos (a sua sobrevivencia), e em segundo plano os demais interesses, incluindo os do povo. E no caso em debate há jogos de interesses muito mais serios e duros que nao devem ser analisados com simplicidade.
A Frelimo precisa de eliminar os homens armados da Renamo, para que eles nao continuem a ser o escudo deste último, e uma fonte da instigacao da violencia, seja contra a propria Frelimo, asim como contra os demais moçambicanos. A Frelimo pretende fragilizar a Renamo por completo, por um lado. A Renamo foi, de uma forma gradual, perdendo o seu peso na conjuntura politica Mocambicana, vendo a sua representatividade na Assembleia da Republica decrescida de uma centana e tal para muito menos, por outro lado. E a Renamo esta' aproveitar o elevado nivel do descontentamentos (dos ex-regressados da antiga RDA, Desmobilizados de guerra, homens da SISE, os varios seguimentos que se manifestaram violentamente em 2008 e 2012, dentre outros) para pressionar o governo a ceder os seus pontos.
Em relação a ideia que a mídia tem vindo a propalar de que caminhamos rapidamente para uma guerra civil, entendo que não há condimentos sufiecientes para tal em Moçambique de momento. Os factores internos, regionais e globais não favorecem tal acontecimento. Os actores politicos são muito racionais e antes de entrarem em guerra fazem calculos de custos e beneficios. Se ir a guerra custa mais carro do que recorrer a outra alternativas, fazem tudo para evita-la. Os elementos da Renamo tem um patrimonio construido durante os últimos 20 anos, assim como os elementos da Frelimo tem patrimônio que construiram ao longo dos quase 40 anos, desde a Independências. E os antigos patrocinadores das guerras em África tem grandes investimentos em Moçambique. Portanto, acho que os potenciais actores para fazer a guerra acontencer, neste momento, não estão interessado isso. E concordo plenamente com Calton Cadeado quando afirma que as teoria me dizem que não estamos em guerra em Moçambique e nem caminhamos para tal.
Por Chacate Thinker — with Egidio Guilherme Vaz Raposo and 18 others.See more
2 comentários:
É MOMENTO DO NOSSO CHEFE DO ESTADO SE LIBERTAR DA CORTINA DE FERRO E ASSUMIR-SE COMO CHEFE DESTA NAÇÃO. DIGO NAÇÃO. POIS, O SANGUE DO POVO NÃO PODE ALIMENTAR AS GANANCIAS ALHEIAS.
Triste é como estou.
Um Land Cruiser, que me parece ser a marca registada dos ministros e PCAs da praça, custa cerca de 220 mil dólares americanos. Sem falar de Mercedes e outros. O desmobilizado recebe de pensão 600,00MT. Give me a break
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