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O Conselho de Segurança da ONU reagirá quarta-feira (20.00 do horário de Moscou) ao lançamento de foguete norte-coreano com um satélite a bordo. Uma reunião extraordinária será convocada por iniciativa do Japão e dos Estados Unidos.
A Rússia apoiará a discussão desta questão pelo CS da ONU, comunicou a mídia russa, citando fontes nas estruturas de poder executivo da Federação Russa (FR).
O lançamento de foguete norte-coreano nos provoca uma profunda consteranação, declarou o MRE da Rússia. A Coreia do Norte lançou foguete contrariamente à opinião da comunidade internacional e aos apelos da Rússia. Moscou destacou que Pyongyang violou as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que proíbem a Coreia do Norte de efetuar lançamentos de foguetes, utilizando tecnologias balísticas.
O lançamento de foguete norte-coreano foi censurado duramente pelos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, convocou uma reunião urgente do Conselho de Defesa Nacional, cujos participantes qualificaram o lançamento como ameaça à paz na Península da Coreia e em todo o planeta. Tóquio expressou um sério protesto a Pyongyang por causa do lançamento de foguete. O secretário-geral do gabinete de ministros do Japão, Osamu Fujimura, manifestou-se pela introdução de sanções adicionais da ONU contra a Coreia do Norte. A Administração dos Estados Unidos caraterizou o lançamento como provocação. A Casa Branca declarou que a violação de várias resoluções da ONU por Pyongyang terá consequências para o país.
Comentando a discussão desta questão no Conselho de Segurança da ONU, o diretor dos programas de investigação coreanos do Instituto de Economia da Academia de Ciências da Rússia, Gueorgui Toloraia, disse à Voz da Rússia:
"Nós, na Rússia, partimos do princípio de que as resoluções da ONU devem ser observadas. Consideramos que a Coreia do Norte tem direito a pesquisas espaciais, mas só após a regularização de todas as questões ligadas às sanções da ONU, que proíbem o país de efetuar lançamentos com a utilização de tecnologias balísticas. Por isso, é necessário dividir estes dois aspetos - apoiamos a discussão desta questão no CS da ONU, mas não consideramos que tal leve automaticamente ao endurecimento de sanções. Penso que a China também irá cupar uma posição mais moderada em relação ao castigo futuro da Coreia do Norte".
Quarta-feira de manhã, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance com um satélite a bordo. Mais tarde, Pyongyang comunicou que o satélite foi colocado com êxito em órbita. O Centro de Aviso de Ataques de Mísseis da Rússia fixou o lançamento do foguete norte-coreano. A trajetória de voo do foguete passou fora do território da Rússia, não representando ameaça para a segurança do país. Atualmente, peritos estão recolhendo e processando as informações. Sua análise permitirá determinar a presença de um novo objeto espacial em órbita terrestre.
O Comando Unificado de Defesa Aeroespacial da América do Norte confirmou que no período de lançamento nem o foguete, nem seus fragmentos representaram ameaça para o país.
O primeiro estágio caiu em águas sul-coreanas no Mar Amarelo, a oeste da península coreana, o segundo - no Mar da China Oriental e o terceiro - nas águas do Pacífico. Os três pontos de queda encontram-se a cerca de 200 quilômetros do território da Coreia do Sul e das Filipinas, nas regiões cujas coordenadas foram comunicadas anteriormente por Pyongyang a organizações internacionais.
O lançamento do satélite norte-coreano causou surpresa porque terça-feira Pyongyang anunciou ter começado a desmontar o foguete por causa de problemas registados na plataforma de lançamento.
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