A expectativa que os moçambicanos têm que um julgamento nos Estados Unidos da América de Manuel Chang, e dos outros arguidos no caso das dívidas ilegais, traga alguma Justiça para o nosso país é utópica. As autoridades norte-americanas estão a agir pois investidores do seu país foram defraudados pela Proindicus, EMATUM e MAM e a sua moeda foi usada para pagar corrupção e em outros crimes. Moçambique deixar de pagar os empréstimos ilegais não é opção do Governo de Nyusi mas também não é o desejo dos Parceiros de Cooperação ou mesmo pelo Fundo Monetário Internacional.
“Através de uma série de transacções financeiras, aproximadamente entre 2013 e 2016, a Proindicus, a EMATUM e a MAM contraíram dívidas no total de 2 biliões de dólares norte-americanos através de empréstimos garantidos pelo Governo moçambicano.
Os empréstimos foram organizados pelo Banco de Investimento 1 e pelo Banco de Investimento 2 e vendidos a investidores em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. No decurso das transacções, os co-conspiradores, entre outras coisas, conspiraram para defraudar investidores e potenciais investidores nos financiamentos da Proindicus, EMATUM e MAM através de várias deturpações e omissões relativas, entre outras coisas:
(i) finalidade do dinheiro dos empréstimos,
(ii) pagamentos de suborno a funcionários do Governo moçambicano e a banqueiros,
(iii) o montante e datas da maturação da dívida pública da Moçambique, e (iv) a capacidade e a intenção de Moçambique reembolsar aos investidores” pode-se ler no Despacho da acusação contra Manuel Chang, António Carlos do Rosário, Maria Isaltina Lucas deixando evidente que ao United States District Court for Eastern District of New York não interessa a violação da Constituição de Moçambique e das leis orçamentais.
O @Verdade apurou que para além da Auditoria da Kroll tem sido fundamental para a acusação norte-americana a colaboração prestada pelo banco Credit Suisse que pretende passar a sua irresponsabilidade institucional apenas para os seus antigos funcionários que lideram como os empréstimos para Moçambique.
É que se ficar provado que o banco suíço, e também o russo VTB, cometeram ilegalidades no processo de concessão dos empréstimos e na sua colocação nos mercados financeiros serão eles os responsáveis por ressarcir aos investidores das dívidas da Proindicus, EMATUM e MAM.
Portanto independentemente dos três moçambicanos, assim como os banqueiros e responsáveis do fornecedores, serem condenados nos EUA o nosso país não resolve um dos problemas principais criados pela Proindicus, EMATUM e MAM que é terem tornado a Dívida Pública insustentável e o seu pagamento tornar ainda mais sombrio o futuro do povo moçambicano.
“Através de uma série de transacções financeiras, aproximadamente entre 2013 e 2016, a Proindicus, a EMATUM e a MAM contraíram dívidas no total de 2 biliões de dólares norte-americanos através de empréstimos garantidos pelo Governo moçambicano.
Os empréstimos foram organizados pelo Banco de Investimento 1 e pelo Banco de Investimento 2 e vendidos a investidores em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. No decurso das transacções, os co-conspiradores, entre outras coisas, conspiraram para defraudar investidores e potenciais investidores nos financiamentos da Proindicus, EMATUM e MAM através de várias deturpações e omissões relativas, entre outras coisas:
(i) finalidade do dinheiro dos empréstimos,
(ii) pagamentos de suborno a funcionários do Governo moçambicano e a banqueiros,
(iii) o montante e datas da maturação da dívida pública da Moçambique, e (iv) a capacidade e a intenção de Moçambique reembolsar aos investidores” pode-se ler no Despacho da acusação contra Manuel Chang, António Carlos do Rosário, Maria Isaltina Lucas deixando evidente que ao United States District Court for Eastern District of New York não interessa a violação da Constituição de Moçambique e das leis orçamentais.
O @Verdade apurou que para além da Auditoria da Kroll tem sido fundamental para a acusação norte-americana a colaboração prestada pelo banco Credit Suisse que pretende passar a sua irresponsabilidade institucional apenas para os seus antigos funcionários que lideram como os empréstimos para Moçambique.
É que se ficar provado que o banco suíço, e também o russo VTB, cometeram ilegalidades no processo de concessão dos empréstimos e na sua colocação nos mercados financeiros serão eles os responsáveis por ressarcir aos investidores das dívidas da Proindicus, EMATUM e MAM.
Portanto independentemente dos três moçambicanos, assim como os banqueiros e responsáveis do fornecedores, serem condenados nos EUA o nosso país não resolve um dos problemas principais criados pela Proindicus, EMATUM e MAM que é terem tornado a Dívida Pública insustentável e o seu pagamento tornar ainda mais sombrio o futuro do povo moçambicano.
FMI e Parceiros de Cooperação nunca recomendaram não pagar as dívidas ilegais
Embora especialistas em Direito, nacionais e estrangeiros, afirmem existir matéria para que o Governo de Filipe Nyusi repudiasse aos empréstimos e não os aceitasse pagar essa nunca foi a sua vontade.
Embora especialistas em Direito, nacionais e estrangeiros, afirmem existir matéria para que o Governo de Filipe Nyusi repudiasse aos empréstimos e não os aceitasse pagar essa nunca foi a sua vontade.
O terror continua em Cabo Delgado
Mais quatro pessoas decapitadas
Numa altura que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) continuam com discursos minimalistas em relação ao terror que continua a ser imposto por homens armados, a realidade continua a demonstrar uma tendencia de degradação acentuada das condições de segurança pública.
Numa altura que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) continuam com discursos minimalistas em relação ao terror que continua a ser imposto por homens armados, a realidade continua a demonstrar uma tendencia de degradação acentuada das condições de segurança pública.
Nisto, na noite da quinta-feira da semana passada, mais um ataque teve lugar na aldeia Manila, localizada a cerca de 17 quilómetros da vila sede de Mocímboa da Praia. Na acção, mais uma na região, quatro pessoas foram decapitadas, cinco foram feridas com gravidade e seis casas foram incendiadas. A população, soube o mediaFAX, ainda tentou reagir, mas o grupo atacante continha elementos com armas de fogo, realidade que tornou impossível uma reacção efectiva da população daquela aldeia.
Uma das pessoas assassinadas é o chefe daquela aldeia.
Há indicação de que o grupo atacante, composto por número indeterminado de elementos, tinha pelo menos cinco elementos fardados a Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Os ataques armados em Cabo Delgado já devem ter feito perto de 200 vítimas mortais, maioritariamente correspondentes à população civil, que continua a buscar refúgio nas vilas sedes distritais.
MEDIA FAX – 14.01.2019
Uma das pessoas assassinadas é o chefe daquela aldeia.
Há indicação de que o grupo atacante, composto por número indeterminado de elementos, tinha pelo menos cinco elementos fardados a Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Os ataques armados em Cabo Delgado já devem ter feito perto de 200 vítimas mortais, maioritariamente correspondentes à população civil, que continua a buscar refúgio nas vilas sedes distritais.
MEDIA FAX – 14.01.2019
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África do Sul reage à detenção André Kanekom em Moçambique
Acredita-se que a questão do André Mayer Kanekom e Manuel Chang, detido no dia 29 de Dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Johanesburgo quando estava a caminho de Dubai para gozo de férias, esteja no topo das conversações entre o presidente da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa e de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, hoje em Maputo.
A República da África do Sul acaba de reagir, formalmente, à detenção do seu cidadão, André Mayer Kanekom, em Moçambique, acusado de patrocinar os insurgentes que há sensivelmente dois anos aterrorizam várias localidades da província nortenha moçambicana de Cabo Delgado. De acordo com um comunicado de imprensa a que o jornal Correio da manhã teve acesso em Johanesburgo, a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Lindiwe Sisulu, pretende envolver agências sul-africanas de reforço da lei e ordem na investigação das alegações contra André Mayer Kanekom.
A chefa da diplomacia sul-africana salientou que André Mayer Kanekom faz parte de mais de 800 cidadãos sul-africanos que estão encarcerados em várias partes do Mundo, por prática de diversos tipos de crimes, incluindo fraude, tráfico de drogas e actividades mercenárias. Acredita-se que a questão do André Mayer Kanekom e Manuel Chang, detido no dia 29 de Dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Johanesburgo quando estava a caminho de Dubai para gozo de férias, esteja no topo das conversaçõesentre o presidente da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa e de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, hoje em Maputo.
A maior parte do sul-africanos a penar pelo mundo fora está em cadeias dos países americanos por crimes relacionados com o tráfico de drogas. Lindiwe Susulu diz que está preocupada com alegações do envolvimento do cidadão sul-africano no apoio a grupos que mataram mais de 100 pessoas em Moçambique nos últimos dois anos. A chefe da diplomacia sul-africana enfatiza que o seu país procura assegurar que cidadãos da África do Sul não se envolvam em actividades de desestabilização de outros países, “em particular o nosso bom vizinho e amigo [Moçambique]”. No comunicado, a ministra Sisulu indica que os povos da África do Sul e de Moçambique partilham uma profunda história política e fortes relações económicas.
Para Lindiwe Sisulu, não é aceitável que cidadão sul-africano esteja no tribunal por alegações de envolvimento em actividades de extremistas jihadistas que resultaram na perda de vidas humanas em Moçambique. A ministra quer que sul-afrcanos disseminem amor e paz na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, no continente e no mundo em geral.
A República da África do Sul acaba de reagir, formalmente, à detenção do seu cidadão, André Mayer Kanekom, em Moçambique, acusado de patrocinar os insurgentes que há sensivelmente dois anos aterrorizam várias localidades da província nortenha moçambicana de Cabo Delgado. De acordo com um comunicado de imprensa a que o jornal Correio da manhã teve acesso em Johanesburgo, a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Lindiwe Sisulu, pretende envolver agências sul-africanas de reforço da lei e ordem na investigação das alegações contra André Mayer Kanekom.
A chefa da diplomacia sul-africana salientou que André Mayer Kanekom faz parte de mais de 800 cidadãos sul-africanos que estão encarcerados em várias partes do Mundo, por prática de diversos tipos de crimes, incluindo fraude, tráfico de drogas e actividades mercenárias. Acredita-se que a questão do André Mayer Kanekom e Manuel Chang, detido no dia 29 de Dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Johanesburgo quando estava a caminho de Dubai para gozo de férias, esteja no topo das conversaçõesentre o presidente da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa e de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, hoje em Maputo.
A maior parte do sul-africanos a penar pelo mundo fora está em cadeias dos países americanos por crimes relacionados com o tráfico de drogas. Lindiwe Susulu diz que está preocupada com alegações do envolvimento do cidadão sul-africano no apoio a grupos que mataram mais de 100 pessoas em Moçambique nos últimos dois anos. A chefe da diplomacia sul-africana enfatiza que o seu país procura assegurar que cidadãos da África do Sul não se envolvam em actividades de desestabilização de outros países, “em particular o nosso bom vizinho e amigo [Moçambique]”. No comunicado, a ministra Sisulu indica que os povos da África do Sul e de Moçambique partilham uma profunda história política e fortes relações económicas.
Para Lindiwe Sisulu, não é aceitável que cidadão sul-africano esteja no tribunal por alegações de envolvimento em actividades de extremistas jihadistas que resultaram na perda de vidas humanas em Moçambique. A ministra quer que sul-afrcanos disseminem amor e paz na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, no continente e no mundo em geral.
Posted at 11:43 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Elias Dhlakama candidato a líder da Renamo para unir e fortalecer o partido
Elias Dhlakama, irmão do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, justificou ontem a sua candidatura à presidência do principal partido da oposição em Moçambique com a necessidade de unir e fortalecer a organização e ganhar as eleições gerais deste ano.
“Após a morte de Afonso Dhlakama, o partido viveu um período de desunião e desorientação, num ano importante, porque teremos eleições gerais, a minha candidatura procura a união e o fortalecimento do partido”, declarou Elias Dhlakama, em entrevista à Lusa.
Dhlakama, 54 anos e general na reserva, afirmou que pretende unir os membros do partido em torno do objectivo de levar a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) ao poder e a promoção da formação dos militantes e órgãos do partido.
“O partido pode ser mais forte, através da formação dos seus quadros, membros, simpatizantes e órgãos, para poder afirmar-se como uma solução para o abismo em que o país se encontra”, disse.
As fragilidades da Renamo em termos de formação dos seus quadros, prosseguiu, têm sido aproveitadas pelo partido no poder para cometer alegadas fraudes eleitorais.
“A Renamo é, em parte, vulnerável, às fraudes cometidas pela Frelimo, por causa da fraqueza dos seus membros e órgãos, é por isso que a minha aposta é a formação”, assinalou.
Elias Dhlakama diz que vai manter o compromisso com a promoção da democracia, paz e boa governação defendido pelo seu falecido irmão, porque entende que o país precisa de seguir um caminho diferente.
“Juntei-me à guerrilha da Renamo no início dos anos de 1980 por um compromisso patriótico de ver o povo moçambicano numa situação de bem-estar, é com esse espírito que pretendo liderar o partido”, assumiu.
O candidato diz que a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança deve ser uma prioridade para o país, assinalando que têm sido instrumentalizadas pela Frelimo para perseguir opositores e ajudar na viciação dos processos eleitorais.
Elias Dhlakama defende que a sua candidatura tem mérito próprio e não se serve do apelido para concorrer à liderança do partido.
NOTÍCIAS – 14.01.2019
Antigo ministro das Finanças moçambicano defende julgamento do seu sucessor
Tomaz Salomão defende que o julgamento de Manuel Chang, envolvido no processo de dívidas ocultas, deve assegurar a recuperação do dinheiro desviado e que o Estado não deve pagar as dívidas.
O antigo ministro das Finanças de Moçambique Tomaz Salomão defendeu esta segunda-feira o julgamento do seu sucessor Manuel Chang para que sirva de exemplo, assinalando que o país deve recuperar os recursos desviados na operação das dívidas ocultas.
Eu não estou preocupado com o sítio onde ele vai ser julgado, é bom que ele seja julgado, para que sirva de exemplo, para que coisas destas não se repitam”, afirmou Tomaz Salomão, em declarações esta segunda-feira à Rádio Moçambique.
O antigo ministro das Finanças considerou ilegal e criminoso o alegado recurso secreto a garantias do Estado que resultou na angariação de empréstimos fora das contas do públicas e que terão sido usados para o pagamento de subornos a dirigentes do Estado.
Usar garantias do Estado para obter financiamentos, quer internos quer externos, para depois os distribuir ou ocultá-los em contas alheias ao Estado é ilegal e criminoso”, declarou Tomaz Salomão, que é atualmente membro da Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder no país.
PRESIDÊNCIA DA RENAMO DECIDIDA EM CONGRESSO
O delegado provincial da Renamo, em Nampula, Rasse Daúdo, desmentiu na última sexta-feira, na cidade capital provincial, as informações segundo as quais, os membros da “Perdiz” desta província, já tinham escolhido o general Issufo Momade, como candidato de consenso a presidência daquela formação política da oposição que de 15 a 17 de Janeiro corrente realiza seu VI congresso em Gorongosa, na província de Sofala, para eleição do sucessor de Afonso Dhlakama.
Falando durante a conferência provincial, para eleição de delegados ao congresso, Daudo explicou que “se dependesse de Nampula, não seria necessário ir a Serra da Gorongosa para reunir em Congresso. Já teríamos decidido”.
Nampula elegeu 153 delegados ao VI Congresso daquela formação política, que definiu dois pontos estratégicos para a sua discussão, nomeadamente a análise das eleições autárquicas de 2018 e o pacote da descentralização política e económica dos órgãos de administração pública.
A chefe da missão de Poder Local, no partido Renamo, Lúcia Afate, entende que os eleitos devem ser delegados com a plenitude de representar os demais membros, através da discussão de ideias que visam, essencialmente, a melhoria do ambiente político, económico e social.
13/01/2019
“BRINQUES COM TUDO, MENOS COM A FRELIMO. A FRELIMO É 'NGANGANGA' [FORTE]”
Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com )
A História nunca se repete, mas rima. Mark Twain (1835-1910), escritor norte-americano.
Antes de perder a vida naquele fatídico acidente de viação, a 2 de Abril de 1995, o meu pai proferiu uma frase que eu ainda hoje conservo e dedico atenção: “brinques com tudo, menos com a Frelimo. A Frelimo é um partido nganganga”, isto é, forte.
Também Mário Soares, no programa intitulado Conversas de Mário Soares, contou uma história interessante sobre a grandeza da Frelimo. Conta ele que quando visitou o gabinete de trabalho de Leonid Brejnev, em Moscovo, reparou que havia na parede central a bandeira do Partido Frelimo ao lado da do Partido Comunista da União Soviética. Pasmado, Soares questionou a importância daquela bandeira no centro nevrálgico do poder soviético. Brejnev teria dado a seguinte resposta (citação de memória): “estes são os únicos, em África, que absorveram integralmente a filosofia da nossa doutrina”.
O que há de comum nestas duas histórias? Primeiro, a ideia de que a Frelimo é um partido muito forte, activo e inquebrável. Segundo, é que os alicerces da Frelimo são profundos, sólidos e inabaláveis, incapazes de serem destruídos com pequenos episódios do caminho.
A Frelimo não herdou apenas a filosofia da doutrina comunista. Herdou também o gene, cultura, ideologia, aspirações e a capacidade do livre arbítrio: sem medo do eco das suas decisões. Em todos os processos da sua metamorfose, a Frelimo soube conquistar e manter o poder. Grande parte dessa herança, embora em desuso devido à adopção do capitalismo, ocupa uma posição rainha no Estatuto do partido e na alma dos conservadores reformados que definiram o código de honra da Frelimo.
Como nem todo o milho da assadeira é torrado, há na Frelimo um grupo de privilegiados que constroem “muros de Berlim” em volta do poder e fecham-se para o povo. Nisso, não posso negar a desgraça de algumas das suas políticas, as quais trazem sofrimento ao povo, como nunca jamais se viu. Por exemplo, a legitimação e a didáctica da corrupção através da permanência de dirigentes julgados e condenados pela justiça. Mas também a problemática da pobreza que nasce da ineficiência dos alguns dirigentes que não conseguem transformar as potencialidades naturais e humanas em oportunidades para pôr em prática o desenvolvimento sustável e endógeno do país. Por conta disso, há milhares de moçambicanos que não têm comida regular nas suas mesas e nem medicamentos.
STV-Jornal da Noite 13.01.2019(video)
Notícias e comentários de Tomaz Vieira Mário e Borges Nambire. Não editado pela STV-SOICO
Analistas indignados com a "contradição jurídica" na perda de mandato do edil de Quelimane
Renamo diz que não vai ceder a chantagens.
Analistas políticos dizem que há uma "contradição jurídica", na decisão do Tribunal Administrativo de proceder a perda de mandato de Manuel de Araújo, edil de Quelimane, colocando em causa a sua tomada de posse, em Fevereiro, e a validação da sua eleição pelo Conselho Constitucional.
"Um acórdão do Conselho Constitucional já declarou Manuel de Araújo como edil de Quelimane" disse, Sansão Nhancale, analista político, para depois acrescentar que "as decisões do Conselho Constitucional são definitivas".
Um acórdão do Tribunal Administrativo, datado de 21 de Dezembro, e divulgado nesta sexta-feira, 11, declarou improcedente o recurso de Manuel de Araújo, que requeria a anulação de perda de mandato, decretado pelo Conselho de Ministros em Agosto de 2018.
A perda de mandato foi justificada pelo facto de Manuel de Araújo, eleito edil de Quelimane em 2013, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), ter concorrido pela Renamo nas eleições de 2018, no decurso do mandato.
O autarca defende que o Conselho de Ministros recorreu a uma lei de Julho de 1997, revogada por outra de Junho de 2018, aprovada no âmbito da revisão da Constituição a pedido da Renamo.
Posted at 21:22 in Eleições 2018 Autarquicas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Presidentes da África do Sul e Moçambique vão discutir prisão de Manuel Chang
Detenção de sul-africano em Cabo Delegado é outro dos tópicos em discussão
A detenção na África do Sul do ex ministro das finanças moçambicano Manuel Chang será um dos tópicos em discussão num encontro Segunda-feira no Maputo entre os presidentes Cyril Ramaphosa e Filipe Nyusi.
O anúncio do encontro foi feito pela ministra dos negócios estrangeiros sul-africana Lindiwe Sisulu num encontro com jornalistas em que abordou as recentes eleições no Congo Democrático e Madagáscar e ainda a presença da África do Sul no Conselho de Segurança da ONU a partir deste mês.
As autoridades moçambicanas tinham anteriormente afirmado que não tinham sido informadas pelas autoridades sul-africanas da detenção de Manuel Chang e da existência de um mandado de captura contra o ex-ministro.
Sisulu disse que essas questões deverão ser esclarecidas no encontro entre os dois chefes de estado.
Chang foi preso no passado dia 29 de Dezembro a pedido das autoridades judiciais dos Estados Unidos onde faz face a diversas acusações de fraude, suborno e lavagem de dinheiro no processo das “dívidas escondidas”.
Posted at 21:08 in Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
TVMiramar-Resenha Semanal 13.01.2019(video)
Comentários de Jorge Matine, António Francisco e Baltazar Fael sobre o caso Chang.
Investimento na Base é Preciso[Elementos de Autocrítica]
Major Manuel Bernardo Gondola
Hoje em qualquer lugar; onde você estiver você, encontra um aglomerado de pessoas com um Curso Superior. Qualquer um, pode ter um Curso Superior em Moçambique. E…, eu digo; qualquer um. Porque qualquer um mesmo! Existe um monte de facilidades. Faculdade em cada esquina/lugar, quem quiser estudar hoje na Universidade estuda.
Agora; o que me preocupa não é esse aglomerado de pessoas estudando mas…, a qualidade de pessoas que estão nas Universidades.
Segundo um Documento de qualidade impressionante mais 38% dos universitários moçambicanos são analfabetos funcionais. Ou seja; de cada 10 pessoas que estão nas universidades no País hoje 4 são analfabetos funcionais. Ou seja; eles conseguem ler palavras mas…, não conseguem interpretar um texto ou produzir um texto correctamente.
Ora! Isso é aterrador! Quer dizer; essas pessoas ou [estudantes] daqui a uns anos terão um Diploma universitário e…, continuarão sendo analfabetos porque a Universidade não vai alfabetiza-los e, isso deveria ser aprendido no Ensino básico e…, não foi porque estamos gastando tanto dinheiro no Ensino Superior, ao invés de gastar dinheiro na base onde se construi o futuro do aluno.
Não é correcto; nós irmos construindo insistentemente uma cobertura de luxo num prédio em si; já ruínas. Hoje no País tem bolsa para tudo. Tudo o que você quer. Porque em Moçambique, hoje as pessoas têm a “mania” que indo para uma Faculdade, elas estarão aptas a terem um bom emprego. Ai; você vê; quando chega uma Indústria para se instalar, falta mão-de-obra técnica qualificada. Porquê! Porque as pessoas que têm ditos Cursos Superiores, não sabem interpretar as coisas mínimas da área técnica, independente do Curso que tenha feito. O problema está na interpretação.
Portanto; esse dinheiro gasto pelo Governo no Ensino Superior está produzindo um terrível grupo de pessoas, que agora se sentem melhores do que os outros; porque eles têm Curso Superior e não querem ir para qualquer outro emprego e…, ficam desempregados completando o grupo dos desempregados com dito Curso Superior.
Ataques armados em Cabo Delgado: deslocados necessitam de ajuda urgente
Cerca de mil pessoas que abandonaram suas casas e quase todos seus bens devido aos ataques armados em Cabo Delgado, tendo-se refugiado à Ilha do Ibo, necessitam de ajuda de urgência.
Segundo revelou o Administrador do Distrito do Ibo, Issa Tarmamade, a Ilha de Quirimba recebeu 120 deslocados, a vila sede acolheu 450 e outras 500 pessoas estão a viver na Ilha de Matemo.
“A maior parte das pessoas vêm do vizinho distrito de Macomia e foram recebidas pelos familiares e amigos, e as outras tivemos que abrigar em casas de famílias que de boa vontade aceitaram receber os deslocados, que precisam um pouco de tudo, especialmente comida e roupa”, confirmou Issa Tarmamade.
Para além de alimentação, de acordo com a fonte, o governo está preocupado com abrigos para os deslocados, uma vez que actualmente numa casa vivem cerca de 20 pessoas, e algumas acabam dormindo ao relento.
Entretanto, para evitar casos de fome e minimizar o sofrimento dos deslocados, o governo distrital, que não está em condições de ajudar aos deslocados, foi obrigado a lançar um movimento de solidariedade, que até ao momento teve apenas a resposta da Comunidade Islâmica de Cabo Delgado, que doou sete toneladas de produtos diversos.
Posted at 16:54 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Municípios - Administração Local - Governo, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
A search for Mozambique’s secret $2 billion debt shows how the global banking system aids corruption
By Lynsey Chutel in JohannesburgJanuary 10, 2019
From a solitary jail cell east of Johannesburg, Mozambique’s former finance minister is fighting extradition to the United States.
Manuel Chang was arrested on Dec. 29 at O. R. Tambo International Airport, en route to Dubai from Maputo. He appeared in a Johannesburg court twice this week where his lawyers tried, but failed to argue, that his arrest was unlawful. He’ll have a cell to himself while he awaits a decision on whether he will be sent to New York to stand trial alongside three Credit Suisse bankers and a Lebanese businessman. They face charges related to bribery, securities and wire fraud and money laundering.
Days after Chang’s arrest, three Credit Suisse bankers, Andrew Pearse, Surjan Singh and Detelina Subeva were arrested in London, while Lebanese businessman Jean Boustani was arrested at New York City’s JFK airport and refused bail. Boustani negotiated on behalf of Abu Dhabi-based holding company Privinvest.
Together they are accused of orchestrating a multimillion-dollar racket that nearly brought Mozambique’s fragile economy to its knees. Nearly three years ago, Mozambique’s war-ravaged economy was buoyed by the 2010 discovery of one of the world’s largest natural gas deposits. Then in April 2016 revelations of a hidden debt of over $1 billion shook this newfound confidence. The IMF suspended hundreds of millions of dollars in much-needed aid and investors were spooked. Later investigations revealed that the debt was closer to $2 billion.
Governo dará prioridade ao pagamento da dívida soberana
O director para África do Instituto Real de Relações Internacionais britânico considerou hoje à Lusa que a acusação judicial norte-americana no âmbito das dívidas ocultas fará o Governo focar-se no pagamento da dívida soberana.
"A acusação pela Justiça norte-americana está a ter um impacto significativo na política moçambicana, mas ainda é cedo para dizer que isso vai fortalecer ou enfraquecer o Presidente Nyusi e as derradeiras consequências na política interna", disse Alex Vines, da Chatham House, acrescentando que a primeira consequência é o Governo dar prioridade e "focar-se no pagamento dos títulos de dívida que estão em negociação com os credores, deixando para segundo plano os outros dois empréstimos sindicados".
Se o antigo ministro das Finanças Manuel Chang, actualmente detido em Joanesburgo à espera de uma decisão judicial, for extraditado para os Estados Unidos, "os seus aliados podem opor-se, na Assembleia Nacional, a quaisquer pagamentos, usando a soberania como justificação", acrescentou o académico que segue a política moçambicana há décadas.
O segundo dos três impactos principais da detenção de Chang, segundo Alex Vines, é que a Frelimo vai ter mais dificuldade em usar as empresas públicas para financiar o partido, sendo o terceiro a "diminuição da visibilidade e da ambição política dos indivíduos proeminentes associados ao escândalo das dívidas públicas".
12/01/2019
STV-Jornal da Noite 12.01.2019(video)
Renamo sobre caso Manuel de Araújo. Não editado pela STV-SOICO
Xiconhoquices da semana: Perseguição a jornalistas em Cabo Delgado; Investigações eternas da PGR; Indignação passiva dos moçambicanos
Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices no início de 2019:
Perseguição a jornalistas em Cabo Delgado
Definitivamente, a Polícia mçambicana andam desnorteadas, pois ao invés de perseguir e deter os insurgentes que têm vindo a ceifar vidas de moçambicanos inocentes, viraram as suas atenções aos jornalistas. A título de exemplo, o jornalista Amade Abubacar, da rádio comunitária Nacedje, na província de Cabo Delgado foi detido pela fotografar e entrevistar famílias que estão a abandonar aldeias remotas da província, devido aos ataques de grupos desconhecidos na região. Os agentes da polícia apreenderam o telemóvel do jornalista e levaram-no ao comando distrital de Macomia, de onde teria posteriormente sido transferido para um quartel para interrogatório. Este é o segundo caso em menos de um mês e demonstra, claramente, o quanto as autoridades policiais moçambicanas andam desnorteadas e sem foco.
Investigações eternas da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) é uma vergonha de proporções gigantesca. Há quatro anos que a nossa famigerada inoperante PGR tem estado a investigar o que todo mundo já sabe sobre os arquitectos da dívidas contraídas ilegalmente. Aliás, após a detenção de Manuel Chang na vizinha África de Sul, a moribunda PGR fez um comunicado afirmando que que está a encetar diligências junto das autoridades competentes da República da África do Sul e dos Estados Unidos da América” para salvar o antigo ministro das Finanças que assinou Garantias bancárias que permitiram a contratação das dívidas das empresas Proindicus, EMATUM e MAM, violando a Constituição da República de Moçambique. Foi preciso um mandado de captura dos Estados Unidos da América para que a PGR sair da sonolência em que se encontra.
Indignação passiva dos moçambicanos
Os moçambicanos são um povo que precisa de ser estudado. É caricato e, ao mesmo tempo, revoltante assistir a passividade da população em relação ao caso das dívidas ilegais. O que mais chama atenção é indignação passiva dos moçambicanos, sobretudo nas redes sociais, não obstante esteja provado que o futuro do país foi hipotecado por um bando de gananciosos. A detenção de Manuel Chang, um dos arquitectos das dívidas que colocaram o país no abismo em que se encontra, deveria ser um motivo mais do que suficiente para os moçambicanos saírem à rua empunhando dísticos expressando a sua indignação contra toda essa roubalheira organizada.
@VERDADE - 11.01.2019
STV-Pontos de Vista 22.05.2016(video)-Para recordar...
Comentários de Fernando Lima e Jaime Macuane às declarações de Maleiane na AR.
1 comentário:
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