A primeira reportagem publicada pelo portal conta como Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, usou a Rede Sustentabilidade como laranja para extrapolar suas atribuições e propor uma ação no STF contra o ministro Gilmar Mendes.
Nós já demonstramos como os procuradores do Paraná planejaram investigare investigaram ilegalmente ministros do STF. Este tipo de investigação não cabe à força-tarefa – vai contra a lei o fato de procuradores empenharem recursos, informações sigilosas e sua rede de contatos para abrir fogo contra ministros que consideram inimigos.
As mensagens reveladas pelo UOL mostram que, insatisfeitos com algumas decisões tomadas por Gilmar Mendes, os procuradores de Curitiba planejam uma ação no STF contra o ministro. É o próprio Dallgnol quem sugere um caminho para os colegas: "melhor solução alcançada: ADPF da Rede para preservar juiz natural". Diz o UOL sobre a estratégia do chefe da força-tarefa:
"A manobra tinha como objetivo driblar as limitações de seu cargo: Deltan e seus colegas de Lava Jato são procuradores da República, primeiro estágio da carreira do MPF (Ministério Público Federal) e só podem atuar em causas na primeira instância da Justiça Federal. Por isso, têm atribuição de atuar em processos da 13ª Vara Criminal Federal, comandada até novembro pelo ex-juiz Sergio Moro."
Como não podia protocolar a ação, Deltan usou o partido Rede Sustentabilidade como laranja. A negociação foi relatada por ele aos colegas: "Randolfe: super topou", disse. Dois dias depois da mensagem, a Rede, de fato, protocolou a ADPF no Supremo.
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