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Escrito por Redação em 30 Março 2016 |
A insegurança alimentar, atribuída a calamidades naturais pelo Governo, mas que segundo o Observatório do Meio Rural (OMR), deve-se à falta de políticas de estímulo à produção e produtividade agrícola e a um modelo de “reprodução da dependência e do subdesenvolvimento", assola 315.366 pessoas nas zonas centro e sul de Moçambique, devido à seca.
Mouzinho Saíde, porta-voz do Governo, que esteve reunido na terça-feira (29) em 10ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, disse que a falta de chuva, sobretudo na região sul, causou a escassez de produtos alimentares no país, tais como o arroz numa quantidade 267 toneladas; trigo, em 328 toneladas; e milho na ordem de 149 toneladas.
João Mosca, director do OMR, disse semana passada que a fome em Moçambique é resultado de um Estado não só frágil, dominado por um mercado selvagem e predador de recursos naturais, como também da falta de poucas oportunidades de emprego, da exclusão e das desigualdades sociais que ainda imperam.
De acordo com Mouzinho Saíde, que é também vice-ministro da Saúde, o norte de Moçambique é fustigado pelas cheias, que afectaram já 32.343 indivíduos, dos quais 110 ficaram feridos, enquanto as inundações deitaram abaixo 4.991 casas e 109 escolas. “Como forma de minimizar a situação, tem sido angariado alguns bens para as vítimas em todas zonas, bem como tem-se levado a cabo acções de solidariedade, tendo-se concedido 27 toneladas de bens alimentares, 444 kits de abrigo e cerca de 780 mil meticais para as vítimas”.
O Conselho de Ministros aprovou igualmente o Decreto que aprova a lei que cria o Sistema de Informação de Crédito, e a revisão da Lei Orgânica, que aprova o Estatuto dos Magistrados do Ministério Público. Os documentos serão submetidos à Assembleia da República (AR).
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