As negociações para trazer tráfego para Nacala
estão bem encaminhadas? Não foi
uma situação de mobilizar fundos, construir
e depois fazer um estudo de viabilidade?
O estudo de viabilidade foi o pressuposto. Eu pessoalmente
coordenei o estudo de viabilidade feito
por americanos em 2007, para avaliar se era rentável
construir Nacala ou expandir Pemba. Conclui-se que
Nacala era rentável. Porque tem uma visão de longo
prazo, muito melhor que qualquer outro Aeroporto.
Nacala tem grandes vantagens operacionais, quando
comparado com Joanesburgo, Nairobi e Addis Abeba.
Nacala está na costa, tem um porto associado, o que
representa uma vantagem comparativa imbatível.
As aeronaves conseguem sair de Nacala, com todo o
peso máximo, porque está num nível mais baixo, onde
a pressão atmosférica é alta e como a resistência do
ar é maior, ele pode conseguir descolar com uma carga
maior, com combustível cheio de passageiros, com
uma pista menor, enquanto que em Joanesburgo tem
de ter uma pista com 5 mil metros para descolar com
90% de carga, porque é um sítio mais alto e o ar é
mais rarefeito, a pressão atmosférica é muito baixa e o
avião precisa de correr uma longa distância para poder
ganhar uma alta velocidade e descolar e gasta mais
combustível. Mas Nacala apresenta uma vantagem
operacional muito grande. Não se tem de olhar no investimento
a curto prazo, mas sim numa perspectiva
a longo prazo.
Daqui a dois anos vais ver o que vai acontecer em Nacala.
Agora ainda estamos a posicionar o Aeroporto, a
segunda fase vai entrar, em Outubro vamos à terceira
fase, onde vamos atacar e o internacional vai entrar
em peso. O Kenya Airways, a Ethiopian Airlines, a
Qatar Airways, em Outubro vão tomar as suas decisões.
Possivelmente comecemos já, numa primeira
fase, com duas companhias. Não tenho vergonha de
dizer que o desenvolvimento do Aeroporto de Nacala
foi uma das melhores decisões de longo prazo que foi
tomada pelo Governo
Mas o Aeroporto de Nacala foi inaugurado às pressas.
Não tinha equipamentos calibrados e serviços
de bombeiros...
Era o quartel de bombeiros que não estava pronto. O
terminal de carga não estava pronto e as obras acabam
agora em Maio. A Calibração dos equipamentos já foi
feita esta semana e já está tudo feito e aprovado. Os
equipamentos de navegação aérea já estão no ar, os
serviços de bombeiros já estão lá desde o início e só
faltava o quartel. Isso já estava pronto e em meados de
Maio vamos convidar-vos para irem testemunhar que
o Aeroporto de Nacala tem todas essas coisas prontas.
Há indicações de que a expectativa de tráfego para
os próximos anos está abaixo daquilo que é a capacidade
para Maputo e Nacala. Até que ponto isto
pode influenciar negativamente o desempenho da
empresa nos próximos anos.
A taxa de crescimento do Aeroporto de Maputo é
aceitável e gostaríamos que fosse mais elevada ainda,
porque tem mais capacidade para manusear mais
passageiros. A nossa visão é que, se houver mais passageiros,
ganhamos mais dinheiro e nós estamos a
ter uma taxa de crescimento aceitável. Está previsto
para que cinco anos depois consigamos 1.2 milhões
de passageiros e estamos dentro dos prazos. Este ano
vamos fechar com mais de um milhão. Daqui a mais
três anos completamos os cinco anos programados e
acho que vamos alcançar essas metas.
Uma coisa é o que programamos normalmente, mas o
nosso desejo é passar essa meta porque isso torna-nos
mais robustos, porque temos maior crescimento de
receitas. O fenómeno que está a ocorrer no Aeroporto
de Maputo é normal e dentro do previsto porque a
taxa de crescimento média global é de 3%, mas nós
em Maputo estamos a crescer nos 10%, que é acima
do nível médio global dos aeroportos no mundo. Não
estamos a crescer pouco. Valeu a pena o investimento.
Este ano estamos a fazer contactos. Temos duas companhias
lowcost que vão entrar este ano. A Fly África
e Maison. A Fly vai basear-se em Nacala e a Maison
na Beira. A LAM vai aumentar e reestruturar a sua
frota para capitalizar as oportunidades. Em Outubro
ou antes, a LAM vai começar a voar em linha dorsal
que é Nacala-Maputo e depois em Nacala distribuir
com aviões menores. Isso vai maximizar a utilização
da frota da LAM e vai reduzir os custos de operação
da LAM, o que poderá permitir que a LAM faça
aquilo que sempre procurou, que é reduzir os preços
de passagens. Esse exercício vai levar-nos a resultados
melhores, com entrada de novas empresas de handling
e uma de catering. Estamos também a discutir
uma parceria com uma empresa francesa e outra de
Dubai para melhorarmos o catering, porque as empresas
turcas querem empresas que lhes dão garantias
de qualidade nos serviços. Essas empresas vão ter um
bom catering e isso vai projectar-nos também.
O gás está a chamar a atenção a toda a gente. Moçambique
já não é aquele país que ninguém não conhece
ou nunca ouviu falar. Hoje é conhecido por muita
gente, há muita informação fora sobre Moçambique e
para nós isso é muito importante. Uns conhecem por
curiosidade ou pelas oportunidades de negócio, turismo
e, felizmente, a primeira vez que vêm a Maputo,
deparam-se com um Aeroporto deste e ficam surpreendidos,
porque já sabem como é que são os outros
aeroportos no estrangeiro. Vão ver que este país está
organizado e virão mais vezes e isso na aviação conta e
nós fizemos investimentos numa altura boa.
O Aeroporto de Nacala é o futuro. Maputo, por causa
de Joanesburgo, vai sofrer uma concorrência que
é difícil, por ser o Aeroporto mais movimentado de
África e não vai descer. Movimenta 18 milhões de
passageiros. Conseguir bater Joanesburgo a partir daqui
é impossível
A actual aerogare (Nacala) movimenta 500 a 700 mil
passageiros. Com um investimento muito pequeno só
na aerogare e na placa de estacionamento podemos ir
para três milhões de passageiros em tão pouco tempo.
Podemos fazer essa operação com um investimento
tão pequeno, porque está preparada. Nas áreas comuns
está preparado para movimentar essa quantidade. É
na área de embarque e desembarque de passageiros
que precisamos de aumentar.
estão bem encaminhadas? Não foi
uma situação de mobilizar fundos, construir
e depois fazer um estudo de viabilidade?
O estudo de viabilidade foi o pressuposto. Eu pessoalmente
coordenei o estudo de viabilidade feito
por americanos em 2007, para avaliar se era rentável
construir Nacala ou expandir Pemba. Conclui-se que
Nacala era rentável. Porque tem uma visão de longo
prazo, muito melhor que qualquer outro Aeroporto.
Nacala tem grandes vantagens operacionais, quando
comparado com Joanesburgo, Nairobi e Addis Abeba.
Nacala está na costa, tem um porto associado, o que
representa uma vantagem comparativa imbatível.
As aeronaves conseguem sair de Nacala, com todo o
peso máximo, porque está num nível mais baixo, onde
a pressão atmosférica é alta e como a resistência do
ar é maior, ele pode conseguir descolar com uma carga
maior, com combustível cheio de passageiros, com
uma pista menor, enquanto que em Joanesburgo tem
de ter uma pista com 5 mil metros para descolar com
90% de carga, porque é um sítio mais alto e o ar é
mais rarefeito, a pressão atmosférica é muito baixa e o
avião precisa de correr uma longa distância para poder
ganhar uma alta velocidade e descolar e gasta mais
combustível. Mas Nacala apresenta uma vantagem
operacional muito grande. Não se tem de olhar no investimento
a curto prazo, mas sim numa perspectiva
a longo prazo.
Daqui a dois anos vais ver o que vai acontecer em Nacala.
Agora ainda estamos a posicionar o Aeroporto, a
segunda fase vai entrar, em Outubro vamos à terceira
fase, onde vamos atacar e o internacional vai entrar
em peso. O Kenya Airways, a Ethiopian Airlines, a
Qatar Airways, em Outubro vão tomar as suas decisões.
Possivelmente comecemos já, numa primeira
fase, com duas companhias. Não tenho vergonha de
dizer que o desenvolvimento do Aeroporto de Nacala
foi uma das melhores decisões de longo prazo que foi
tomada pelo Governo
Mas o Aeroporto de Nacala foi inaugurado às pressas.
Não tinha equipamentos calibrados e serviços
de bombeiros...
Era o quartel de bombeiros que não estava pronto. O
terminal de carga não estava pronto e as obras acabam
agora em Maio. A Calibração dos equipamentos já foi
feita esta semana e já está tudo feito e aprovado. Os
equipamentos de navegação aérea já estão no ar, os
serviços de bombeiros já estão lá desde o início e só
faltava o quartel. Isso já estava pronto e em meados de
Maio vamos convidar-vos para irem testemunhar que
o Aeroporto de Nacala tem todas essas coisas prontas.
Há indicações de que a expectativa de tráfego para
os próximos anos está abaixo daquilo que é a capacidade
para Maputo e Nacala. Até que ponto isto
pode influenciar negativamente o desempenho da
empresa nos próximos anos.
A taxa de crescimento do Aeroporto de Maputo é
aceitável e gostaríamos que fosse mais elevada ainda,
porque tem mais capacidade para manusear mais
passageiros. A nossa visão é que, se houver mais passageiros,
ganhamos mais dinheiro e nós estamos a
ter uma taxa de crescimento aceitável. Está previsto
para que cinco anos depois consigamos 1.2 milhões
de passageiros e estamos dentro dos prazos. Este ano
vamos fechar com mais de um milhão. Daqui a mais
três anos completamos os cinco anos programados e
acho que vamos alcançar essas metas.
Uma coisa é o que programamos normalmente, mas o
nosso desejo é passar essa meta porque isso torna-nos
mais robustos, porque temos maior crescimento de
receitas. O fenómeno que está a ocorrer no Aeroporto
de Maputo é normal e dentro do previsto porque a
taxa de crescimento média global é de 3%, mas nós
em Maputo estamos a crescer nos 10%, que é acima
do nível médio global dos aeroportos no mundo. Não
estamos a crescer pouco. Valeu a pena o investimento.
Este ano estamos a fazer contactos. Temos duas companhias
lowcost que vão entrar este ano. A Fly África
e Maison. A Fly vai basear-se em Nacala e a Maison
na Beira. A LAM vai aumentar e reestruturar a sua
frota para capitalizar as oportunidades. Em Outubro
ou antes, a LAM vai começar a voar em linha dorsal
que é Nacala-Maputo e depois em Nacala distribuir
com aviões menores. Isso vai maximizar a utilização
da frota da LAM e vai reduzir os custos de operação
da LAM, o que poderá permitir que a LAM faça
aquilo que sempre procurou, que é reduzir os preços
de passagens. Esse exercício vai levar-nos a resultados
melhores, com entrada de novas empresas de handling
e uma de catering. Estamos também a discutir
uma parceria com uma empresa francesa e outra de
Dubai para melhorarmos o catering, porque as empresas
turcas querem empresas que lhes dão garantias
de qualidade nos serviços. Essas empresas vão ter um
bom catering e isso vai projectar-nos também.
O gás está a chamar a atenção a toda a gente. Moçambique
já não é aquele país que ninguém não conhece
ou nunca ouviu falar. Hoje é conhecido por muita
gente, há muita informação fora sobre Moçambique e
para nós isso é muito importante. Uns conhecem por
curiosidade ou pelas oportunidades de negócio, turismo
e, felizmente, a primeira vez que vêm a Maputo,
deparam-se com um Aeroporto deste e ficam surpreendidos,
porque já sabem como é que são os outros
aeroportos no estrangeiro. Vão ver que este país está
organizado e virão mais vezes e isso na aviação conta e
nós fizemos investimentos numa altura boa.
O Aeroporto de Nacala é o futuro. Maputo, por causa
de Joanesburgo, vai sofrer uma concorrência que
é difícil, por ser o Aeroporto mais movimentado de
África e não vai descer. Movimenta 18 milhões de
passageiros. Conseguir bater Joanesburgo a partir daqui
é impossível
A actual aerogare (Nacala) movimenta 500 a 700 mil
passageiros. Com um investimento muito pequeno só
na aerogare e na placa de estacionamento podemos ir
para três milhões de passageiros em tão pouco tempo.
Podemos fazer essa operação com um investimento
tão pequeno, porque está preparada. Nas áreas comuns
está preparado para movimentar essa quantidade. É
na área de embarque e desembarque de passageiros
que precisamos de aumentar.
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